Notícia
IMF – FED e BCE subiram taxas em 25 pontos base
BoE reunirá na quinta-feira; FED e BCE subiram taxas em 25 pontos base; Petróleo recuperou após queda; Ouro renovou máximos de 2020 nos $2072.
08 de Maio de 2023 às 13:00
| BoE reunirá na quinta-feira
Uma inflação elevada e os dados do mercado laboral do Reino Unido sustêm a perspetiva de que o Banco de Inglaterra (BoE) decida subir as suas taxas de juro em 25 pontos base na sua reunião desta quinta-feira. No entanto, os mercados financeiros têm considerado cada vez mais que o BoE apresente um trajeto diferente do decidido pela Reserva Federal dos EUA ao longo dos próximos meses. Enquanto os mercados estão a descontar uma pausa da FED na próxima reunião e um corte de taxas no final do ano, esperam que o BoE realize ainda mais duas a três subidas de taxas ao longo do ano. A tese reside no facto de os dados mais recentes do Reino Unido não se terem apresentados tão maus quanto o inicialmente considerado, enquanto o crescimento salarial permanece mais lento do que era anteriormente e a inflação é principalmente impulsionada pela subida dos preços alimentares. Assim, é provável que a narrativa da instituição nesta reunião tenha o propósito de "deixar todas as portas abertas" enquanto um deterioramento dos dados ao longo das próximas semanas poderá pressionar o BoE a subir novamente as suas taxas em junho. De qualquer modo, as próximas previsões da instituição deverão indicar se o seu ciclo restritivo está próximo do fim.
O Eur/Gbp perdeu terreno ao longo da última semana, tendo quebrado em baixa o limiar inferior do canal de tendência ascendente (vermelho) em que transacionada e recuado até ter encontrado novamente suporte nas £0,8720, que poderá agora testar.
| FED e BCE subiram taxas em 25 pontos base
A FED, decidiu subir a taxa de juro de referência em 25 pontos base, para o intervalo entre 5% e 5,25%, como era esperado, no que foi o 10º incremento consecutivo desde março de 2022. A FED sinalizou que já não "antecipa" a necessidade de mais incrementos, mas dados económicos futuros poderão justificar mais subidas. Jerome Powell disse que "é mais provável que se evite uma recessão do que o contrário". Portanto, estamos perante uma pausa no ciclo restritivo, até para que os membros da FED possam ter mais tempo para observar os efeitos das subidas já realizadas, analisar as mais recentes falências de bancos nos EUA e observar a resolução da crise do "teto da dívida pública", bem como monitorizar o caminho que a inflação irá percorrer. Por sua vez, o Banco Central Europeu também subiu as taxas de juro de referência em 25 pontos, como esperado. Foi o 7º incremento consecutivo. Em conferência de imprensa, Christine Lagarde deixou claro que, contrariamente ao anunciado pela Fed, o BCE não pretende interromper já o seu ciclo restritivo, dado que a instituição ainda considera haver "terreno para cobrir" no que toca à inflação. Lagarde justificou, sinalizando que será necessária uma taxa mais restritiva para controlar a inflação, mas as decisões futuras estão dependentes de novos dados. Ainda foi indicado que o BCE irá parar de reinvestir dinheiro no seu Programa de Compra de Ativos a partir de julho de 2023. No entanto, o tom geral do discurso foi mais cauteloso quanto à economia, referindo-se várias vezes as ameaças ao crescimento e a desaceleração da concessão de crédito.
Na última semana, o Eur/Usd transacionou em torno dos $1.10, tal como ocorreu ao longo do mês de abril. Assim, apesar da ligeira estagnação, o par poderá continuar a acompanhar tendência de alta que tem vindo a apresentar desde meados de março,
| Petróleo recuperou após queda
O petróleo apresentou uma queda significativa durante grande parte da semana passada, enquanto se verificou um maior receio sobre o impacto económico das subidas de taxas de juro e sobre um abrandamento da procura chinesa. No entanto, no final da semana, expectativas de um corte na oferta na próxima reunião da OPEP+ em junho apoiaram a recuperação da cotação do petróleo.
Após um início de semana negativo, ao ponto de ter quebrado em baixa diversos suportes e renovado momentaneamente mínimos de dezembro de 2021 nos $63.64, o crude WTI apresentou uma recuperação, retornando até níveis acima dos $70/barril.
| Ouro testou máximos de 2020
O ouro valorizou e testou máximos os históricos nos $2072 depois que a FED indicou que pretende colocar o seu ciclo restritivo em "pausa", tendo na sexta-feira perdido bastante terreno, enquanto se divulgou que a economia dos EUA criou mais empregos do que o esperado em abril.
