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IMF – Euro volta a falhar teste aos $1,18. Eleições EUA em foco

Economia britânica desacelera. Inicia-se semana crucial para acordo do Brexit; Euro volta a falhar teste aos $1,18. Eleições EUA em foco; Crude lateraliza em torno dos $40; Ouro perde terreno, pressionado pela valorização do dólar

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| Setor privado do Canadá perde postos de trabalho pelo 7º mês consecutivo

O setor privado do Canadá perdeu mais de 240 mil postos de trabalho em setembro, alargando assim um conjunto de perdas que teve início em março. Os dados ADP mostram que o comércio, transportes e empresas de serviços foram os setores mais afetados. Numa nota ainda mais preocupante, as perdas de abril foram revistas de 205 mil para mais de 770 mil. O país norte-americano está, à semelhança do resto do mundo, a ser seriamente afetado pela pandemia de Covid-19, com as mais recentes previsões do FMI a apontarem para uma recessão de 7,1% este ano, enquanto que a taxa de desemprego deverá saltar para 9,7%, face aos 5,7% de 2019. O Banco do Canadá tem posto em prática um conjunto de estímulos que têm sido bem-sucedidos. Não obstante, para o antigo Governador do BoC, Stephen Poloz, a política monetária já se encontra próximo do limite, sendo que medidas fiscais deveriam ser a principal ferramenta para suportar a economia daqui para a frente. Apenas dias após estes comentários, o BoC anunciou que está a reduzir ou interromper uma série das suas operações de liquidez de emergência, afirmando que estas não são mais necessários, à medida que os mercados continuam a recuperar.

Tecnicamente, o Eur/Cad vinha a lateralizar nas últimas semanas. Já recentemente, acabou por recuar, quebrando em baixa o limite inferior do canal de tendência ascendente (vermelho tracejado). O par apresenta agora uma tendência bearish para o curto-prazo, perspetiva suportada pela inversão do sinal de venda do MACD. No entanto, o atual suporte dos 61,8% de retração de fibonacci (C$1,54) tem sido robusto, levando-nos a acreditar que conseguirá amparar as perdas do par e resultar numa consolidação acima de este. Caso tal não se verifique, o próximo suporte encontra-se nos 50% de retração (C$1,52).


| Euro volta a falhar teste aos $1,18. Eleições EUA em foco

O Eur/Usd voltou a falhar o teste aos $1,18, acabando por corrigir em baixa. A última semana ficou marcada por um aumento da aversão ao risco nos mercados. A segunda vaga da pandemia de Covid-19 continua a ganhar ímpeto, principalmente em território europeu, com vários países do velho continente já a apresentarem números de novos casos diários superiores aos registados durante o pico de março/abril. O ressurgimento das infeções no final do verão já se começa a materializar de forma significativa nos mais recentes dados macroeconómicos. De entre estes, destaque para a produção industrial da ZE que cresceu apenas 0,7% m/m em agosto. Esta leitura, apesar de positiva, representa um abrandamento acentuado face aos meses anteriores, tendo em agosto sido verificado um acréscimo de 5%. Isto é uma forte indicação de que a recuperação económica da ZE está a abrandar, à medida que a segunda vaga ganha terreno. Nos EUA, os dados mais recentes mostram uma tendência semelhante, com destaque para os novos pedidos de subsídio de desemprego que aumentaram, inesperadamente, em 898 mil na semana até 9 de outubro – um nível superior ao acréscimo de 845 mil na semana anterior. O próximo mês é de elevada importância para a economia mundial, por um lado temos a já referida pandemia, por outro as eleições presidenciais dos EUA (3 novembro) e o desfecho das negociações comerciais entre o Reino Unido e União Europeia. Assim, poderá ser aguardada volatilidade adicional nos mercados financeiros.

Tecnicamente, após ressaltar no suporte dos $1,16, o Eur/Usd registou ganhos graduais, chegando a testar o limite superior do canal descendente (vermelho tracejado), à volta dos $1,18. No entanto, não obteve sucesso a este teste, acabando por corrigir em baixa. Assim, poderá dizer-se que os ganhos do par terão terminado por agora, sendo esperado que este acompanhe o movimento do referido canal, tendo como próximos suportes os $1,17 e $1,16.


| Crude lateraliza em torno dos $40

Os preços do petróleo tiveram uma semana calma, lateralizando à volta dos $40/barril. A China, maior importadora mundial de petróleo, divulgou no início da semana que importou 11,8 milhões de barris por dia em setembro, um aumento de 5,5% face a agosto e de 17,5% face ao período homólogo, oferecendo algum suporte aos preços da matéria-prima. Contudo, a evolução global da pandemia do Covid-19, e o retorno da Líbia e das plataformas petrolíferas do Golfo do México ao mercado exportador, colocando mais matéria-prima num mercado já afetado com as quedas na procura, impossibilitaram ganhos.

A nível técnico, não existem novidades acerca do crude. A matéria-prima permanece a lateralizar à volta dos $40/barril e tudo aponta para que a tendência se mantenha, pelo menos no curtíssimo-prazo. O sinal praticamente nulo do MACD suporta esta perspetiva.


| Ouro perde terreno, pressionado pela valorização do dólar

Após ter registado duas semanas consecutivas de ganhos, o ouro voltou a apresentar uma variação semanal negativa, ainda que bastante ligeira. A ligeira valorização do dólar esta semana foi o principal fator a pressionar os preços do metal precioso. No entanto, a perspetiva de que os estímulos para economia dos EUA acabem por acelerar a inflação limitou perdas mais expressivas do ouro.

Tecnicamente, apesar de permanecer a transacionar dentro de um canal de tendência descendente, o ouro começa a apresentar uma perspetiva bullish para o curto-prazo, à medida que testa o limite superior de este. Poderá ser assim esperada uma subida até aos $2000.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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