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IMF – Discurso de Powell abriu portas a cortes em setembro

Inflação do Canadá em mínimos de 40 meses; Discurso de Powell abriu portas a cortes em setembro; Petróleo renovou mínimos de fevereiro; Ouro renovou máximos históricos

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| Inflação do Canadá em mínimos de 40 meses

A inflação homóloga do Canadá arrefeceu para um mínimo de 40 meses de 2.5% em julho, após 2.7% em junho. A desaceleração da inflação foi principalmente impulsionada por preços mais baixos no setor das viagens (-2.8% y/y após +7.4% y/y em junho), dos veículos de passageiros e da eletricidade. As duas medidas do Banco do Canadá que medem a inflação subjacente abrandaram para o ritmo mais lento desde abril de 2021. Em concreto, o CPI-mediano desacelerou de 2.6% em junho para 2.4%, enquanto o CPI-trim abrandou de 2.8% para 2.7%. A inflação homóloga dos bens permaneceu em 0.3%, enquanto a inflação dos serviços abrandou de 4.8% para 4.4%. O mercado atribui uma probabilidade de 95% a um corte de, no mínimo, 25 pontos base para a reunião de setembro.

Após ter, por momentos, renovado máximos de março de 2021 nos C$1.5227 no início do mês, o Eur/Cad corrigiu, mas na última semana o câmbio deu continuidade aos ganhos que vinha a apresentar, mantendo-se próximo da linha de tendência ascendente (vermelho), que acompanha já desde junho de 2024. O par parece ter como resistência de curto prazo o nível dos C$1.5160. Desde meados de junho que o Eur/Cad permanece bastante afastado da sua média móvel de 200 dias, que se situa agora pelos C$1.4740. O indicador MACD inverteu recentemente o sinal de compra que apresentava.


| Discurso de Powell abriu portas a cortes em setembro

Em Jackson Hole, Jerome Powell afirmou que "chegou a altura de ajustar a política [monetária]", dado que os riscos de subida da inflação diminuíram e os riscos de queda para o emprego aumentaram. Powell comentou que "a direção a seguir é clara", mas que o momento e o ritmo dos cortes nas taxas dependerão dos dados ainda a divulgar, da evolução das perspetivas económicas e do equilíbrio dos riscos supramencionados. O presidente da FED adicionou que a confiança de que a inflação está a seguir uma trajetória sustentável até à meta de 2% aumentou. No que toca ao mercado laboral, Powell deixou claro que a FED não acolhe de bom grado um maior arrefecimento do emprego, e que farão o possível para apoiar um mercado de trabalho forte, à medida que se atinge a estabilidade de preços. Na sua opinião, com uma redução adequada das taxas de juro, há boas razões para pensar que a economia voltará a ter a inflação a 2% e manter o mercado de trabalho forte. O dólar perdeu ainda mais terreno, levando o Eur/Usd a renovar máximos de julho de 2023 acima dos $1.1190, enquanto o mercado dá como certo um corte de 25 pb e atribui uma probabilidade de 35% a que o mesmo seja de 50 pb na reunião de setembro.

O Eur/Usd iniciou a última semana a dar continuidade aos ganhos que vem a acumular desde o início de agosto. Deste modo, o par começou a valorizar até perto dos $1.1170, para posteriormente apresentar uma correção ligeira, mas permanecer acima dos $1.1100. Na última sessão, após o discurso de Jerome Powell, o Eur/Usd renovou máximos de julho de 2023 acima dos $1.1190. O par permanece bastante acima da média móvel a 200 dias, que se situa pelos $1.0847 e o respetivo indicador MACD abriu ainda mais o seu sinal de compra.


| Petróleo renovou mínimos de fevereiro

O preço do petróleo iniciou a semana a prolongar a queda que vinha a apresentar. Mesmo com as preocupações sobre a oferta no Médio Oriente latentes, os dados económicos da China pesaram sobre a procura pela matéria-prima e as revisões em baixa dos dados do emprego dos EUA criaram receios de um abrandamento económico. No final da semana o petróleo beneficiou do discurso de Jerome Powell, que levou a um aumento das expectativas sobre os cortes de taxas da FED em setembro.

O petróleo iniciou a semana passada a dar continuidade às perdas que advinham da semana anterior, ao ponto de na quarta-feira, a matéria-prima ter renovado mínimos de fevereiro de 2024 perto dos $71.50/barril. Nas sessões seguintes, o petróleo recuperou terreno, transacionando novamente em torno dos $74/barril.


| Ouro renovou máximos históricos

O ouro iniciou a semana a renovar máximos históricos, a beneficiar de um enfraquecimento do dólar e de expectativas de que a FED irá cortar taxas em setembro, corrigindo depois ligeiramente. Na sexta-feira, essas perdas foram anuladas pelo efeito do discurso de Jerome Powell, que levou a um enfraquecimento do dólar e aumento das expectativas de cortes de taxas da FED.

O ouro iniciou a semana a voltar a renovar máximos históricos nos $2 531/onça, tendo posteriormente perdido algum terreno até transacionar novamente abaixo dos $2 500/onça. Na última sessão da semana, o ouro ressaltou até meados dos $2 500. Espera-se que o nível dos $2 470 sirva como suporte de curto prazo.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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