Ao longo da semana, o ouro apresentou uma valorização sustentada, tendo testado os máximos históricos de agosto de 2020 nos $2072/onça. No entanto, na última sessão da semana desvalorizou até encontrar um suporte nos $2000.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
Uma inflação elevada e os dados do mercado laboral do Reino Unido sustêm a perspetiva de que o Banco de Inglaterra (BoE) decida subir as suas taxas de juro em 25 pontos base na sua reunião desta quinta-feira. No entanto, os mercados financeiros têm considerado cada vez mais que o BoE apresente um trajeto diferente do decidido pela Reserva Federal dos EUA ao longo dos próximos meses. Enquanto os mercados estão a descontar uma pausa da FED na próxima reunião e um corte de taxas no final do ano, esperam que o BoE realize ainda mais duas a três subidas de taxas ao longo do ano. A tese reside no facto de os dados mais recentes do Reino Unido não se terem apresentados tão maus quanto o inicialmente considerado, enquanto o crescimento salarial permanece mais lento do que era anteriormente e a inflação é principalmente impulsionada pela subida dos preços alimentares. Assim, é provável que a narrativa da instituição nesta reunião tenha o propósito de "deixar todas as portas abertas" enquanto um deterioramento dos dados ao longo das próximas semanas poderá pressionar o BoE a subir novamente as suas taxas em junho. De qualquer modo, as próximas previsões da instituição deverão indicar se o seu ciclo restritivo está próximo do fim.
O Eur/Gbp perdeu terreno ao longo da última semana, tendo quebrado em baixa o limiar inferior do canal de tendência ascendente (vermelho) em que transacionada e recuado até ter encontrado novamente suporte nas £0,8720, que poderá agora testar.
| FED e BCE subiram taxas em 25 pontos base
A FED, decidiu subir a taxa de juro de referência em 25 pontos base, para o intervalo entre 5% e 5,25%, como era esperado, no que foi o 10º incremento consecutivo desde março de 2022. A FED sinalizou que já não "antecipa" a necessidade de mais incrementos, mas dados económicos futuros poderão justificar mais subidas. Jerome Powell disse que "é mais provável que se evite uma recessão do que o contrário". Portanto, estamos perante uma pausa no ciclo restritivo, até para que os membros da FED possam ter mais tempo para observar os efeitos das subidas já realizadas, analisar as mais recentes falências de bancos nos EUA e observar a resolução da crise do "teto da dívida pública", bem como monitorizar o caminho que a inflação irá percorrer. Por sua vez, o Banco Central Europeu também subiu as taxas de juro de referência em 25 pontos, como esperado. Foi o 7º incremento consecutivo. Em conferência de imprensa, Christine Lagarde deixou claro que, contrariamente ao anunciado pela Fed, o BCE não pretende interromper já o seu ciclo restritivo, dado que a instituição ainda considera haver "terreno para cobrir" no que toca à inflação. Lagarde justificou, sinalizando que será necessária uma taxa mais restritiva para controlar a inflação, mas as decisões futuras estão dependentes de novos dados. Ainda foi indicado que o BCE irá parar de reinvestir dinheiro no seu Programa de Compra de Ativos a partir de julho de 2023. No entanto, o tom geral do discurso foi mais cauteloso quanto à economia, referindo-se várias vezes as ameaças ao crescimento e a desaceleração da concessão de crédito.
Na última semana, o Eur/Usd transacionou em torno dos $1.10, tal como ocorreu ao longo do mês de abril. Assim, apesar da ligeira estagnação, o par poderá continuar a acompanhar tendência de alta que tem vindo a apresentar desde meados de março,
| Petróleo recuperou após queda
O petróleo apresentou uma queda significativa durante grande parte da semana passada, enquanto se verificou um maior receio sobre o impacto económico das subidas de taxas de juro e sobre um abrandamento da procura chinesa. No entanto, no final da semana, expectativas de um corte na oferta na próxima reunião da OPEP+ em junho apoiaram a recuperação da cotação do petróleo.
Após um início de semana negativo, ao ponto de ter quebrado em baixa diversos suportes e renovado momentaneamente mínimos de dezembro de 2021 nos $63.64, o crude WTI apresentou uma recuperação, retornando até níveis acima dos $70/barril.
| Ouro testou máximos de 2020
O ouro valorizou e testou máximos os históricos nos $2072 depois que a FED indicou que pretende colocar o seu ciclo restritivo em "pausa", tendo na sexta-feira perdido bastante terreno, enquanto se divulgou que a economia dos EUA criou mais empregos do que o esperado em abril.
Ao longo da semana, o ouro apresentou uma valorização sustentada, tendo testado os máximos históricos de agosto de 2020 nos $2072/onça. No entanto, na última sessão da semana desvalorizou até encontrar um suporte nos $2000.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.