Notícia
Guterres "decepcionado" com cimeira do clima
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, está "dececionado com os resultados" da cimeira sobre o clima (COP25), mas apelou aos países que continuem a lutar contra a crise climática sem se "renderem".
15 de Dezembro de 2019 às 15:14
"A comunidade internacional perdeu uma oportunidade importante para mostrar uma maior ambição na mitigação e adaptação para enfrentar a crise climática", lamentou António Guterres, no final da cimeira da ONU sobre o clima que hoje terminou em Madrid, dois dias depois do previsto.
No encontro, os países conseguiram chegar a acordo quanto à urgência para conter as alterações climáticas, mas não houve consenso quanto aos pontos essenciais. Por exemplo, as regras dos mercados internacionais de carbono foi um dos assuntos adiado para o próximo ano.
"Não devemos render-nos", apelou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), numa declaração escrita citada pela agência de notícias espanhola EFE.
António Guterres destacou que "está mais do que decidido" que 2020 será "o ano em que todos os países se comprometem a fazer o que a ciência" diz: é necessário ser neutro em carbono até 2050 e a "não ir mais além dos 1,5 graus de aumento da temperatura do planeta".
Também o ministro do ambiente, João Pedro Matos Fernandes, lamentou que a cimeira da ONU sobre o clima, que hoje terminou em Madrid, "soube a pouco" porque "o pouco que tinha para concluir não concluiu".
A 25.ª cimeira do clima, a maior de toda a história, começou a 02 de dezembro e deveria ter terminado na sexta-feira, mas apenas hoje os trabalhos foram encerrados com a aprovação do documento "Chile-Madrid, Hora de Agir".
A regulação dos mercados de carbono foi um dos temas mais debatidos durante a COP25 e, inicialmente, estava incluído no documento final, mas decidiu-se debatê-lo em separado.
O novo acordo pede um aumento da ambição dos compromissos de luta contra as alterações climáticas e apresenta várias medidas que têm como objetivo apoiar os países mais vulneráveis.
São dadas diretrizes ao Fundo Verde do Clima para destinarem recursos para perdas e danos dos países mais vulneráveis aos fenómenos climáticos, assim como é pedido aos países desenvolvidos que apoiem financeiramente os mais frágeis.
Além disso, cria-se a "Rede Santiago", que permite canalizar assistência técnica de organizações e especialistas para esses mesmos países mais vulneráveis.
Na COP25 foram mobilizados 89 milhões de dólares (80 milhões de euros), provenientes de diversos países para o Fundo de Adaptação e mais de 80 países anunciaram que apresentarão em 2020 compromissos de luta contra as alterações climáticas mais ambiciosos do que os atuais.
O número de multinacionais comprometidas com a neutralidade carbónica (não produzir mais emissões de gases com efeito de estufa do que aquelas que tem capacidade de fazer desaparecer) em 2050 passou de 90, na cimeira de Nova Iorque, em setembro passado, para 117 na cimeira de Madrid.
O número de grandes cidades comprometidas com a neutralidade passou de uma centena, na cimeira de Nova Iorque, para 398, na COP25.
O número de países comprometidos com a neutralidade carbónica passou de 66 para 73.
No encontro, os países conseguiram chegar a acordo quanto à urgência para conter as alterações climáticas, mas não houve consenso quanto aos pontos essenciais. Por exemplo, as regras dos mercados internacionais de carbono foi um dos assuntos adiado para o próximo ano.
António Guterres destacou que "está mais do que decidido" que 2020 será "o ano em que todos os países se comprometem a fazer o que a ciência" diz: é necessário ser neutro em carbono até 2050 e a "não ir mais além dos 1,5 graus de aumento da temperatura do planeta".
Também o ministro do ambiente, João Pedro Matos Fernandes, lamentou que a cimeira da ONU sobre o clima, que hoje terminou em Madrid, "soube a pouco" porque "o pouco que tinha para concluir não concluiu".
A 25.ª cimeira do clima, a maior de toda a história, começou a 02 de dezembro e deveria ter terminado na sexta-feira, mas apenas hoje os trabalhos foram encerrados com a aprovação do documento "Chile-Madrid, Hora de Agir".
A regulação dos mercados de carbono foi um dos temas mais debatidos durante a COP25 e, inicialmente, estava incluído no documento final, mas decidiu-se debatê-lo em separado.
O novo acordo pede um aumento da ambição dos compromissos de luta contra as alterações climáticas e apresenta várias medidas que têm como objetivo apoiar os países mais vulneráveis.
São dadas diretrizes ao Fundo Verde do Clima para destinarem recursos para perdas e danos dos países mais vulneráveis aos fenómenos climáticos, assim como é pedido aos países desenvolvidos que apoiem financeiramente os mais frágeis.
Além disso, cria-se a "Rede Santiago", que permite canalizar assistência técnica de organizações e especialistas para esses mesmos países mais vulneráveis.
Na COP25 foram mobilizados 89 milhões de dólares (80 milhões de euros), provenientes de diversos países para o Fundo de Adaptação e mais de 80 países anunciaram que apresentarão em 2020 compromissos de luta contra as alterações climáticas mais ambiciosos do que os atuais.
O número de multinacionais comprometidas com a neutralidade carbónica (não produzir mais emissões de gases com efeito de estufa do que aquelas que tem capacidade de fazer desaparecer) em 2050 passou de 90, na cimeira de Nova Iorque, em setembro passado, para 117 na cimeira de Madrid.
O número de grandes cidades comprometidas com a neutralidade passou de uma centena, na cimeira de Nova Iorque, para 398, na COP25.
O número de países comprometidos com a neutralidade carbónica passou de 66 para 73.