Notícia
IMF – PMIs da Zona Euro contraíram mais que o esperado
Reino Unido com défice orçamental superior; PMIs da Zona Euro contraíram mais que o esperado; Petróleo dá continuidade às perdas; Ouro acima dos $1900/onça.
| Reino Unido com défice orçamental superior
De acordo com o seu Gabinete de Responsabilidade Orçamental (OBR), o Reino Unido apresentou um défice orçamental inferior do que o esperado em julho, criando esperanças de que o ministro das finanças, Jeremy Hunt, seja capaz de cortar os impostos no final do ano, antes das eleições esperadas em 2024. Assim, o endividamento líquido do Reino unido, excluindo os bancos estatais, situou-se em £4.3 mM no mês passado, permanecendo inferior à previsão mediana de £5 mM indicada pelo consenso do mercado. É de mencionar que nos primeiros 4 meses do ano financeiro, o endividamento situou-se em £56.6 mM, que foi £14 mM superior ao do período homólogo. No entanto, alguns economistas alertaram para o facto de um abrandamento económico ou uma recessão nos próximos meses, à medida que o Banco de Inglaterra continua a aumentar as taxas de juro para combater a inflação elevada, poder negar a Hunt a possibilidade de realizar tais cortes. Adicionalmente, segundo uma sondagem realizada pela Rightmove, os preços solicitados por habitações no Reino Unido caíram 1.9%, em cadeia, neste mês de agosto, correspondendo à sua maior queda desde agosto de 2018. Anteriormente, já outras empresas concessoras de crédito como a Halifax e a NationWide tinham reportado uma queda nos preços de venda em julho. A sondagem da Rightmove também indicou que o número de habitações vendidas caiu 15%, face a 2019, antes do boom do mercado imobiliário britânico observado durante a pandemia.
| PMIs da Zona Euro contraíram mais que o esperado
O indicador de atividade avançado PMI Compósito (Indústria + Serviços) da Zona Euro contraiu mais do que o esperado em agosto, ao ter recuado para os 47 pontos, face à leitura de 48.5 pontos esperada e aos 48.6 pontos registados no mês anterior. É de mencionar que o PMI dos Serviços entrou em contração no mês em questão, ao recuar de uma leitura de 50.9 pontos para 48.3 pontos, quando o mercado esperava 50.5 pontos. Esta leitura deve-se ao facto de os consumidores da Zona Euro estarem a sentir os efeitos das subidas nas taxas de juro por parte do BCE. É de relembrar que uma leitura abaixo dos 50 pontos indica uma contração na atividade do setor. Ademais, de acordo com a S&P Global, o índice avançado PMI Compósito (Indústria + Serviços) dos EUA caiu para uma leitura de 50.4 pontos em agosto, face aos 52 pontos registados em julho, correspondendo à sua maior queda desde novembro de 2022. O mercado esperava uma leitura de 52 pontos. Embora a leitura de agosto tenha correspondido ao 7º mês consecutivo de crescimento, ficou apenas uma fração acima do nível de 50 pontos que separa a expansão e a contração, já que a procura enfraqueceu tanto para os produtos manufaturados como para os serviços. O crescimento da atividade económica do setor dos serviços foi o mais lento desde fevereiro, com uma leitura do PMI dos Serviços de 51 pontos em agosto, permanecendo em território expansionista, contrariamente ao observado em outras grandes economias.
Com o fortalecimento do dólar, o Eur/Usd deu seguimento à desvalorização que vinha a apresentar, renovando mínimos de 2 meses em torno dos $1.0767. Assim, o Eur/Usd quebrou em baixa o seu suporte dos $1.0800, sendo esperado que este se torne numa nova resistência para o par.
| Petróleo dá continuidade às perdas
O petróleo deu continuidade às perdas da última semana, tendo sido divulgado que as autoridades norte-americanas estão a elaborar uma proposta para aliviar as sanções contra o setor petrolífero da Venezuela. Adicionalmente, segundo meios de comunicação iranianos o ministro do petróleo do país afirmou que espera que o Irão atinja os 3,4 milhões de bpd até ao final de setembro.
Na última semana, o petróleo desvalorizou, tendo quebrado o suporte dos $80 e renovado mínimos de 1 mês nos $79,50. Posteriormente, a matéria-prima aproximou-se realizou testes à nova resistência dos $80 tendo conseguido quebrar a mesma apenas por breves momentos.
| Ouro acima dos $1900/onça
O ouro valorizou na última semana, tendo sido penalizado na última sessão da semana, por um dólar mais forte depois dos comentários do Presidente da FED, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole.
Na semana passada, o ouro interrompeu a sequência de perdas do mês de agosto, tendo voltado a transacionar acima do suporte dos $1900/onça. É provável que o metal precioso transacione entre o suporte mencionado e a resistência dos $1940/onça ao longo das próximas sessões
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.