Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

"A Newvision nasceu a pensar na internacionalização"

A empresa começou em Portugal mas Espanha era a expansão "natural". Para crescer no mundo, foi preciso analisar o mercado. Agora, tem clientes no Sudão e no Gana

"A Newvision nasceu a pensar na internacionalização"
06 de Dezembro de 2011 às 15:58
  • ...
Internacionalização sistematizada | António Pedroso defende que a melhor estra tégia para o crescimento internacional de uma empresa passa por estudar, analisar e testar o mercado em causa.


Em 2000, foi fundada a Newvision, com sede em Lisboa. A empresa centrada em sistemas para soluções de atendimento ao público contava com menos de 20 colaboradores. Foi criada a pensar já em internacionalizar-se. Em 2011, a empresa tem uma presença física em Lisboa, Porto, Madrid e Bogotá, contando com 80 funcionários. Os clientes regulares estão espalhados por 14 países, onde está através de parcerias.

A Newvision tem, por isso, uma internacionalização mista. Tem uma presença directa em Portugal e, com as subsidiárias, em Espanha e na Colômbia, mas dispõe de distribuidores que cobrem os mercados nas restantes nações. Actualmente, 65% das vendas da tecnológica vão para o exterior.

Desde que foi criada, a empresa tem como objectivo virar-se para o mercado externo. Por isso, os produtos foram desenhados para a internacionalização. Desde sempre, a Newvision procurou as certificações e as acreditações de qualidade. "Quando queremos exportar, temos de investir bastante nas áreas de certificação", referiu António Pedroso, director comercial e de marketing da companhia. Mesmo que isso exija custos extra.

Para começar a olhar para fora, foi preciso, primeiro, olhar para dentro. "Para conseguir internacionalizar, tínhamos de ser líderes", refere o director comercial da Newvision. Aliás, é por isso que Pedroso considera que o facto de ser portuguesa trouxe vantagens à empresa. Quanto mais não fosse pela forte concorrência que obrigou a uma reacção diferenciadora da firma.

Virar para Espanha foi olhar para o "mercado natural". Aliás, Espanha é o mercado nativo da Newvision, segundo António Pedroso. Havia outra razão para explicar este investimento: a partir do país vizinho, a expansão para os mercados latinos ficaria mais facilitada.

A primeira fase de internacionalização da empresa começou pela Alemanha, Marrocos, Angola e Moçambique. A Newvision sentiu, depois, que não podia estar só a crescer de forma "oportunística". Como explicou António Pedroso, a internacionalização não podia ser sempre feita através dos pedidos recebidos de outros mercados nem só através de descobertas casuais.
Isso não fideliza nem os clientes nem os parceiros. A internacionalização sistemática passou a ser a opção da tecnológica, o que a levou a países como o Sudão ou o Gana. Nesta fase, já foi preciso interpretar o mercado, já foi necessária uma escolha preliminar, já foi fundamental conhecer os concorrentes. António Pedroso considera que a Newvision deu os passos certos. Em época de crise, a empresa alcançou o nível de facturação mais forte de sempre.






Cronologia

A história de uma empresa que nasceu para exportar

2000
É fundada a Newvision em Portugal, uma empresa centrada em soluções de atendimento, como a gestão de filas de espera.

2004
A Newvision começa a analisar o mercado espanhol através de consultoria local. Procura apoio jurídico e parcerias locais.

2005
Nasce a Newvision Ibéria. A empresa tem actividade em Portugal e Espanha.

2006
A Newvision passa a ter instalações próprias em Espanha. Os "correos" são os primeiros grandes clientes da empresa, o que lhe uma dá maior visibilidade. A Newvision começa a operar na América Latina.

2011
A empresa sente necessidade de reagir e separa as operações de Espanha e da América Latina. A Newvision tem, actualmente, uma presença física em Lisboa, Porto, Madrid e Bogotá (Colômbia).

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio