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IMF – Eur/Usd renova mínimos de 3 semanas

Dólar canadiano recua antes de eleições; Eur/Usd renova mínimos de 3 semanas; Inflação continua alta; Queda dos inventários de crude norte-americanos leva petróleo a máximos de 6 semanas; Valorização do dólar e expectativas para a reunião da Fed condicionam o ouro

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| Dólar Canadiano recua antes de eleições

A última semana foi marcada por um conjunto de dados macroeconómicos desapontantes do Canadá, que levaram a quedas ligeiras da moeda canadiana, na semana antecedente às eleições gerais. Numa primeira instância, as vendas industriais do Canadá diminuíram 1,5% em julho, em relação ao mês anterior, pressionadas sobretudo pelos envios de produtos de madeira e peças aeroespaciais, que recuaram acentuadamente em relação ao mês anterior. As expectativas do mercado apontavam para um declínio de 1%. Mais tarde na semana, o Statistics Canada revelou que taxa de inflação anual do Canadá atingiu 4,1% em agosto - um máximo de 18 anos - impulsionada em parte por um grande "salto" nos preços da gasolina. Os analistas inquiridos pela Reuters esperavam que a taxa de inflação anual subisse para 3,9% em agosto. Estes números são bastante acima do objetivo do Banco do Canadá, que espera que a inflação se mantenha acima do intervalo de controlo de 1%-3% este ano, antes de voltar ao objetivo de 2% em 2022. Esta subida da inflação acontece poucos dias antes da eleição do Canadá (20 de setembro), com as sondagens mais recentes a apontarem para um empate ou mesmo uma vitoria do líder do Partido Conservador O’Toole, sobre Trudeau, do Partido Liberal.

Com as perdas ligeiras da última semana, o Eur/Cad apresenta uma perspetiva mais bearish para o curto-prazo, tendo o par falhado o teste aos 38,2% de retração de fibonacci (C$1,4980). Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD, apoiam esta perspetiva, sendo esperado que o par consolide abaixo deste nível, podendo mesmo realizar um teste aos 23,6% de retração (C$1,470), mais à frente.


| Eur/Usd renova mínimos de 3 semanas; Inflação continua alta

O Eur/Usd voltou a registar nova semana de quedas, atingindo mínimos de 3 semanas. O principal destaque da semana pertence à divulgação dos dados da inflação de agosto, tanto nos EUA como em continente europeu. Começando pelos Estados Unidos, a inflação voltou a subir, mas a um ritmo mais lento do que anteriormente verificado. O Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu 0,3% m/m, ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas, que esperavam um registo de 0,4% m/m, e o valor mais baixo desde janeiro. Na Zona Euro, a taxa de inflação saiu de acordo com as expectativas dos analistas, tendo subido 3% y/y e 0,4% m/m, representando o terceiro mês consecutivo de ganhos. Estes relatórios surgem numa altura em que a especulação cresce nos mercados financeiros sobre quando a Fed irá anunciar que vai começar a redimensionar o seu programa mensal de compra de obrigações. Começam também a aumentar as expectativas de que os Democratas do Congresso norte-americano vão propor um aumento do imposto sobre as empresas de 21% para 26,5% como parte de um plano que prevê elevar a tributação sobre a riqueza, empresas e investidores no país. Segundo a Reuters, os Democratas também devem propor uma sobretaxa de 3% sobre os rendimentos individuais acima de 5 milhões de dólares, no âmbito do plano económico geral para o Orçamento do próximo ano fiscal, que tem início em outubro, com um valor de 3,5 biliões de dólares.

A nível técnico, com as perdas das últimas semanas, o Eur/Usd começa a apresentar uma perspetiva mais bearish, transacionando claramente abaixo do suporte dos $1,18. O MACD inverteu o sinal de compra, reforçando esta perspetiva. É esperado que o par continue a recuar, podendo realizar um novo teste aos $1,17 no curto-prazo.


| Queda dos inventários de crude norte-americanos leva petróleo a máximos de 6 semanas

Após uma semana sem grande variação, os preços do petróleo voltaram aos ganhos, registando uma variação semanal positiva de mais de 3%, renovando máximos de 6 semanas. Os preços da matéria-prima foram impulsionados sobretudo pelas reservas norte-americanas de crude, que recuaram mais do que o esperado na semana passada. Os inventários baixaram em 6,42 milhões de barris, para o nível mais baixo desde setembro de 2019, quando a estimativa era de uma queda de 3,54 milhões. Esta representa a sexta semana consecutiva da redução dos inventários. Esta queda surgiu numa altura em que os refinadores norte-americanos da região do Golfo do México estão ainda a recuperar da passagem do devastador furacão "Ida", em finais de agosto, com cerca de 40% da produção offshore do Golfo do México ainda suspensa. Destaque também para a tempestade tropical "Nicholas", que contribuiu para um maior atraso na retoma da produção na região do Texas e Louisiana, que provocou inundações e apagões.

Tecnicamente, com os ganhos desta semana, o crude começa a apresentar uma perspetiva cada vez mais bullish, seguindo acima do suporte dos $70/barril. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD, apoiam esta perspetiva, sendo esperado que o petróleo realize um teste à resistência dos $75/barril.


| Valorização do dólar e expectativas para reunião da Fed condicionam o ouro

Os preços do ouro voltaram a registar uma nova variação semanal negativa, tendo recuado mais de 1%, atingindo mínimos de mais de um mês. Os preços do metal precioso estão a ser pressionados sobretudo pela cautela dos investidores, que estão à procura de alguns sinais da Reserva Federal dos Estados Unidos, que se irá reunir nesta semana, a 21 e 22 de setembro. O tema da possível retirada de estímulos à economia continua a ser um dos temas a merecer atenção. A valorização do dólar também contribuiu para o fraco desempenho do metal precioso.

Tecnicamente, com as perdas das últimas semanas, o ouro apresenta uma perspetiva cada vez mais bearish para o curto-prazo. Os indicadores técnicos suportam esta perspetiva, tendo o MACD invertido o sinal de compra. É esperado que o ouro consolide em torno dos $1750/onça, existindo a possibilidade de um teste aos $1700/onça no médio-prazo.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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