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IMF – Inflação no Reino Unido acima do esperado

Inflação no Reino Unido acima do esperado; Vendas a Retalho dos EUA acima do esperado em setembro; Petróleo perto de resistência nos $91; Ouro renova máximos de 3 meses.

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| Inflação no Reino Unido acima do esperado

A taxa de inflação no Reino Unido permaneceu estável em 6.7% em setembro, mantendo-se nos mínimos de 18 meses alcançados em agosto e desafiando as expectativas do mercado de um ligeiro abrandamento para 6.6%. Aumentos de preços mais suaves em alimentos e bebidas não alcoólicas e bens domésticos foram compensados por uma queda menor nos custos de energia, devido a um aumento mensal nos custos de combustível para automóveis. Em cadeia, a inflação aumentou 0.5%, o que corresponde ao seu ritmo mais alto desde maio. Adicionalmente, a taxa de inflação subjacente caiu para 6.1%, atingindo o seu ponto mais baixo desde janeiro, mas excedendo as previsões de 6%. Numa outra nota, as vendas a retalho no Reino Unido caíram mais do que o esperado em setembro, num contexto de pressões mais amplas sobre o custo de vida que poderão fazer com que a economia abrande na generalidade do 3ºtrimestre. As vendas a retalho caíram 0.9%, em cadeia, após uma subida de 0.4% em agosto, o que corresponde a um declínio superior à queda de 0.2% para que o consenso do mercado apontava. O economista-chefe do Instituto Nacional de Estatísticas Britânico, Grant Fitzner, indicou que foi um mês fraco para as lojas de vestuário, uma vez que as condições inesperadamente quentes reduziram as vendas de equipamento para o tempo frio.

O Eur/Gbp perdeu terreno sucessivamente ao longo da semana, tendo acabado por, no final da semana quebrar em alta a resistência robusta presente nos £0.8700 e registar novos máximos de 5 meses nas £0.8740.

| Vendas a Retalho dos EUA acima do esperado em setembro

As vendas a retalho dos EUA subiram mais do que o esperado em setembro, uma vez que as famílias aumentaram as compras de veículos automóveis e gastaram mais em restaurantes e bares, consolidando as expectativas de que o crescimento económico acelerou no 3º trimestre. Assim, as vendas a retalho aumentaram 0.7%, em cadeia, no mês de setembro, face aos dados de agosto revistos em alta para 0.8% e às expectativas do mercado de um crescimento de 0.3%. Em termos homólogos, o crescimento foi de 3.8$. As vendas a retalho subjacentes, que e podem ser interpretadas como uma aproximação da componente do PIB relativa às despesas de consumo, subiram 0.6%, em cadeia, em setembro, face aos 0.2% registados em agosto.

Numa outra nota, de acordo com o presidente da FED, Jerome Powell, a força da economia dos EUA e o facto de os mercados de trabalho continuarem tensos, podem exigir taxas de juro ainda mais restritivas para controlar a inflação, embora as expectativas de aumento das taxas de juros por parte do mercado possam tornar a ação do próprio Banco Central menos necessária. Parecendo se alinhar com os restantes membros da FED, Powell concordou que, em princípio, a subida das yields das obrigações do tesouro estava a ajudar a tornar as condições financeiras ainda mais restritivas e, no limite, poderia diminuir a necessidade de aumentos adicionais das taxas de juro da Reserva Federal.

O Eur/Usd apresentou uma semana de recuperação ligeira, tendo no final da mesma quebrado por momentos a linha de tendência descendente (vermelho), que tem acompanhado o par desde julho do ano corrente. O Eur/Usd tem agora como suporte e resistência os níveis dos $1.0500 e $1.0600, respetivamente.

| Petróleo perto de resistência nos $91

Na última semana, o petróleo beneficiou do crescimento dos receios de que a crise entre Israel e a Palestina possa se alastrar para o remanescente do Médio Oriente e causar uma disrupção numa das maiores regiões produtoras de petróleo do mundo.

O petróleo apresentou uma semana de recuperação, tendo o crude valorizado sucessivamente até se aproximar da resistência presente nos $91. Assim, o ouro negro permaneceu a transacionar acima da linha de tendência ascendente (vermelho).

| Ouro renova máximos de 3 meses

O ouro deu continuidade aos ganhos da semana anterior, servindo de ativo de refúgio, beneficiando dos receios de uma intensificação dos conflitos do Médio Oriente. Além disso, o ouro também beneficiou da diminuição das expectativas sobre outro aumento das taxas de juro por parte da FED.

O ouro deu continuidade à valorização apresentada na semana anterior, tendo renovado máximos de 3 meses nos $ 1 990/onça. O metal preciso tem a próxima resistência no nível dos $2 000/onça.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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