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Receitas da hotelaria aumentam nos primeiros seis meses do ano
Os primeiros seis meses de 2014 foram positivos para os hotéis em Portugal. No entanto, em Junho registou-se uma ligeira quebra, segundo o Tourism Monitor.
A receita média por quarto disponível (RevPar), no primeiro semestre do ano, aumentou 7,37%, para os 35,85%, face ao período homólogo. Já a receita total por quarto disponível cresceu para os 54,39 euros, registando um incremento de 8,05%, segundo o Tourism Monitor, divulgado pela Associação da Hotelaria de Portugal.
A AHP refere que "já os dados do mês de Junho revelam, por comparação com o mês homólogo, uma queda no preço médio por quarto ocupado (-2,4%) o que, apesar da ligeira subida da taxa de ocupação, provocou uma descida do RevPar".
No primeiro semestre registou-se "um crescimento 2,95 pontos na taxa de ocupação, fixando-se nos 56,7%".
Cristina Siza Vieira, presidente da direcção executiva da AHP, afirma, em comunicado, que "os resultados deste primeiro semestre são positivos. Houve um crescimento claro dos indicadores da hotelaria, face ao ano anterior, pelo que estamos no bom caminho".
No entanto, a responsável recorda que existe "uma taxa de ocupação que deixa 40% dos quartos vazios" e que existem "acentuadas assimetrias regionais", o que "demonstra o muito que há a fazer".
No primeiro semestre de 2014, o peso das dormidas nacionais foi de 30%, mais 2,9% do que em igual período do ano anterior.
Em termos de hóspedes no primeiro semestre, 42% foram nacionais enquanto 58% foram estrangeiros.
O Tourism Monitor revela, ainda, que os destinos que apresentaram uma maior taxa de ocupação foram Lisboa (80,50%), Madeira (79,36%) e Grande Porto (74,90%).
Os destinos com o preço médio por quarto ocupado mais elevado foram Lisboa (82,66 euros), Estoril (78,41 euros) e Algarve (72,63 euros). E Lisboa registou uma variação negativa de 9,34% no preço face a Junho de 2013.
"No ano passado, o Congresso dos Rotários que se realizou na capital portuguesa em Junho puxou o preço para cima. Este ano, no mesmo mês, não tivemos nenhum evento da mesma dimensão, razão para a queda significativa no RevPar, decorrente da forte descida do preço médio por quarto ocupado. Isto demonstra a grande importância que os eventos continuam a ter para Lisboa e para Portugal", conclui a responsável.