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Turismo em abril gerou mais receitas apesar da quebra nas dormidas

O calendário da Páscoa gerou um enviesamento na comparação, que prejudicou os números de hóspedes e dormidas em abril face ao mesmo mês do ano passado, mas isso não travou o crescimento das receitas.

Bruno Colaço
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As receitas do alojamento turístico aumentaram em abril na comparação com o ano passado, apesar da quebra do número de hóspedes e de dormidas, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta sexta-feira.

O setor gerou 508,8 milhões de euros de proveitos, mais 3,4% face ao mês homólogo, das quais as receitas com aposento valeram 383,7 milhões (+2,8%). Isto num contexto em que o número de hóspedes caiu 3,6% (para 2,6 milhões), e as dormidas tiveram uma quebra ainda maior (-4,2%, para 6,6 milhões).

A quebra no número de hóspedes e de dormidas já tinha sido anunciada pelo INE, ressalvando já na altura o enviasamento provocado pela Páscoa: abril deste ano esteve em desvantagem na comparação com o mesmo período do ano passado, porque em 2023 a Páscoa teve lugar precisamente nesse mês enquanto este ano as festividades foram repartidas entre março e abril. O que é possível concluir a partir dos dados publicados esta sexta-feira é que essa quebra não impediu maiores receitas, apesar de terem desacelerado.

O rendimento médio por quarto disponível (chamado de RevPAR) ficou, apesar de tudo, ligeiramente abaixo de abril do ano passado (62,7 euros, ou seja -0,5%) mas o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) alcançou os 109,3 euros, uma subida de 4,3%.

Neste último caso, o INE indica que os valores mais elevados foram atingidos na Grande Lisboa (148,9 euros), no Alentejo (106,2 euros) e na Madeira (104,5 euros).

Ao nível municipal, Lisboa concentrou uma em cada cinco dormidas (20,9% do total), sendo que no caso dos residentes a proporção é mais baixa (a capital teve 10,5% do total de dormidas de residentes). Entre os não residentes, Lisboa representou 24,8%.

Nos municípios que mais contam para o total de dormidas, o INE destaca Albufeira (que representou 9,9% do total de dormidas), uma vez que teve um "decréscimo expressivo (-13,5%), que se ficou a dever à diminuição das dormidas de residentes (-25,3%) e de não residentes (-10,8%)".

Se as contas forem feitas de janeiro a abril, "as dormidas registaram um crescimento de 3,2%, atingindo 20,0 milhões, dando origem a aumentos de 10,6% nos proveitos totais e de 10,3% nos de aposento", indica o INE. "O acréscimo de dormidas verificado neste período deveu-se ao crescimento das dormidas de não residentes (+5,4%), dado que as de residentes decresceram 1,7%".
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