Notícia
IMF – BoE, Fed e BCE subiram taxas em 50 pontos base
Libra recuou após BoE subir taxas em 50 pb; Fed e BCE subiram taxas em 50 pb; Eur/Usd renovou máximos de ciclo; Petróleo ressaltou no suporte dos $70; Ouro em semana volátil
19 de Dezembro de 2022 às 13:00
| Libra recuou após BoE subir taxas em 50 pb
Na semana passada, o Banco de Inglaterra (BoE) decidiu subir as suas taxas de referência em 50 pontos base, o que não impediu um recuo generalizado da libra face às restantes moedas, nomeadamente em relação ao euro. O BoE subiu a sua taxa de juro de referência em 50 pontos base, para 3,5% – a mais alta desde 2008 e indicou que, apesar de uma recessão ser iminente, é provável que venham a ser realizados mais subidas para combater a inflação elevada, que em outubro atingiu máximos de 41 anos. Adicionalmente, assinalou que se as pressões inflacionistas persistirem, terá de responder "em força", mas o mercado parece mais convencido de que o aperto estará perto do fim. O BoE atualizou em alta as previsões para o PIB, para uma queda de 0,1% y/y neste trimestre, 0,2 pontos percentuais acima das estimativas anteriores. Para além disso, foi divulgado que a taxa de inflação homóloga no Reino Unido caiu para 10,7% em novembro, de 11,1% em outubro, tendo ficado abaixo das estimativas dos analistas (10,9%), e que a sua taxa de desemprego aumentou pelo segundo mês consecutivo de 3,6% para 3,7%. O mercado não ficou tão convencido que o Banco Central vá subir muito mais as taxas de juro, considerando que o estado da economia poderá não o permitir.
Em termos técnicos, podemos observar que, nos últimos tempos, o par tem se apresentado estável, tendo apresentado uma consolidação no nível dos £0,857. Na semana passada, a libra desvalorizou, levando o par a quebrar em alta a resistência nas £0,87. Espera-se que o par utilize esse nível como suporte, podendo iniciar uma tendência altista para o câmbio.
| Fed e BCE subiram taxas em 50 pb; Eur/Usd renova máximos de ciclo
A agenda da semana passada esteve preenchida de acontecimento relevantes para o Eur/Usd, levando a que o mesmo renovasse máximos de ciclo. Em primeiro lugar, a Fed subiu as suas taxas de referência, para o intervalo entre 4,25% e 4,5%, representando um abrandamento do ritmo de subida. No entanto, o presidente da instituição, Jerome Powell, apresentou uma postura restritiva, indicando que tais taxas deverão continuar a subir em 2023, para níveis acima de 5%, não vistos desde 2007. Em segundo lugar, na Zona Euro, o BCE também abrandou o ritmo de subida de taxas de juro, ao elevar todas as suas taxas de referência em 50 pontos base. Contudo, é de destacar que a presidente da instituição, Christine Lagarde, também teve um discurso agressivo e salientou que o "aperto" da política monetária continuará de forma significativa e por algum tempo, tendo o BCE revisto em alta as projeções para a inflação. Portanto, o BCE prevê que a inflação média termine o ano em 8,4%, antes de recuar para 6,3% em 2023. Por fim, é de realçar que foi divulgado que a inflação dos EUA desacelerou em novembro, tendo se fixado nos 7,1% y/y e nos 0,1% m/m, abaixo do esperado.
A nível técnico, ao longo das últimas semanas, o Eur/Usd continuou a apresentar uma subida sustentada, ao beneficiar de algumas fraquezas do dólar a nível geral, ao ponto de ter renovado os seus máximos de meados de junho nos $1,0735. Assim, espera-se que, apesar de estar agora a corrigir, o par possa continuar a valorizar, aproximando-se da resistência no nível dos $1,08.
| Petróleo ressaltou no suporte dos $70
Na última semana, os preços do petróleo apresentaram um ressalto seguido de uma queda ligeira, levando a uma variação semanal positiva. É de salientar que o impulso inicial foi apoiado pela notícia de um potencial aperto na oferta após a empresa canadiana TC Energy ter cortado a produção da sua linha Keystone. Pelo outro lado, a Agência Internacional de Energia indicou que espera observar uma recuperação da procura chinesa por petróleo em 2023, face à contração observada em 2022.
A nível técnico, após o crude ter renovado mínimos nos $70,08/barril, o "ouro negro" utilizou o suporte dos $70 para realizar um ressalto no início da semana passada. Assim, espera-se que o petróleo continue com a tendência bearish que tem apresentado nos últimos meses, levando a que eventualmente o crude consiga quebrar em baixa o suporte dos $70.
| Ouro em semana volátil
O preço do ouro apresentou-se volátil, tendo valorizado com as expectativas de um abrandamento do ritmo de crescimento da subida das suas taxas de juro por parte da Fed, após os dados da inflação de novembro dos EUA se terem apresentado inferiores ao esperado. No entanto, após ter subido as taxas de juro em 50 pb, as declarações "restritivas" de Jerome Powell, ao ter indicado serem necessários mais incrementos ao longo das próximas reuniões para combater a inflação, levaram a que o metal precioso entrasse em queda.
