Notícia
Provocar o futuro
A sustentabilidade financeira é essencial para garantir o futuro empresarial. E os maiores desafios do desenvolvimento sustentável são hoje grandes questões, como as alterações climáticas e a exclusão social.
23 de Setembro de 2010 às 14:06
São estas as apostas que as empresas portuguesas têm de ganhar, se quiserem seguir com sucesso a agenda que se impõe à construção de um futuro sustentável, nos próximos quarenta anos.
Pouco optimista, o debate entre especialistas foi ainda assim "positivo e provocador" "Visão de um futuro sustentável" foi o mote de mais um Encontro anual do BCSD Portugal, nesta 10ª edição realizado a 16 de Setembro, no âmbito do Green Festival.
Alinhada com a estratégia do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), a representante portuguesa reuniu, no auditório do Centro de Congressos do Estoril um conjunto de especialistas internacionais e nacionais em áreas temáticas inerentes ao desenvolvimento sustentável empresarial e gestores de topo de empresas membro do BCSD Portugal, como a Brisa, a EDP, a Portucel, a Sonae e a Unicer.
Segundo a organização do evento, o BCSD Portugal concentrou neste Encontro "os mais relevantes esforços de integração do tecido económico nacional para o debate, discussão e reflexão” da actualidade da agenda mundial na área do desenvolvimento sustentável, a partir das oportunidades e desafios para um futuro sustentável, em linha com o novo relatório do WBCSD: "Visão 2050 – a nova agenda para as empresas". Em debate estiveram as grandes questões nacionais para um futuro assim perspectivado.
Acordo climático só com cedências da China e EUA
Perante um auditório composto, o painel da manhã foi "assistido" pelo próprio presidente do BCSD Portugal, que assegurou a Abertura do evento, ao lado da ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, Dulce Pássaro. Recordando os 130 membros que integram este Conselho, José Honório admitiu que seria óptimo incrementar a visibilidade do BCSD, mas que a organização "não tem podido andar mais rápido".
Honório reagia assim ao repto deixado pelo director-geral da Cotec, Daniel Bessa, que sugeriu o alargamento do âmbito de actuação do BCSD às questões da RS, nomeadamente à corporate governance, às questões da ética e à inovação. Momentos antes, a ministra reconhecia as fracas expectativas que se colocam quanto a um progresso efectivo na próxima Cimeira do Clima, agendada para Dezembro em Cáncun, no México. Mas deixava no ar a esperança de se atingir, já em 2011, um acordo global para as alterações climáticas, já que "China e Estados Unidos estão a preparar-se" nesse sentido. Para que isso aconteça "terão de haver cedências, e ambos os países (o) sabem", alertou.
Franco Caruso moderou o painel que reuniu Daniel Bessa, António Saraiva, da CIP, João Pedro Tavares, da Accenture, João Ferreira do Amaral, da AIFF e João Félix Ribeiro. Em declarações ao VER, o responsável da Brisa sublinhou a "compreensão comum" dos participantes no painel "Desafios Nacionais para um Futuro Sustentável" sobre o "papel central na liderança da sustentabilidade em Portugal" que as empresas têm: quer porque se estão a alinhar "de forma muito consistente" para responder a desafios tão diferentes como as alterações climáticas, a eficiência energética ou o combate à exclusão, quer ainda porque "procuram uma integração progressiva das suas estratégias com as das respectivas partes interessadas".
Na sua opinião, outro aspecto relevante do debate foi "a afirmação de que a sustentabilidade financeira é essencial para a construção de um futuro sustentável". Menos desenvolvido, mas também "muito importante" foi o tema do papel do Estado, que "muitos quiseram ver como regulador e não tanto como impulsionador", concluiu, salientando ainda que "o debate foi estimulante, provocador e positivo, apesar de não ter sido optimista".
http://www.ver.pt/conteudos/verArtigo.aspx?id=1025&a=Sustentabilidade
Pouco optimista, o debate entre especialistas foi ainda assim "positivo e provocador" "Visão de um futuro sustentável" foi o mote de mais um Encontro anual do BCSD Portugal, nesta 10ª edição realizado a 16 de Setembro, no âmbito do Green Festival.
Segundo a organização do evento, o BCSD Portugal concentrou neste Encontro "os mais relevantes esforços de integração do tecido económico nacional para o debate, discussão e reflexão” da actualidade da agenda mundial na área do desenvolvimento sustentável, a partir das oportunidades e desafios para um futuro sustentável, em linha com o novo relatório do WBCSD: "Visão 2050 – a nova agenda para as empresas". Em debate estiveram as grandes questões nacionais para um futuro assim perspectivado.
Acordo climático só com cedências da China e EUA
Perante um auditório composto, o painel da manhã foi "assistido" pelo próprio presidente do BCSD Portugal, que assegurou a Abertura do evento, ao lado da ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, Dulce Pássaro. Recordando os 130 membros que integram este Conselho, José Honório admitiu que seria óptimo incrementar a visibilidade do BCSD, mas que a organização "não tem podido andar mais rápido".
Honório reagia assim ao repto deixado pelo director-geral da Cotec, Daniel Bessa, que sugeriu o alargamento do âmbito de actuação do BCSD às questões da RS, nomeadamente à corporate governance, às questões da ética e à inovação. Momentos antes, a ministra reconhecia as fracas expectativas que se colocam quanto a um progresso efectivo na próxima Cimeira do Clima, agendada para Dezembro em Cáncun, no México. Mas deixava no ar a esperança de se atingir, já em 2011, um acordo global para as alterações climáticas, já que "China e Estados Unidos estão a preparar-se" nesse sentido. Para que isso aconteça "terão de haver cedências, e ambos os países (o) sabem", alertou.
Franco Caruso moderou o painel que reuniu Daniel Bessa, António Saraiva, da CIP, João Pedro Tavares, da Accenture, João Ferreira do Amaral, da AIFF e João Félix Ribeiro. Em declarações ao VER, o responsável da Brisa sublinhou a "compreensão comum" dos participantes no painel "Desafios Nacionais para um Futuro Sustentável" sobre o "papel central na liderança da sustentabilidade em Portugal" que as empresas têm: quer porque se estão a alinhar "de forma muito consistente" para responder a desafios tão diferentes como as alterações climáticas, a eficiência energética ou o combate à exclusão, quer ainda porque "procuram uma integração progressiva das suas estratégias com as das respectivas partes interessadas".
Na sua opinião, outro aspecto relevante do debate foi "a afirmação de que a sustentabilidade financeira é essencial para a construção de um futuro sustentável". Menos desenvolvido, mas também "muito importante" foi o tema do papel do Estado, que "muitos quiseram ver como regulador e não tanto como impulsionador", concluiu, salientando ainda que "o debate foi estimulante, provocador e positivo, apesar de não ter sido optimista".
http://www.ver.pt/conteudos/verArtigo.aspx?id=1025&a=Sustentabilidade