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IMF – Mercado laboral dos EUA sofre desaceleração. Eur/Usd falha teste aos $1,19

Banco de Inglaterra mantém política e setor da construção recupera. Acordo comercial com a UE em setembro? Mercado laboral dos EUA sofre desaceleração. Eur/Usd falha teste aos $1,19; Crude fecha semana em correção, após máximos de 5 meses; Dólar fraco e tensões sino-americanas levaram ouro para máximos históricos

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BoE mantém política e setor da construção recupera. Acordo comercial com a UE em setembro?

Os membros do Banco de Inglaterra votaram, de forma unânime, em manter a sua política monetária inalterada, com as taxas de juro diretoras nos mínimos históricos de 0,1% e o seu programa de compra de títulos no valor de 822 mil milhões de euros. A instituição liderada por Andrew Bailey revelou que não espera que a economia retorne para níveis pré-pandémicos até ao final de 2021. No entanto, as previsões para o curto/médio-prazo são mais positivas, sendo esperado que a taxa de desemprego atinja um pico de 7,5% no final de 2020, abaixo dos 10% previstos anteriormente. Já o PIB britânico deverá contrair 9,5% em 2020, consideravelmente menos do que os -14% esperados em maio. Quando questionado sobre a possibilidade de utilizar taxas de juro negativas, Bailey revelou que tal ação faz parte do leque de ferramentas à disposição do Banco caso seja necessário, mas que para já não há planos para as utilizar. Numa nota à parte, o setor da construção do Reino Unido registou o maior aumento mensal na atividade em quase cinco anos em julho. Esta notícia gerou algum otimismo no Governo, que conta com o setor para impulsionar a recuperação económica. O PMI da IHS Markit subiu de 55,3 pontos em junho para 58,1 em julho, acima dos 57 esperados. Apesar de todos estes desenvolvimentos, o Eur/Gbp não realizou grandes variações. Destaque também para os comentários do ministro das finanças britânico, Rishi Sunak, nos quais indicou estar confiante de que possa ser atingido um acordo comercial entre o Reino Unido e a União Europeia nas negociações que decorrerão em setembro.

Tecnicamente, o Eur/Gbp permanece a lateralizar entre os 61,8% de retração de fibonacci (£0,8950) e os £0,9150. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD, apresentam sinais praticamente nulos, sinalizando que o par deverá permanecer a consolidar no intervalo atual no curtíssimo-prazo.


Mercado laboral dos EUA sofre desaceleração. Eur/Usd falha teste aos $1,19

Na última semana foi apresentada uma série de dados macroeconómicos positivos acerca da economia europeia. A atividade industrial da ZE registou uma expansão em julho, pela primeira vez desde o início de 2019. O PMI, medido pela IHS Markit, saltou de 47,4 pontos em junho, para 51,8 no mês passado, superando assim os 50 que marcam uma expansão. Para além da indústria, a inflação também regressou às subidas, tendo os preços no consumidor da ZE subido 0,7% em cadeia em junho, acima dos 0,5% previstos. Em território norte-americano, a deterioração das relações entre Washington e Pequim foi um dos principais destaques. Em causa está a aplicação chinesa TikTok, que segundo a Casa Branca produz riscos para a segurança nacional. Já na sexta-feira, Trump assinou ordens executivas que proíbem residentes nos EUA de realizarem negócios com o TikTok e WeChat. No final da semana, o grande destaque foi para o relatório de emprego dos EUA de julho. Neste período, o mercado laboral continuou a recuperar. Contudo, o ritmo sofreu uma forte desaceleração, como resultado do ressurgimento de infeções de Covid-19 no país, oferecendo a evidência mais clara até ao momento de que a recuperação da economia está a tremer. Os Nonfarm Payrolls revelaram que foram criados 1,763 milhões de postos de trabalho em julho, o número que até superou as previsões da Reuters, que apontavam para 1,6M, mas que representa uma queda bastante acentuada face aos 4,791M verificados no mês anterior. A taxa de desemprego caiu de 11,1% para 10,2%, mas, segundo o Departamento do Trabalho, a tendência foi enviesada para baixo por pessoas que se classificaram erradamente como "empregadas, mas ausentes do trabalho", sendo que a taxa real poderá ser 1% mais elevada.

Tecnicamente, o Eur/Usd deu continuidade aos ganhos, acabando por quebrar a resistência dos $1,18. O par ainda chegou a realizar vários testes aos $1,19, mas ainda não conseguiu obter sucesso, acabando sempre por corrigir ligeiramente em baixa. Este fator começa a deteriorar a perspetiva bullish que o par vinha a apresentar desde meados de julho. Assim, espera-se que o par venha a lateralizar entre os $1,17 e $1,19 no curtíssimo-prazo.


Crude fecha semana em correção, após máximos de 5 meses

O crude apresentou os melhores ganhos semanais desde o início de julho, alcançado máximos de 5 meses na quarta-feira. Desde então tem estado em correção. A fraqueza do dólar – que impulsiona o petróleo – assim como a queda de 7,37 milhões de barris dos inventários norte-americanos de crude na semana passada, quando a previsão era de que tivessem diminuído na ordem dos 3 milhões de barris, foram os principais fatores a impulsionar a matéria-prima. No entanto, a decisão dos membros da OPEP+ de reduzir o seu esforço de cortes de produção a partir de 1 de agosto, e os receios face aos impactos da pandemia do Covid-19 nas maiores economias mundiais limitaram ganhos maiores do ouro negro.

Tecnicamente, continuam a não existir novidades a reportar sobre o crude. A matéria-prima tem tentando afastar-se dos $40 nas últimas semanas, mas ainda não conseguiu obter sucesso. O MACD inverteu o sinal de compra o que poderá sinalizar uma correção em baixa no curtíssimo-prazo. Não obstante, as perdas poderão ser temporárias, visto que os $36 tem oferecido amplo suporte ao ouro negro, podendo vir a verificar-se uma lateralização entre este nível e os $40 no curto-prazo.


Dólar fraco e tensões sino-americanas levaram ouro para máximos históricos

O ouro foi um dos grandes destaques da última semana, registando a maior variação semanal positiva desde 2006. O metal precioso renovou máximos históricos, tendo testado já níveis em torno dos $2070/onça. O clima de incerteza quanto ao futuro das bolsas, e da economia global devido à propagação do coronavírus, um dólar mais fraco e o escalar das tensões entre Washington e Pequim continuam a ser os principais fatores a alimentar o apetite pelo risco e, por consequência, impulsionar o metal precioso.

A nível técnico, após ter quebrado a resistência dos $1750 no final de junho, o metal tem vindo a acumular ganhos desde então, tendo atingido máximos históricos em torno dos $2070. Não obstante a correção iniciada na sexta-feira, o ouro continua a apresentar uma tendência de alta. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD apresentam sinal de compra, sugerindo um teste aos $2100/onça.



As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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