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Fernando Alexandre: “Temos um problema de falta de incentivos aos professores"

O ministro da Educação reconhece que existe uma falta de incentivos para reter talento nacional e levá-lo às salas de aula. No entanto, acredita que o caminho para "responder às aspirações dos mais jovens" já está a ser feito.

14 de Novembro de 2024 às 12:59
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Confrontado com a falta de professores no ensino público português, que, até ao final da década, pode levar à falta de docentes em várias disciplinas, o ministro da Educação não tem dúvidas do que é necessário ser feito: "incentivar os professores"

Numa conversa na Web Summit, Fernando Alexandre ficou-se pelo diagnóstico do problema, não elaborando muito em soluções. No entanto, afirmou que os "professores são essenciais" para a sociedade e uma das formas que o executivo atual tem incentivado a geração mais qualificada de sempre a entrar no mundo do ensino é através de uma maior sinergia entre doutoramentos e as escolas de ensino básico e secundário. 

"Nós temos estudantes que estão a terminar os seus doutoramentos a ir às escolas. Isto é uma forma de trazer inovação às salas de aula, uma vez que estes estudantes universitários são capazes de trazer, por exemplo, a experiência de um laboratório", explicou o ministro da Educação. 

Apesar de não responder diretamente ao problema da falta de professores, Fernando Alexandre aponta ainda para a utilização de recursos digitais educativos, com recurso à tecnologia de inteligência artifical (IA), para colmatar as lacunas na educação de estudantes. "Isto vai permitir que os alunos tenham estratégias personalizadas e vai permitir identificar alguns buracos no seu processo educativo para os ajudar a apanhar os outros alunos", explicou o governante.

Com a inovação a ser a grande protagonista da conversa, Fernando Alexandre acredita que Portugal tem feito um caminho exemplar nas duas últimas décadas em várias setores - todos com uma base comum: a ciência. Tanto na indústria do "software", como das energias (que levou o país a ter "um papel central na transição energética" a nível global), a inovação "começou nas universidades, com vários líderes destes campos a serem doutorados - ou a abandonarem os seus doutoramentes para se juntarem à indústria". 

Daí, o ministro da Educação acreditar que Portugal é um "ótimo sítio para estudar, trabalhar, viver e criar empresas", sendo necessário criar condições para atrair e reter talento no país. Neste aspeto, o governo tem um papel crucial ao ter a responsabilidade de "criar um ambiente mais dinámico e de simplificar a criação de empresas". "Assim que [os jovens] fiquem em Portugal, vamos conseguir acelerar um círculo virtuoso de pessoas qualificadas e enriquecimento da nossa economia e da nossa sociedade", rematou. 

Notícia atualizada às 13h20

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