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Restrições de viagens na Europa põem em risco 900 mil empregos. AHRESP pede ao Governo para ponderar novas medidas
AHRESP reproduz alerta do Conselho Mundial de Viagens e Turismo e a Comissão Europeia de Viagens de que restrições à circulação na Europa podem ameaçar 900 mil postos de trabalho e representar até 35 mil milhões de euros de perdas para o setor.
Na véspera de serem anunciadas medidas para fazer face à pandemia, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) apela ao Governo português para que "leve em conta os impactos previstos" por organizações internacionais do setor do turismo, caso venham a ser impostos limites à circulação na Europa para travar novos surtos de covid-19.
Em comunicado, divulgado esta quarta-feira, a AHRESP faz eco das previsões de entidades como o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTCC) e a Comissão Europeia de Viagens (ETC) que alertam que restrições às viagens na Europa podem colocar em risco 900 mil postos de trabalho no setor do turismo e viagens e, se severas, "arrancar" 35 mil milhões de euros ao velho continente este ano.
Neste sentido, a AHRESP reproduz a recomendação deixada pelas entidades que aponta que o bloco dos 27 deve alinhar "numa resposta comum à situação pandémica, de forma a evitar impor limites à liberdade de movimentos", já que "o setor não consegue suportar respostas nacionais inconsistentes e em mudança constantes".
"Não tendo quaisquer efeitos a nível de saúde, estas restrições terão efeitos devastadores para a economia europeia", refere a AHRESP, citando o argumento invocado pelas organizações de que o Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC) que reconheceu que "as restrições às viagens não tiveram um impacto considerável na redução da transmissão do vírus" nem "nas hospitalizações e nas mortes registadas".