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Trocar tempo para poupar dinheiro

É um banco. Recebe depósitos. Mas não tem dinheiro. No Banco do Tempo, a moeda de troca é o próprio tempo. Sabe falar fluentemente inglês, mas de bainhas não percebe nada e tem de recorrer a uma costureira e gastar dinheiro? Porque não pagar com o seu tempo?

22 de Junho de 2009 às 08:00
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É um banco. Recebe depósitos. Mas não tem dinheiro. No Banco do Tempo, a moeda de troca é o próprio tempo. Sabe falar fluentemente inglês, mas de bainhas não percebe nada e tem de recorrer a uma costureira e gastar dinheiro? Porque não pagar com o seu tempo?

Pode abrir uma conta pessoal e depositar, por exemplo, quatro horas anuais, indicando os serviços que pode facultar (explicações de inglês, por exemplo) e aqueles que gostaria de receber (costura?).

"Há uma troca de serviços contabilizada em termos de unidades de tempo equivalente", descreve Rogério Roque Amaro.

O Banco do Tempo é uma iniciativa do Graal, movimento transnacional de mulheres cristãs, e arrancou no País em 2002.

Neste momento, 1.600 portugueses já depositaram o seu tempo nesta instituição, que conta com 25 balcões, muitos deles geridos por IPSS e outras instituições. Os clientes são, na sua maioria, mulheres, com idades variadas.

"Há uma procura crescente. Os contactos de pessoas e organizações que pretendem abrir novas agências têm-se multiplicado", diz Eliana Madeira, responsável do Banco do Tempo.

Os serviços mais procurados e oferecidos são: explicações de informática e línguas, aulas de dança, companhia para ver espectáculos e cinema e caminhar, arranjos de costura, limpezas domésticas e pequenos arranjos domésticos.
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