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Vila Galé vai entrar em Espanha e abrir mais quatro hotéis em Portugal

O grupo inaugurou dois novos hotéis no Alentejo, num investimento de cerca de 15 milhões, que aumentou para 100 os trabalhadores na herdade em Beja. Para contornar a dificuldade na contratação, oferece alojamento.

Pedro Elias
Sara Ribeiro sararibeiro@negocios.pt 30 de Julho de 2023 às 15:53

O Vila Galé está a preparar a entrada em Espanha. A informação foi confirmada por Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo que inaugurou este fim de semana dois novos hotéis em Beja. que representaram um investimento de cerca de 15 milhões de euros.


O responsável preferiu não avançar com mais pormenores sobre a expansão ao mercado espanhol, prometendo novidades sobre o tema para setembro.Nessa altura, o grupo hoteleiro prevê também estrear-se em Cuba, após ter vencido um concurso para gerir dois hotéis, um em Cayo Paredón e outro em Havana. 


Com estes passos, o grupo fundado por Jorge Rebelo de Almeida vai alargar a sua presença internacional. Até ao momento, estava apenas no Brasil onde soma 10 resorts.


Para Portugal, tem em curso a abertura de mais quatro unidades, nomeadamente em Ponte de Lima, Elvas, Miranda do Douro e Oeiras. Este último, proveniente da concessão do Paço Real de Caxias, no âmbito do programa Revive, que visa reabilitar edifícios devolutos para projetos turísticos.


Jorge Rebelo de Almeida preferiu não avançar com datas e valores dos novos investimentos, destacando que neste momento estão focados na abertura dos quatro hotéis que realizaram nos últimos dois meses. Além de Beja, onde este fim de semana foi inaugurado o Vila Galé Collection Monte do Vilar - dedicado ao agroturismo e o Nep Kids" direcionado para  crianças -,  abriu recentemente novas unidades em Tomar e São Miguel, Açores. No total, o grupo soma agora 31 hotéis em Portugal. 


A construção destes quatro hotéis implicou um investimento de cerca de 50 milhões, valores que refletem o "disparo" dos preços da construção, lamentou o responsável, sublinhando ainda as dificuldades e morosidade cada vez maiores dos processos de licenciamento.


O problema da habitação


Com o reforço da aposta em Beja  na herdade  do clube do Campo, área com 1620 hectares e que já contava com o hotel Alentejo Vineyards, o grupo aumentou para 100 o número de postos de trabalho fixo. Como  se trata de uma área agrícola - é aqui que o grupo tem parte das suas vinhas, por exemplo - há alturas do ano em que o número chega a 300. Jorge Rebelo de Almeida não esconde, porém,  a dificuldade em "trazer pessoas para a zona". A escassez de recursos humanos tem sido apontada como um dos principais desafios do setor.


Para contornar este constrangimento, a Vila Galé tem oferecido alojamento aos trabalhadores, a maioria estrangeiros, contou durante a conferência de imprensa que decorreu este fim de semana. E aproveitou para deixar algumas críticas e recados ao Governo: "A habitação é um problema sério, e se não fizermos nada, corremos o risco de voltar a ter barracas". 


Para Jorge Rebelo de Almeida, não é com "programas idiotas de habitação" que se resolve a questão, "é preciso construir casas", apontou. E lembrou que "não podemos só receber as pessoas [no país], temos que dar condições para receber essas pessoas". 

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