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Dê os primeiros passos na bolsa

Se ainda não está à vontade com os mercados, a Proteste Investe aconselha que comece pela versão mais simples do jogo: os fundos mistos

03 de Fevereiro de 2014 às 11:50
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Muitos pequenos aforradores são assoberbados pela complexidade das aplicações e pelos receios associados ao investimento na bolsa. A realidade é que a maioria dos obstáculos pode ser facilmente ultrapassada. Não é preciso ser milionário nem passar o tempo embrenhado em literatura financeira. Os fundos de ações globais são uma forma simples de constituir uma carteira diversificada de empresas internacionais. No entanto, é possível que a exposição exclusiva às ações possa assustar os investidores com maior aversão ao risco e deve ser complementada com ativos de rendimento fixo.


Uma solução é replicar a carteira da PROTESTE INVESTE através do protocolo Conta Selecção com a Optimize. A outra opção passa pela subscrição de fundos mistos, a forma mais simples para dar os primeiros passos nos mercados financeiros sem ficar totalmente preso nos produtos tradicionais, como os depósitos a prazo.


Tudo em um
Os fundos mistos apostam em ações nacionais e internacionais, obrigações de taxa fixa e variável emitidas por estados e por empresas, depósitos bancários e até unidades de participação em outros fundos de investimento. Por isso, a partir de poucas centenas de euros tem acesso a uma carteira diversificada por muitos títulos e diferentes tipos de aplicações. E, como os fundos mistos definem limites para o investimento em ações e noutras aplicações, pode selecionar o tipo de fundo misto cujo risco é mais adequado ao seu perfil. Classificamos como defensivos os que dedicam tendencialmente até 30% às ações. Se o peso deste tipo de ativos oscila normalmente entre 30% e 50% da carteira do fundo, designamos como neutros. Por fim, os que investem maioritariamente em ações são agressivos. Em regra, quanto maior a percentagem aplicada em ações, maior o potencial de valorização a longo prazo e mais elevado o risco.


Não há bela sem senão
A desvantagem dos mistos é que a alocação dos investimentos fica totalmente ao critério da sociedade gestora. Esta, por norma, opta por aplicar quase exclusivamente nos grandes mercados de ações e obrigações. Por exemplo, uma carteira representativa do mercado mundial tenderá a ter um peso mais elevado do que o desejável em obrigações denominadas em dólares norte-americanos ou em ações de empresas da zona euro. Se puder dedicar mais tempo às suas poupanças, no longo prazo, poderá obter um maior rendimento. É o caso da composição das carteiras recomendadas pela PROTESTE INVESTE para investir a longo prazo.


Além disso, se já subscreveu fundos de investimento, por exemplo para replicar as nossas carteiras, não necessita de aplicar em fundos mistos. Trata-se de uma solução redundante e até penaliza a escolha mais seletiva dos mercados inerente às carteiras.


Os nossos destaques
Apostar num fundo misto implica abdicar de uma estratégia mais ativa. Contudo, não significa que fique indiferente na hora de subscrever um misto. A opção por um produto mais bem gerido pode, no longo prazo, rentabilizar-lhe muito mais as poupanças.


Em 2013, todas as nossas Escolhas Acertadas registaram ganhos, mas foram os 2 fundos mistos neutros recomendados que mais se destacaram entre os seus pares. O Fidelity Euro Balanced A (+13,2%) e JPMorgan Global Balanced EUR D (+9,8%) bateram a média de 8%. Num ano excecionalmente bom para os mercados acionistas, os fundos aconselhados na categoria defensiva não estiveram tão bem e registaram menos ganhos que parte da concorrência. O Credit Suisse PF (L) Income Euro B é paradigmático com +1,3%, em 2013, contra 4,6% da média. Contudo, considerando um período mais alarga do, o seu desempenho tem-se mostrado consistente pelo que mantemos os atuais conselhos de compra. Naturalmente, vamos estar atentos à sua performance relativa ao longo dos próximos meses.

 

Mistos ou flexíveis?

Várias sociedades gestoras apostaram, ao longo dos últimos anos, nos denominados fundos flexíveis. Trata-se de fundos cuja política de investimento se reparte por vários tipos de ativos (ações, obrigações, depósitos, etc.), tal como um comum fundo misto, mas que não definem limites de exposição às diversas componentes. Mesmo assim são considerados fundos harmonizados, ou seja, respeitam as regras definidas pela diretiva comunitária relativa aos fundos. A maior liberdade dos flexíveis serve para a gestora poder ajustar mais a carteira de acordo com as perspetivas que tem sobre a evolução dos mercados. Pode parecer uma solução ideal, mas tal estratégia tem desvantagens. Em primeiro lugar, o subscritor de um fundo flexível irá sujeitar-se a um nível de risco que, provavelmente, irá oscilar bastante ao longo do tempo. Em segundo, a grande liberdade da gestora pode dar origem a mais erros na alocação dos ativos com prejuízo para o rendimento do fundo. Acresce ainda o facto de ser difícil definir índices de referência para avaliar adequadamente o desempenho de um fundo flexível. Flexíveis fora das escolhas Uma comparação possível é observar a rentabilidade média dos últimos cinco anos. Aqui constata-se que os resultados obtidos pelos fundos flexíveis não foram impressionantes quando comparados com os registados pelos fundos mistos. Apenas o Millennium Global Equities Selection, disponível no ActivoBank, Best Bank e Millennium bcp, superou o resultados das nossas Escolhas Acertadas nas categorias de fundos mistos. Os restantes ficaram mesmo aquém da média dos fundos mistos neutros e agressivos. Os resultados dos flexíveis são algo fracos tendo em conta que o investidor deu muito mais margem de manobra à sociedade gestora. Para já consideramos que não deram provas de serem uma boa alternativa aos mistos tradicionais, pelo que continuam fora das nossas recomendações, incluindo o Millennium Global Equities Selection.

 

 

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