Notícia
Retirar o cadeado ao mercado africano com as "windows" certas
Com 18 anos, a empresa de Braga vive um período de inequívoco crescimento em África. Desde 2006, passou de uma facturação de 820 mil euros para quatro milhões de euros
29 de Novembro de 2011 às 09:29
José Dionísio | A estratégia de crescimento passa por acompanhar os clientes noutros mercados e estabelecer novas parcerias.
A janela de mercado abriu-se para a Primavera Software em 1993, com o aparecimento do sistema operativo Windows. Nunca mais se fechou, e José Dionísio lidera hoje um grupo presente em mais de 20 mercados, com um crescimento anual sustentado, que em 2010 valeu mais de 14 milhões de euros em vendas, quase mais 20% do que no ano anterior.
Mas deixemos Dionísio contar com as próprias palavras uma história de sucesso. A sua: "Tivémos um crescimento sustentável. Nascemos de uma oportunidade que a tecnologia trouxe, através do aparecimento do Windows. Encontrámos aí uma oportunidade para desenvolver soluções de gestão para empresas. Nascemos como uma empresa de garagem e hoje temos 40 mil clientes. Somos líderes de mercado em Portugal e estamos em 20 países", resume.
Crescer 387% em quatro anos
Entretanto, apareceram as sósias internacionais em Espanha, Angola e Moçambique. O motivo é tão lógico, como económico: "Uma coisa é trabalhar daqui para lá, e outra é estar lá e desenvolver um projecto com os locais". Viremos o "browser" para África e José Dionísio, que dá emprego a 225 pessoas, sorri: "Quer Angola, quer Moçambique são dois mercados muito apetecíveis".
Não é só uma afirmação abstracta, vamos testá-la à frieza dos números: "Desde 2006, o volume de negócios cresceu de 820 mil euros para quatro milhões de euros". São também líderes de mercado em ambos os países. A entrada em África começou, outra vez, com o Windows a permitir uma navegação à vista naqueles mercados. "Entrámos no mercado africano em 1997, e nessa altura foram eles que vieram ter connosco, muito a propósito da entrada do Windows. As empresas procuraram soluções que dessem resposta a essa nova realidade. Começámos em Cabo Verde, Angola e depois Moçambique", relembrou.
A confiança é evidente e pensa-se já nos próximos passos, o primeiro é viajar à boleia. "Queremos ganhar clientes na África Austral, acompanhar os nossos clientes noutros países e promover novas parcerias", afiançou. A estratégia de expansão internacional tem três pilares, e Dionísio avança-a: primeiro, encontrar um parceiro local que tenha uma estratégia credível no produto e no mercado, e garanta ainda recursos humanos de qualidade; depois, possuir o controlo da operação a vários níveis; e por fim, deter o apuramento da rentabilidade do negócio (controlo sobre as contas).
O gestor deixa ainda conselhos sobre a necessidade de diferenciação a dois níveis: "Adequar as soluções à realidade fiscal e cambial e ter recursos humanos especializados ."
19
A Primavera cresceu 19% no ano passado. Em 2009, a facturação foi de 11,9 mihões, e no ano seguinte 14,2 milhões de euros.
50
A Primavera conseguiu uma evolução consistente em África e cresceu 50% no ano passado em Moçambique.
31
A venda de novas licenças subiu 31% e a empresa de gestão de software possui uma taxa de renovação de contratos de 90%.
A janela de mercado abriu-se para a Primavera Software em 1993, com o aparecimento do sistema operativo Windows. Nunca mais se fechou, e José Dionísio lidera hoje um grupo presente em mais de 20 mercados, com um crescimento anual sustentado, que em 2010 valeu mais de 14 milhões de euros em vendas, quase mais 20% do que no ano anterior.
Crescer 387% em quatro anos
Entretanto, apareceram as sósias internacionais em Espanha, Angola e Moçambique. O motivo é tão lógico, como económico: "Uma coisa é trabalhar daqui para lá, e outra é estar lá e desenvolver um projecto com os locais". Viremos o "browser" para África e José Dionísio, que dá emprego a 225 pessoas, sorri: "Quer Angola, quer Moçambique são dois mercados muito apetecíveis".
Não é só uma afirmação abstracta, vamos testá-la à frieza dos números: "Desde 2006, o volume de negócios cresceu de 820 mil euros para quatro milhões de euros". São também líderes de mercado em ambos os países. A entrada em África começou, outra vez, com o Windows a permitir uma navegação à vista naqueles mercados. "Entrámos no mercado africano em 1997, e nessa altura foram eles que vieram ter connosco, muito a propósito da entrada do Windows. As empresas procuraram soluções que dessem resposta a essa nova realidade. Começámos em Cabo Verde, Angola e depois Moçambique", relembrou.
A confiança é evidente e pensa-se já nos próximos passos, o primeiro é viajar à boleia. "Queremos ganhar clientes na África Austral, acompanhar os nossos clientes noutros países e promover novas parcerias", afiançou. A estratégia de expansão internacional tem três pilares, e Dionísio avança-a: primeiro, encontrar um parceiro local que tenha uma estratégia credível no produto e no mercado, e garanta ainda recursos humanos de qualidade; depois, possuir o controlo da operação a vários níveis; e por fim, deter o apuramento da rentabilidade do negócio (controlo sobre as contas).
O gestor deixa ainda conselhos sobre a necessidade de diferenciação a dois níveis: "Adequar as soluções à realidade fiscal e cambial e ter recursos humanos especializados ."
19
A Primavera cresceu 19% no ano passado. Em 2009, a facturação foi de 11,9 mihões, e no ano seguinte 14,2 milhões de euros.
50
A Primavera conseguiu uma evolução consistente em África e cresceu 50% no ano passado em Moçambique.
31
A venda de novas licenças subiu 31% e a empresa de gestão de software possui uma taxa de renovação de contratos de 90%.