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IMF – Fraco relatório de emprego dos EUA impulsionou Eur/Usd

Dólar australiano registou ganhos significativos com expectativas de reabertura da economia; Eur/Usd prolongou subida após relatório de emprego desapontante dos EUA; Petróleo registou a segunda semana consecutiva de ganhos; Ouro estabilizou acima dos $1800/onça

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| Dólar australiano registou ganhos significativos com expectativas de reabertura da economia

O dólar australiano registou ganhos significativos na última semana, tanto face ao dólar como ao euro, à medida que sinais de progressos no controlo da pandemia do país aumentam as expectativas de que a reabertura da economia possa estar mais próxima. O sentimento melhorou numa altura em que o primeiro-ministro Scott Morrison indicou que a reabertura poderia ser antecipada após ter assegurado um acordo para duplicar o stock de vacinas de Covid-19 da Pfizer, ajudando a impulsionar uma taxa de vacinação já bastante elevada. Ao ritmo atual, cerca de 80% da população adulta poderá ser vacinada até novembro, o que poderá permitir colocar a economia de novo no bom caminho no final deste ano. No entanto, de acordo com uma sondagem da Reuters, com as grandes cidades ainda encerradas, os mercados estão bastante divididos sobre se o RBA irá reduzir os estímulos na reunião da próxima semana. Posto isto, o Eur/Aud recuou para o nível mais baixo em mais de três semanas, abaixo dos AUD$1,60.

A longo prazo, o Eur/Aud apresenta uma tendência de alta desde meados de março. Contudo, nas últimas semanas o par falhou o teste aos AUD$1,64, tendo acabado por corrigir em baixa. O câmbio encontra-se agora numa posição importante, estando já a "tocar" na linha de tendência ascendente (vermelho tracejado). Os próximos dias serão crucias para determinar o futuro do par, sendo que atualmente os indicadores técnicos apontam para que este quebre o referido suporte. No entanto, tendo em conta o passado sucesso do suporte, um ressalto neste nível não pode ser colocado de parte.


| Eur/Usd prolongou subida após relatório de emprego desapontante dos EUA

O grande destaque da última semana passou pelo desapontante relatório de emprego dos EUA, que impulsionou o Eur/Usd. O crescimento do mercado laboral norte-americano abrandou de forma bastante acentuada em agosto, à medida que a procura de serviços diminui, a escassez de mão-de-obra persiste e o número de infeções por Covid-19 aumenta. Assim, que foram criados 235 mil postos de trabalho em agosto o que representa uma forte quebra face aos 1,05 milhões do mês anterior, ficando ainda bastante aquém dos 750 mil esperados pelo mercado e correspondendo também à menor leitura em sete meses. Este número complica ainda mais a potencial decisão da Fed de iniciar o processo de "tapering" no curto prazo. Numa nota mais positiva, a taxa de desemprego recuou de 5,4% para 5,2% os rendimentos médios registaram um inesperado aumento de 4,3%. Já na Zona Euro, o PMI Compósito (indústria + serviços) da IHS Markit recuou de 60,2 pontos em julho para 59 em agosto. Contudo, é importante notar que a leitura de julho foi a mais elevada em 15 anos e que mesmo com o abrandamento, uma leitura de 59 pontos continua bastante positiva, permanecendo bem acima do marco de 50 que separa uma contração de expansão.

A nível técnico, o Eur/Usd deu seguimento aos ganhos das últimas semanas. O par começa a apresentar uma perspetiva cada vez mais bullish para o curto prazo, estando o MACD a apresentar agora um sólido sinal de compra. O par fechou a sessão europeia ligeiramente abaixo dos $1,19, tendo mesmo chegado a testar este nível. Os indicadores técnicos sugerem que o par poderá quebrar esta resistência, abrindo caminho a um teste aos $1,20. Contudo, esta resistência apresentou-se robusta no passado, pelo que continua a existir uma possibilidade de uma correção. Efetivamente, o início desta semana será crucial para determinar a tendência para o curto-prazo.

| Petróleo registou a segunda semana consecutiva de ganhos

Os preços do petróleo registaram a segunda semana de ganhos, tendo registado uma variação semanal positiva de mais de 1%. Os preços da matéria-prima vão recuperando à medida que a procura global vai aumentando. Destaque para o encontro da OPEP+, na qual foi acordado a continuação da injeção de 400 mil barris diários, a cada mês, até setembro de 2022, altura em que se prevê que a produção desta matéria-prima regresse aos níveis pré-pandemia. O crude beneficiou também do enfraquecimento do dólar e pela procura na Índia ter atingido um pico, após o número de casos de infetados por Covid-19 ter diminuído. Por outro lado, o furacão "Ida", no continente americano, provocou estragos na grande maioria das refinarias do Golfo do México, limitando ganhos mais expressivos.

Tecnicamente, com os ganhos das últimas sessões, o crude volta a apresentar uma perspetiva mais bullish para o curto-prazo, seguindo a testar a resistência dos $70/barril. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD, apoiam esta perspetiva, sendo esperado que o petróleo dê seguimento aos ganhos no curto-prazo.


| Ouro estabilizou acima dos $1800/onça

Os preços do ouro voltaram a registar uma variação semanal positiva, ainda que de forma mais ligeira. A forte depreciação do dólar e os riscos de que a variante Delta da Covid-19 possa desacelerar o ritmo da recuperação económica global continuam a ser os principais fatores a contribuir para a subida do preço do ouro, que beneficia do estatuto de ativo de refúgio. Os fracos dados sobre o mercado de trabalho dos EUA no final da semana e os comentários feitos por um dos membros do BCE sobre a possível retirada de estímulos à economia também contribuíram para o desempenho robusto do metal precioso.

Tecnicamente, o ouro segue a consolidar acima dos $1800/onça. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD, apresentam uma perspetiva ligeiramente mais bullish, o que poderá sinalizar que o metal precioso irá dar seguimento aos ganhos, podendo realizar um teste aos $1850/onça no médio-prazo.



As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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