Assim, o ouro quebrou em alta a resistência dos $1,800 por onça, para posteriormente corrigir em baixa, situando-se no final da semana abaixo de tal patamar. Espera-se que o metal precioso volte a valorizar ao ponto de realizar o terceiro dos últimos dias teste à resistência supramencionada.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
Na semana passada, o Banco de Inglaterra (BoE) decidiu subir as suas taxas de referência em 50 pontos base, o que não impediu um recuo generalizado da libra face às restantes moedas, nomeadamente em relação ao euro. O BoE subiu a sua taxa de juro de referência em 50 pontos base, para 3,5% – a mais alta desde 2008 e indicou que, apesar de uma recessão ser iminente, é provável que venham a ser realizados mais subidas para combater a inflação elevada, que em outubro atingiu máximos de 41 anos. Adicionalmente, assinalou que se as pressões inflacionistas persistirem, terá de responder "em força", mas o mercado parece mais convencido de que o aperto estará perto do fim. O BoE atualizou em alta as previsões para o PIB, para uma queda de 0,1% y/y neste trimestre, 0,2 pontos percentuais acima das estimativas anteriores. Para além disso, foi divulgado que a taxa de inflação homóloga no Reino Unido caiu para 10,7% em novembro, de 11,1% em outubro, tendo ficado abaixo das estimativas dos analistas (10,9%), e que a sua taxa de desemprego aumentou pelo segundo mês consecutivo de 3,6% para 3,7%. O mercado não ficou tão convencido que o Banco Central vá subir muito mais as taxas de juro, considerando que o estado da economia poderá não o permitir.
| Fed e BCE subiram taxas em 50 pb; Eur/Usd renova máximos de ciclo
A agenda da semana passada esteve preenchida de acontecimento relevantes para o Eur/Usd, levando a que o mesmo renovasse máximos de ciclo. Em primeiro lugar, a Fed subiu as suas taxas de referência, para o intervalo entre 4,25% e 4,5%, representando um abrandamento do ritmo de subida. No entanto, o presidente da instituição, Jerome Powell, apresentou uma postura restritiva, indicando que tais taxas deverão continuar a subir em 2023, para níveis acima de 5%, não vistos desde 2007. Em segundo lugar, na Zona Euro, o BCE também abrandou o ritmo de subida de taxas de juro, ao elevar todas as suas taxas de referência em 50 pontos base. Contudo, é de destacar que a presidente da instituição, Christine Lagarde, também teve um discurso agressivo e salientou que o "aperto" da política monetária continuará de forma significativa e por algum tempo, tendo o BCE revisto em alta as projeções para a inflação. Portanto, o BCE prevê que a inflação média termine o ano em 8,4%, antes de recuar para 6,3% em 2023. Por fim, é de realçar que foi divulgado que a inflação dos EUA desacelerou em novembro, tendo se fixado nos 7,1% y/y e nos 0,1% m/m, abaixo do esperado.
A nível técnico, ao longo das últimas semanas, o Eur/Usd continuou a apresentar uma subida sustentada, ao beneficiar de algumas fraquezas do dólar a nível geral, ao ponto de ter renovado os seus máximos de meados de junho nos $1,0735. Assim, espera-se que, apesar de estar agora a corrigir, o par possa continuar a valorizar, aproximando-se da resistência no nível dos $1,08.
| Petróleo ressaltou no suporte dos $70
Na última semana, os preços do petróleo apresentaram um ressalto seguido de uma queda ligeira, levando a uma variação semanal positiva. É de salientar que o impulso inicial foi apoiado pela notícia de um potencial aperto na oferta após a empresa canadiana TC Energy ter cortado a produção da sua linha Keystone. Pelo outro lado, a Agência Internacional de Energia indicou que espera observar uma recuperação da procura chinesa por petróleo em 2023, face à contração observada em 2022.
A nível técnico, após o crude ter renovado mínimos nos $70,08/barril, o "ouro negro" utilizou o suporte dos $70 para realizar um ressalto no início da semana passada. Assim, espera-se que o petróleo continue com a tendência bearish que tem apresentado nos últimos meses, levando a que eventualmente o crude consiga quebrar em baixa o suporte dos $70.
| Ouro em semana volátil
O preço do ouro apresentou-se volátil, tendo valorizado com as expectativas de um abrandamento do ritmo de crescimento da subida das suas taxas de juro por parte da Fed, após os dados da inflação de novembro dos EUA se terem apresentado inferiores ao esperado. No entanto, após ter subido as taxas de juro em 50 pb, as declarações "restritivas" de Jerome Powell, ao ter indicado serem necessários mais incrementos ao longo das próximas reuniões para combater a inflação, levaram a que o metal precioso entrasse em queda.
Assim, o ouro quebrou em alta a resistência dos $1,800 por onça, para posteriormente corrigir em baixa, situando-se no final da semana abaixo de tal patamar. Espera-se que o metal precioso volte a valorizar ao ponto de realizar o terceiro dos últimos dias teste à resistência supramencionada.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.