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Guterres: "As máquinas que têm poder de tirar vidas devem ser banidas por leis internacionais"
O secretário-geral das Nações Unidas sublinhou as vantagens que a tecnologia tem trazido para responder a vários desafios. Mas também elencou os perigos.
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, voltou a pisar o placo principal do Web Summit este ano. A pedido de Paddy Cosgrave, fundador e CEO da cimeira, foi recebido de forma especial: quase todos os presentes ligaram a luz dos seus telemóveis.
O responsável português, que quando começou a falar ainda estava iluminado pelas milhares de luzinhas dos smartphones dos presentes, começou por destacar a velocidade com que a tecnologia evolui.
"Hoje, o blockchain é uma tecnologia normal", referiu. A "inteligência artificial está em todo o lado e até ajuda a encontrar almas gémeas. Eu sou céptico, confesso. E estou contente por ter escolhido a minha alma gémeo pelos métodos tradicionais", brincou.
António Guterres destacou vários benefícios que a tecnologia pode trazer ao ajudar a "ser mais eficaz para responder aos problemas de hoje".
Quanto à internet em específico, relembrou que é usada para "violar a privacidade. E há Governos que a usam para controlar os cidadãos". "Para mim, é claro que não foi a criação da internet que fez isso, mas ajudou a amplificar os problemas".
"Não estamos a fazer o suficiente", lamento. "O que é importante é não esquecer qual o impacto que esta evolução tem no mundo". "Há máquinas que selecionam e destroem alvos sozinhas. Temos de garantir que os direitos humanos estão a ser respeitados nos campos de batalha". "As máquinas que têm poder de tirar vidas devem ser banidas por leis internacionais", alertou.