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Portugal aposta na inclusão e "wi-fi" nos centros históricos

Novas linhas de apoio para um turismo mais inclusivo e digital. “Com pequenas acções conseguem-se grandes diferenças”, diz o Governo. Há um pacote de seis milhões de euros para anunciar esta sexta-feira no Alentejo.

Correio da Manhã
22 de Setembro de 2016 às 22:00
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O Dia Mundial do Turismo celebra-se a 27 de Setembro. Em Portugal, haverá uma semana de comemoração e novidades.

A primeira chega já esta sexta-feira, 23 de Setembro, em Campo Maior. O Governo vai anunciar um pacote de cinco milhões de euros para "acelerar" o turismo inclusivo. O mesmo tem em conta as necessidades do turista sénior, do cidadão com deficiência e de famílias com crianças.

Serão lançadas duas linhas de apoio com vista à adaptação dos espaços públicos e do acesso a empreendimentos turísticos, destinadas a empresas e entidades públicas. O pacote conta ainda com uma campanha de sensibilização da oferta para a realidade do turismo inclusivo, sem esquecer o lado da procura. O portal VisitPortugal receberá informação específica, com uma listagem, numa primeira fase, de percursos acessíveis em 20 cidades portuguesas.

"Com pequenas acções conseguem-se grandes diferenças. O objectivo é que as soluções sejam implementadas o mais rapidamente possível", posiciona ao Negócios a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.


Depois de Campo Maior, as novidades continuam no Alentejo, seguindo para Elvas. Aí, será lançada uma linha de apoio para a instalação de projectos de internet sem fios ("wi-fi") nos centros históricos das cidades. A mesma conta com um milhão de euros em 2017 e destina-se a projectos promovidos por autarquias e entidades regionais de turismo.

Elvas recebe o "projecto-piloto" que se pretende aplicado em pontos do país onde a presença de turistas não é tão forte. Com a informação sobre a cidade,  oferta turística, cultural e empresarial à distância de uma aplicação de telemóvel, mais turistas poderão ser atraídos para esses destinos. Para Ana Mendes Godinho, esta medida é encarada como uma base para que as empresas possam "criar negócios e inovação ao nível dos projectos turísticos".

É uma aplicação à realidade Portugal do lema lançado pela Organização Mundial do Turismo. Estima-se que o mercado do turismo acessível na Europa ronde os 12%, um valor com potencial para aumento dada a tendência de envelhecimento da população.
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