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O risco de não ousar arriscar

Independência patronal e realização pessoal são os factores mais aliciantes para a criação de negócios próprios, segundo o Relatório Mundial de Empreendedorismo 2013 que, nesta 4ª edição, põe em relevo o potencial desta área no actual contexto global, avaliando os principais obstáculos à criação de auto-emprego. Portugal segue a tendência dos mais de vinte países analisados em todo o mundo e, apesar de ter motivação e desejo para empreender, arrisca muito pouco, por receio de falhar

07 de Março de 2014 às 15:01
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A maioria dos portugueses mostra uma atitude positiva para empreender, mas 83% não arrisca, porque tem medo de falhar. Esta é uma das principais conclusões, a nível nacional, do Relatório Mundial de Empreendedorismo 2013, conduzido pela Amway Europa. Em declarações ao VER, Monica Milone comenta os resultados em Portugal deste estudo que foca as principais tendências mundiais na área do empreendedorismo. A General Manager da Amway Portugal e Espanha sublinha que nesta edição se pretendeu, essencialmente, “perceber o potencial do empreendedorismo a nível global”, bem como “os receios das pessoas em criar o seu próprio emprego”.


Desenvolvido pela responsável por um dos maiores negócios de venda directa a nível mundial, em cooperação com o Instituto de Estratégia, Tecnologia e Organização, da Universidade de Munique, o Amway Global Entrepreneurship Report teve por base um estudo de mercado realizado no segundo trimestre de 2013 pelo instituto GfK Research, de Nuremberga, o qual inquiriu cerca de 26 mil pessoas, em 24 países, incluindo pela primeira vez alguns países emergentes e potências fora da comunidade europeia, como a Austrália, o Japão, a Colômbia, o México e os EUA.


Na sua 4ª edição consecutiva (e segunda em que Portugal participa), o relatório centra-se, em 2013, na temática “Encouraging Entrepreneurs – Eliminating the Fear of Failure”. O objectivo é motivar os empreendedores a ultrapassarem o seu receio de falhar, o qual tem sido um dos maiores obstáculos a que invistam no seu próprio negócio, de acordo com os resultados das edições anteriores deste estudo anual.


Os resultados globais do relatório divulgado recentemente comprovam que este receio se mantém, com mais de 2/3 dos inquiridos a assumir efectivamente o medo de falhar como a principal condicionante para iniciar o seu próprio negócio. E porquê? Principalmente devido aos encargos financeiros inerentes e à ameaça da crise económica.


Jovens qualificados com mais potencial para empreender
Em termos nacionais, os portugueses que participaram no estudo revelaram uma atitude bastante positiva perante a criação do próprio emprego, com 61% de respostas positivas - resultado ainda assim inferior à média dos países analisados (70%). Comparativamente ao ano passado, esta atitude diminuiu 6%, tal como em Espanha e Itália, o que poderá justificar-se com o impacto da crise económica.


Na opinião de Monica Milone, estes resultados são assertivos, porquanto “a criação do próprio negócio frui de uma reputação muito positiva em todos os 24 países participantes do estudo, principalmente junto dos novos países emergentes e potências fora da comunidade europeia”.


Analisando os resultados dos diferentes grupos demográficos, é de notar uma atitude mais positiva entre os entrevistados com menos de 30 anos de idade (75%) e aqueles que têm formação académica (81%). Já os inquiridos com mais de 60 anos de idade manifestam, em 47% dos casos, uma atitude menos positiva perante o empreendedorismo.


Quanto aos resultados por região, a zona centro de Portugal e o Algarve são as que encaram o empreendedorismo de forma menos positiva, com apenas 50% e 37% dos inquiridos a considerá-lo positivamente, respectivamente. A região de Lisboa e o Litoral Norte são as que apresentam uma atitude mais positiva para querer empreender.


De uma forma geral os portugueses revelam um fraco potencial empreendedor, considerando os 39% de respostas negativas a esta questão. Apenas 32% dos inquiridos imagina iniciar o seu próprio negócio, o que representa um decréscimo de 8%, face aos resultados do relatório de 2012. Contudo, os jovens entrevistados com idade inferior a 30 anos garantem que se imaginam a criar o seu próprio negócio, em 45% por casos (mais 8% que em 2012), assim como os que têm um grau académico superior (47%).


Independência patronal é a maior motivação
O factor mais cativante para os portugueses iniciarem um negócio é a "independência de uma entidade patronal e ser o seu próprio chefe", resposta que obteve feedback de 44% dos participantes no estudo, a nível nacional (e 43%, a nível global). Os jovens adultos com menos de 30 anos de idade são um dos grupos que mais partilha desta opinião, com 51% das respostas, a que se juntam 40% do total de licenciados.

 

 

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