A nova CEO pôs as garras de fora
De um homem para uma mulher, de um ruivo para uma loura, de um irlandês para uma americana. 2023 foi o ano em que o rosto da Web Summit mudou radicalmente, depois de toda a polémica que envolveu Paddy Cosgrave.
Com o evento a assentar arraiais em Lisboa desde 2016, o gestor irlandês era até este ano a face mais visível do maior evento tecnológico do mundo. No entanto, bastou uma publicação sua na rede social X (ex-Twitter) sobre os alegados crimes de guerra cometidos pelo Estado israelita nos territórios paletinianos, para ditar o seu afastamento da oitava edição na capital portuguesa, pouco antes do seu início.
As campainhas não tardaram a soar: primeiro Israel retirou-se da Web Summit e depois seguiram-se pesos pesados mundiais, como Amazon, Meta, Google, Intel ou Siemens. Para travar a "sangria", Cosgrave foi afastado e no seu lugar surgiu Katherine Maher, que até agora estava à frente da Fundação Wikimedia.