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Turismo: 10 tendências para o futuro
No dia em que arranca a BTL – Feira Internacional de Turismo, em Lisboa, o Negócios explica-lhe os 10 grandes desafios que o sector enfrenta nos próximos anos. Os pontos foram identificados pela consultora Horwath HTL.
2. Novas gerações: os Millenials e seus sucessores vão ditar a actividade turística. Movidos pela tecnologia, deverão representar metade dos viajantes em 2025. Na bagagem levam tecnologia, que complementam com interacção e experiência emocional no destino. Empatia e conexão entre os serviços de turismo e a vida quotidiana são uma prioridade.
- 3. Classe média emergente: a classe média deverá englobar 4,9 mil milhões de pessoas em 2030. Será sobretudo um impacto oriundo da Ásia, com uma estagnação na Europa. Com acesso a mais informação, estes novos viajantes terão também maior controlo sobre todo o processo da sua viagem.
4. Afirmação de novos destinos: Ásia, América do Sul e Médio Oriente. Nestas regiões são vários os países que já deram passos para a sua afirmação como destino turístico. Os frutos dessa exploração do potencial turístico começam a solidificar nos próximos anos, com a chegada de mais pessoas.
- 5. Questões políticas e terrorismo: sendo imprevisíveis, as situações de instabilidade representam uma ameaça ao desenvolvimento do potencial turístico de qualquer país. O estudo da Horwath HTL dá o exemplo da contestação na Grécia, da questão dos refugiados ou dos ataques no Egipto, Tunísia e Tailândia. Uma vez beliscada a confiança no destino, é preciso muito tempo para recuperá-la.
- 6. Tecnologia: é o elemento que vai mudar todo o jogo para o mercado hoteleiro, abrindo ainda mais o leque de opções. A internet já alterou a forma de procurar e reservar viagens. Agora é a vez da hotelaria. Robôs, quadros interactivos, aparelhos que permitem ajustar as preferências do quarto, "check in" feito através do telemóvel. São opções já visíveis em algumas unidades hoteleiras.
- 7. Canais digitais: hoje passa-se mais tempo em frente ao ecrã do telemóvel do que da televisão. Os "smartphones" são também uma porta privilegiada para as redes sociais, onde a influência dos pares se faz sentir. O rácio mundial aproxima-se do nível de um telemóvel por pessoa. A tomada de decisão torna-se mais rápida, beneficiando das plataformas de economia partilhada, como o Airbnb. A expectativa é de que os telemóveis representem 30% da origem do negócio turístico em 2017.
- 8. Fidelização: os programas de fidelização estão em quebra. Para continuar a privilegiar este pilar, o caminho está na mudança da sua estrutura. A fidelização terá de deixar a lógica de acumular e ganhar para permitir ao consumidor ser solicitado de outras maneiras. Por exemplo: não basta acumular milhas para depois descontar numa viagem. O que conta agora são as promoções exclusivas para os clientes frequentes.
- 9. Saúde: este tópico torna-se um elemento cada vez mais forte na decisão. A procura por produtos de tratamento, relaxamento, exercício e dieta saudável estão a subir nas prioridades dos viajantes. Há outras estratégias, como preparar a iluminação dos quartos no sentido de permitir um repouso absoluto dos hóspedes.
10. Sustentabilidade: o turismo representa já 10% do PIB mundial e avança a um ritmo acelerado. A "pegada ecológica" da actividade é cada vez mais tida em conta, a par do respeito pelo estilo de vida e tradições dos locais visitados. É uma questão de valorizar as diferenças de identidade e património. Esperam-se 1,8 mil milhões de viajantes internacionais em 2030.