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Quatro em cada dez consumidores cortaram na ida ao restaurante

Segundo estudo da Nielsen, houve menos pessoas a comer fora diariamente ou quase todos os dias em 2023. Aumento dos preços, como esperado, foi a principal razão.

O setor da restauração e alojamento foi o que mais contribuiu para mudanças, abrangendo 73 mil trabalhadores.
Mariline Alves
06 de Fevereiro de 2024 às 12:45
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Os consumidores cortaram nas refeições fora de casa e a subida de preços, como esperado num ano de inflação ainda elevada, foi a principal razão para a diminuição das idas a restaurantes, cafés e outros estabelecimentos de alimentação.

 

No ano passado, 41% dos consumidores em Portugal terão diminuído a frequência com que fazem refeições fora de casa, segundo um inquérito da consultora Nielsen, especializada em informação sobre consumo, que foi apresentado nesta terça-feira numa sessão promovida pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares (AHRESP).

 

Segundo este, perto de dois terços dos inquiridos – 62% - indicaram o aumento dos preços e a crise económica como motivos para consumirem menos refeições fora.

 

Assinale-se que em dezembro, e segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, os preços de restaurantes, cafés e similares seguiam ainda a subir 6,8% face a um ano antes.

 

Segundo os dados da Nielsen, o corte nesta despesa não terá sido drástico. Havia no ano passado ainda 59% que comiam fora de casa uma vez por semana, pelo menos, mas a frequência diária ou quase diária de estabelecimentos de refeições caiu. Os inquiridos que comiam fora de casa todos os dias diminuíram de 5% para 3% neste último estudo, enquanto a percentagem daqueles que adquirem refeições fora quatro a cinco dias por semana desceu de 12% para 10%.

 

Quando questionados sobre quais as refeições que passaram a fazer fora de casa com menor frequência, cresce a indicação de menor frequência no consumo de pequenos-almoços e almoços no exterior. Já os jantares, com despesas médias mais elevadas, passaram a estar menos assinalados na redução de consumo.

 

Nos dados da consultora, o gasto médio por refeição situava-se em 12,04 euros ao almoço e 17,21 euros ao jantar.

 

A qualidade da comida continua a ser, apesar de tudo, o atributo mais importante na escolha do local onde é feita a refeição. Sobretudo ao jantar, sendo referida por 38% dos inquiridos como principal fator. O preço é determinante apenas para 21%.

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