Notícia
IMF – Banco do Japão debateu mais subidas de taxas
Minutas: Banco do Japão debateu mais subidas de taxas em julho; FED: Goolsbee desvalorizou receios de recessão; Petróleo renovou mínimos de fevereiro; Ouro com suporte nos $2 380
| Minutas: Banco do Japão debateu mais subidas de taxas em julho
Nas minutas da reunião de julho do Banco do Japão (BoJ), os membros da instituição não só decidiram uma subida histórica das taxas de juro como discutiram a possibilidade de mais subidas na reunião do próximo mês. Sabe-se agora que 2 dos 9 membros foram contra a subida de juros, mas também que um dos membros comentou que o BoJ deveria subir as taxas para cerca de 1% ou mais. Os 9 membros debateram o risco de a subida dos custos das importações e de o aumento constante dos salários poderem levar a uma subida da inflação para níveis acima dos previstos, sublinhando assim a perceção crescente de que poderão ser necessárias mais subidas das taxas. Note-se que, na reunião de julho, alguns membros advertiram contra uma subida precoce das taxas, afirmando que a normalização da política não deve ser um fim em si mesma, com os dados a mostrarem sinais fracos no consumo. A subida dos juros foi um dos motivos para a queda histórica da bolsa nipónica na segunda-feira passada e o BoJ já deu a entender que não irá voltar a subir os juros se os mercados estiverem agitados, numa tentativa de os acalmar.
| FED: Goolsbee desvaloriza receios de recessão
Austan Goolsbee, membro da Reserva Federal dos EUA (FED), comentou que a economia dos EUA não parece estar em recessão, apesar de os dados sobre o emprego serem mais fracos do que o previsto, mas que a FED deverá acompanhar cuidadosamente as mudanças no panorama para evitar taxas de juro excessivamente restritivas. Na sua opinião, o nível atual de restrição só se deve manter caso haja receios de um sobreaquecimento da economia, algo que é contrariado pelos recentes dados de emprego dos EUA. Goolsbee indicou que se os movimentos do mercado apontarem, a longo prazo, para uma desaceleração do crescimento, a instituição deverá reagir. Posteriormente, Austan Goolsbee, tal como outros membros da instituição, no caso em concreto Thomas Barkine e Jeff Schmid, expressou uma maior confiança na queda da inflação dos EUA, sinalizando cortes de taxas por parte da FED. Susan Collins ainda reiterou que a FED poderá "em breve" começar a cortar as suas taxas de juro se a inflação continuar a recuar e o mercado de trabalho permanecer forte.
No início da última semana, o Eur/Usd deu continuidade à valorização registada na sexta-feira anterior, ao ponto de renovar, por momentos, máximos de 2 de janeiro de 2024 ligeiramente acima dos $1.10. Posteriormente, o par permaneceu a consolidar ligeiramente acima dos $1.09, nível que agora se poderá considerar como um suporte para o par. O Eur/Usd transaciona agora acima da média móvel a 200 dias, que permanece pelos $1.0830.
| Petróleo renovou mínimos de fevereiro
O preço do petróleo iniciou a semana com perdas, numa onda de aversão ao risco, tendo posteriormente recuperado, enquanto dados do emprego dos EUA a meio da semana aliviaram as preocupações sobre o mercado laboral e receios sobre o crescimento dos conflitos no Médio Oriente continuaram a aumentar os riscos para a oferta.
O petróleo iniciou a semana passada a prolongar as perdas acumuladas na semana anterior, ao ponto de quebrar em baixa o suporte dos $72.5/barril e renovar mínimos de fevereiro de 2024 abaixo dos $72/barril. Durante o remanescente da semana, a matéria-prima recuperou até voltar a transacionar novamente perto dos $77/barril.
| Ouro com suporte nos $2 380
O ouro começou a semana em queda, com investidores a serem obrigados a liquidar as suas posições para fazer às perdas no mercado acionista. Posteriormente, o ouro estabilizou e ganhou terreno devido a uma subida nas expectativas do mercado de que a FED irá cortar taxas de juro em setembro.
Portanto, o ouro teve um início de semana volátil, tendo na segunda-feira primeiro aproximando-se dos $2 460/onça, mas depois, em baixa, dos $2 365/onça, onde renovou mínimos de mais de uma semana. Posteriormente, o metal precioso estabilizou e encontrou suporte nos $2 380/onça, que utilizou para ressaltar e terminar a semana acima dos $2 400/onça.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.