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Alterações climáticas são a nossa "Estrela da Morte", diz CEO da EDP Comercial
Vera Pinto Pereira utilizou a saga "Star Wars" para fazer uma analogia com as alterações climáticas e o impacto da transição energética no mundo.
O tópico é pessoal para Vera Pinto Pereira, CEO da EDP Comercial. Tanto, que Vera utiliza a sua saga favorita, Star Wars, para traçar uma metáfora com o mundo atual em que vivemos. As alterações climáticas transformaram-se na nossa "Estrela da Morte" e só nós, os "Jedis", podemos combatê-la. Só nós conseguimos "trazer uma nova esperança ao mundo" através da "força", aqui personificada como a transição energética.
"Se descarbonizarmos e eletrificarmos a nossa economia, nós vamos conseguir derrotar a nossa Death Star", afirmou Vera Pinto Pereira, na "talk" intitulada "The Energy Transition: A New Hope for Our Future", na Web Summit.
É necessário agir depressa e existem objetivos para serem cumpridos rapidamente. A economia mundial precisa de estar descarbonizada até 2050 - ainda estamos nos 30% - e só temos mais "25 anos para desconstruir um sistema que demorou 200 anos a construir", como explica a CEO.
Num palco dedicado às energias renováveis durante estes três dias em que a WebSummit vai ocupar o Parque das Nações, Vera Pinto Pereira recordou a tragédia que assolou Valência para reforçar a ideia de que as "alterações climáticas não estão presentes apenas num continente longínquo" – mas estão aqui, perto de Portugal. Apesar de trazer uma "mudança revolucionária às nossas vidas", a transição energética é também uma oportunidade de inovação e de independência energética – um ponto cada vez mais relevante considerando a situação geopolítica que o mundo enfrenta.
Com este cenário como pano de fundo, Vera Pinto Pereira não deixa de destacar o papel que a EDP tem tido na transição energética e no combate às alterações climáticas. Os parques eólicos da empresa conseguem alimentar cerca de 97% da energia renovável que a EDP produz e a empresa quer mesmo alcançar a neutralidade carbónica até 2040. "Nós vimos em primeira mão, no nosso ecossistema da EDP, como a inovação pode ajudar a alcançarmos esta promessa e conseguir acelerar, num tempo em que cada minuto conta", explicou.
Exemplo disso é como a inovação tornou a energia solar e eólica a forma de produção de energia mais barata do mundo ou como permitiu transformar tecnologias antigas ao dar-lhes uma nova vida, como é o caso dos parques híbridos, que conseguem conjugar vários tipos de energia.
Vera Pinto Pereira relembra como o cruzamento entre a tecnologia e a automatização tem de ser feito em conjunto com a capacidade humana – o objetivo não é substituir as pessoas, mas sim aumentar as ferramentas disponíveis para alcançar estes objetivos de forma mais rápida, segura e eficiente. Para além disso, esta estrita colaboração permite descentralizar a transição energética e trazê-la para mais perto dos cidadãos, com grandes impactos no seu quotidiano.