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Empresas apontadas à América Latina

Brasil é a porta de entrada nestes mercados para os industriais de Aveiro, que no entanto já tem debaixo de olho outras oportunidades

Empresas apontadas à América Latina
27 de Dezembro de 2011 às 15:00
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Nome: Paulo Dunões
Empresa: Kerion
Facturação: 1,2 milhões de euros
Trabalhadores: 25

Paulo Dunões e a esposa trabalhavam no sector de cerâmica há longos anos, quando a empresa em que eram funcionários foi vendida a um fundo estrangeiro. A paixão por esta arte e pela indústria levou-os a lançarem-se em nome próprio. Nasceu a Kerion: "É um projecto ambicioso, na medida em que são produtos inovadores com uma componente sustentável na produção e uma tecnologia única no mundo", garante o empresário. O primeiro passo estava dado, mas um novo desafio depressa surgiu no caminho: a internacionalização da empresa. Um processo duro, mas que a Kerion está apostada em vencer: "Tem sido muito difícil, já participámos em seis feiras internacionais e começámos agora a ter os resultados desse esforço", sublinhou o empresário. A entrada na América Latina já se concretizou, e o Brasil foi uma das portas de entrada. "Temos um bom parceiro que está colocado na gama de mercado em que nos queremos posicionar, o segmento de luxo", frisou. Na região, há também contactos desenvolvidos no mercado chileno. Esta empresa, especialista em pastilhas cerâmicas, vai fechar o ano com um volume de negócios de 1,2 milhões de euros, ainda assim "abaixo da previsão do plano de negócios". O peso das exportações é de 50% na facturação, mas Dunões quer atingir o patamar dos 80%.




Nome: Bertolino Santos
Empresa: Venecasa- Construções Lda
Facturação: 3 milhões de euros
Trabalhadores: 3 (usa a subcontratação)

O retrato do sector da construção em Portugal é por demais conhecido, e tem uma consequência: uma outra forma de emigração, que dá pelo nome de exportação. A Venecasa, construtora de Aveiro, não foge a regra, e vai no próximo ano lançar o primeiro projecto de internacionalização. O Brasil é o destino escolhido, e a empresa, neste novo desafio, tem ainda uma inovação anexada: a entrada em novas áreas de negócios (imobiliário e a comercialização de peças de caixilharia e de madeiras). "Vamos criar uma nova sociedade em Fortaleza naquela que é a nossa primeira experiência de internacionalização", afiançou o presidente da Venecasa, Bertolino Santos. O mercado brasileiro é apenas a porta de entrada na América Latina, sendo que de seguida as baterias vão ser apontadas para os negócios com a Venezuela. O empresário quer que o projecto no Brasil esteja no terreno no primeiro trimestre do próximo ano. Este passo será sinalizado com a abertura de um espaço físico. "Começaremos pela aquisição de um escritório comercial, para podermos dar início à venda de produtos nas áreas do imobiliário e da construção", precisou Bertolino Santos. O empresário confidenciou também que esta é a estratégia da construtora para ultrapassar a crise num sector que "já deu o que tinha a dar em Portugal".




Cinco milhões para construir fábrica no Brasil

A Sinuta vai construir no próximo ano uma fábrica, junto a São Paulo, para até 2015 conquistar 25% do mercado brasileiro.

O presidente do grupo, Diamantino Nunes, anunciou que após adquirir um terreno de 20 mil metros quadrados, em 2008, nos próximos seis meses irá arrancar com o projecto industrial da empresa naquele país. Na primeira fase, está previsto a edificação de 1.500 metros quadrados, que em três anos poderá crescer até aos cinco mil metros quadrados. Em velocidade cruzeiro, este projecto deverá gerar 100 postos de trabalho.

O investimento poderá chegar aos cinco milhões de euros, e tem como meta alcançar uma produção anual de 1,2 milhões de unidades. As antenas parabólicas da Sinuta através do DTH ("direct to home") permitem o acesso a canais em sinal fechado, nos locais em que não há instalação por cabo.

Nunes estima que o mercado brasileiro valha quatro milhões de antenas por ano, pelo que quer alcançar 1/4 do mercado. O gestor avançou ainda ao Negócios que o Brasil, neste mercado, está a crescer anualmente 28%. A internacionalização do projecto industrial também é motivada pela falta de capacidade da unidade nacional para abastecer um mercado com tanto potencial de crescimento. Para 2012, a empresa já conta no Brasil com uma encomenda garantida de 200 mil unidades.
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