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Receitas do Pestana cresceram 25% em 2023 para 560 milhões

No ano passado, o grupo hoteleiro registou uma queda de 4% nos lucros devido ao encaixe extra em 2022 da venda do Pestana Blue Alvor por 75 milhões de euros. Os resultados líquidos recorrentes cresceram 30%. CEO do grupo garante que não estão previstas novas alienações.

Sara Ribeiro sararibeiro@negocios.pt 23 de Abril de 2024 às 11:05
O Grupo Pestana fechou 2023 com lucros de 105 milhões de euros, trata-se de uma queda de 4% face ao ano anterior explicada pela venda do Pestana Blue Alvor ao fundo espanhol Azora. Olhando para os resultados recorrentes, sem o encaixe de cerca de 75 milhões desta operação, aumentou 30%.

O resultado é explicado pela melhoria das receitas em 23% para 557 milhões de euros impulsionadas pelo crescimento do preço médio das dormidas em 9,5%. A nível global, incluindo os hotéis nos restantes 15 países onde está na Europa, África, América do Norte e  América do Sul, o preço médio situou-se em  144,2 euros. Analisando só a atividade a nível nacional, situou-se em 141 euros. Já a taxa média de ocupação foi de quase 68%, um crescimento de 3,9%.

Números que o CEO do grupo, José Theotónio, considera que refutam as críticas de que o turismo não cria valor. "É mais importante crescer através de valor do que da ocupação", sublinhou durante a apresentação dos resultados esta terça-feira. 

O EBITDA [resultados antes de impostos, amortizações e depreciações] atingiu os 189 milhões de euros,  o que coloca o grupo no TOP 10 das maiores empresas portuguesas, incluindo bancos, segundo José Theotónio.

 

Os 108 hotéis do grupo - 76 dos quais em Portugal -  representaram dois terços da atividade. A área do imobiliário, através do Pestana Residences, pesou 17% e as outras áreas de negócio - como golfe e casinos - os restantes 17%.

Segundo José Theotónio, os resultados são explicados por três factores: "
aposta nas equipas, transformação digital e reduçao da pegada carbónica e transformação energética".

No que toca aos recursos humanos, lembrou ainda que em 2023 aumentaram para 1.100 euros a remuneração mínima o que explica, em parte, o aumento de 12% da massa salarial. 

No ano passado, o investimento do grupo totalizou 85 milhões de euros alocados, essencialmente, para a compra do Vila Sol aos fundos do Santander,  para o arranque da construção do Pestana CR7  em Paris - um projeto que prevê um investimento total de 60 milhões de euros  - e "de duas remodelações profundas no Pestana Vila Lido (Madeira)" e outra no Algarve, no Pestana Blue Alvor Beach.

 

Para este ano, além do recente hotel que inauguraram em Orlando (EUA), não estão previstas novas aberturas.

 

"Temos em construção o Pestana Dunas em Porto Santo cujo objetivo é ficar pronto em maio de  2025" e o  CR7 deverá abrir portas apenas  em 2027.

 
Questionado sobre as perspetivas para 2024, depois de em 2023 ter registado um aumento em 25% das receitas, respondeu que tendo em conta os primeiros meses do ano e as reservas para o verão são "muito positivas". 

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