Notícia
IMF – Euro teve semana calma; Noruega subiu taxas
O Norges Bank realizou a maior subida de taxas em 20 anos; A Fed apresentou uma postura mais pessimista; Petróleo e ouro perderam terreno
27 de Junho de 2022 às 12:30
| Banco Central da Noruega realizou maior subida de taxas em duas décadas
O Norges Bank subiu a sua taxa de juro de referência em 50 pontos base, para 1,25%, tendo sido o maior incremento desde 2002, deixando ainda em aberto a possibilidade de se vir a verificar a necessidade de realizar mais acréscimos desta mgnitude, consoante os níveis de inflação. A governadora do Banco Central da Noruega, Ida Wolden Bache, comentou que, com base nas previsões económicas do Comité, existe uma probabilidade elevada de voltar a haver necessidade de subir a taxa em agosto, possivelmente para 1,5%, e que um incremento acentuado das taxas agora, reduz a necessidade de haver uma política monetária mais agressiva no futuro. Para o resto de 2022, o plano do Norges Bank é subir as taxas em 25 pb em cada uma das suas quatro reuniões de política restantes, embora fazer incrementos maiores também possa ser uma opção, disse Bache.
A nível técnico, o Eur/Nok apresenta uma perspetiva de alta desde meados de abril. Tudo aponta para que o par dê continuidade aos ganhos, sendo esperado um teste à importante resistência das 10,7 coroas no curto prazo.
| Euro estabilizou; Fed mais pessimista
A última semana acabou por ser de consolidação para o Eur/Usd. O par lateralizou em órbita dos $1,05, após a ligeira recuperação das perdas recentes para níveis abaixo dos $1,04. A temática da inflação e das taxas de juro continua a dominar as atenções. Jerome Powell, Presidente da Fed, pronunciou-se sobre o assunto da forma mais explícita até ao momento. Para o presidente da FED, um soft landing (desaceleração suave do crescimento económico que evita uma recessão) será "bastante desafiante", tendo em conta a subida das taxas de juro, sinalizando que uma recessão é agora uma possibilidade. Powell alertou ainda para o risco de a Fed não conseguir restaurar a estabilidade dos preços, o que permitiria que a elevada inflação se enraizasse na economia. Estes comentários levaram alguns analistas a equacionarem a continuidade das subidas de taxas depois do impulso inicial. Neste tema, ontem foi também divulgada uma sondagem conduzida pela Reuters, na qual os economistas inquiridos esperam mais uma subida de 75 pontos base (pb) em julho, seguida de outro incremento de 50 pb em setembro, regressando a incrementos de 25 pb a partir de novembro.
O Eur/Usd teve uma semana relativamente calma, acabando por lateralizar em torno dos $1,05. A tendência para o curto-prazo encontra-se um pouco neutra, podendo ser aguardada uma lateralização entre os $1,0350 e $1,08 neste período. Não obstante, e apesar da robustez apresentada até ao momento pelo suporte dos $1,0350, o tom bearish ainda permanece, principalmente tendo em consideração a tendência de queda que apresenta no longo prazo (desde o segundo trimestre de 2021).
| Após semana bastante volátil, petróleo fecha com ganhos ligeiros
O petróleo foi um dos grandes destaques da última semana. Até quinta-feira, a matéria-prima registou amplas quedas, tendo o barril de crude chegado a tocar em níveis na casa dos $101, como resultado dos receios de que as subidas das taxas de juro possam provocar uma recessão na economia mundial. Segundo alguns analistas, os crescentes receios de recessão aparentam estar a provocar um corte pesado dos posicionamentos especulativos de longo prazo nos contratos de mercadorias. A OPEP reúne-se a 30 de junho e espera-se que se cinjam a um plano anterior para acelerar ligeiramente os aumentos na produção de petróleo em julho e agosto, em vez de fornecerem mais petróleo.
A nível técnico, o crude não conseguiu quebrar de forma significativa o nível dos $120 em alta, acabando por corrigir em baixa, quebrando o suporte dos $110 e chegando a aproximar-se dos $100. Contudo, este último nível dos $100 tem provado ser robusto, pelo que se espera que a matéria-prima permaneça acima deste no curto prazo.
| Ouro fechou semana no "vermelho"
O ouro acabou por estabilizar na passada sexta-feira, mas ainda assim encerrou a semana com um saldo negativo, penalizado pelas perspetivas de subidas de taxas de juro, que tornam ativos sem "dividendos" como o ouro menos atrativos. Para além disto, o dólar também registou ganhos face a um conjunto de moedas, o que acabou por penalizar o metal precioso.
O ouro apresenta uma perspetiva relativamente neutra para o curto-prazo, estando a lateralizar acima dos $1800 e estando tudo a apontar para que assim continue nas próximas semanas.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
O Norges Bank subiu a sua taxa de juro de referência em 50 pontos base, para 1,25%, tendo sido o maior incremento desde 2002, deixando ainda em aberto a possibilidade de se vir a verificar a necessidade de realizar mais acréscimos desta mgnitude, consoante os níveis de inflação. A governadora do Banco Central da Noruega, Ida Wolden Bache, comentou que, com base nas previsões económicas do Comité, existe uma probabilidade elevada de voltar a haver necessidade de subir a taxa em agosto, possivelmente para 1,5%, e que um incremento acentuado das taxas agora, reduz a necessidade de haver uma política monetária mais agressiva no futuro. Para o resto de 2022, o plano do Norges Bank é subir as taxas em 25 pb em cada uma das suas quatro reuniões de política restantes, embora fazer incrementos maiores também possa ser uma opção, disse Bache.
| Euro estabilizou; Fed mais pessimista
A última semana acabou por ser de consolidação para o Eur/Usd. O par lateralizou em órbita dos $1,05, após a ligeira recuperação das perdas recentes para níveis abaixo dos $1,04. A temática da inflação e das taxas de juro continua a dominar as atenções. Jerome Powell, Presidente da Fed, pronunciou-se sobre o assunto da forma mais explícita até ao momento. Para o presidente da FED, um soft landing (desaceleração suave do crescimento económico que evita uma recessão) será "bastante desafiante", tendo em conta a subida das taxas de juro, sinalizando que uma recessão é agora uma possibilidade. Powell alertou ainda para o risco de a Fed não conseguir restaurar a estabilidade dos preços, o que permitiria que a elevada inflação se enraizasse na economia. Estes comentários levaram alguns analistas a equacionarem a continuidade das subidas de taxas depois do impulso inicial. Neste tema, ontem foi também divulgada uma sondagem conduzida pela Reuters, na qual os economistas inquiridos esperam mais uma subida de 75 pontos base (pb) em julho, seguida de outro incremento de 50 pb em setembro, regressando a incrementos de 25 pb a partir de novembro.
O Eur/Usd teve uma semana relativamente calma, acabando por lateralizar em torno dos $1,05. A tendência para o curto-prazo encontra-se um pouco neutra, podendo ser aguardada uma lateralização entre os $1,0350 e $1,08 neste período. Não obstante, e apesar da robustez apresentada até ao momento pelo suporte dos $1,0350, o tom bearish ainda permanece, principalmente tendo em consideração a tendência de queda que apresenta no longo prazo (desde o segundo trimestre de 2021).
| Após semana bastante volátil, petróleo fecha com ganhos ligeiros
O petróleo foi um dos grandes destaques da última semana. Até quinta-feira, a matéria-prima registou amplas quedas, tendo o barril de crude chegado a tocar em níveis na casa dos $101, como resultado dos receios de que as subidas das taxas de juro possam provocar uma recessão na economia mundial. Segundo alguns analistas, os crescentes receios de recessão aparentam estar a provocar um corte pesado dos posicionamentos especulativos de longo prazo nos contratos de mercadorias. A OPEP reúne-se a 30 de junho e espera-se que se cinjam a um plano anterior para acelerar ligeiramente os aumentos na produção de petróleo em julho e agosto, em vez de fornecerem mais petróleo.
A nível técnico, o crude não conseguiu quebrar de forma significativa o nível dos $120 em alta, acabando por corrigir em baixa, quebrando o suporte dos $110 e chegando a aproximar-se dos $100. Contudo, este último nível dos $100 tem provado ser robusto, pelo que se espera que a matéria-prima permaneça acima deste no curto prazo.
| Ouro fechou semana no "vermelho"
O ouro acabou por estabilizar na passada sexta-feira, mas ainda assim encerrou a semana com um saldo negativo, penalizado pelas perspetivas de subidas de taxas de juro, que tornam ativos sem "dividendos" como o ouro menos atrativos. Para além disto, o dólar também registou ganhos face a um conjunto de moedas, o que acabou por penalizar o metal precioso.
O ouro apresenta uma perspetiva relativamente neutra para o curto-prazo, estando a lateralizar acima dos $1800 e estando tudo a apontar para que assim continue nas próximas semanas.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.