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Portugal Ventures entra na Yon Wine e tem mais dinheiro para investir em fazedores turísticos
Depois de ter já investido 730 mil euros numa mão cheia de startups, a Call FIT da capital de risco estatal arranca agora com uma nova edição, propondo-se investir 150 mil euros por projeto. As candidaturas decorrem até 14 de abril.
Desde o seu formato inicial até à reformulação efetuada em 2022, a Call FIT - Fostering Innovation in Tourism, iniciativa que tem como objetivo apoiar projetos no setor do turismo em fase "pré-seed", já investiu em cinco startups num total de 730 mil euros.
"Hoje anunciamos o último investimento realizado através desta iniciativa – a Yon Wine", revela a Portugal Ventures, sociedade de capital de risco do grupo Banco Português de Fomento, que promove a Call FIT em parceria com o Turismo de Portugal e o NEST – Centro de Inovação do Turismo, em comunicado enviado às redações, esta quinta-feira, 1 de fevereiro.
Liderada por João Pedro Duarte e Vítor Esteves, a Yon Wine pretende ser um complemento da experiência de enoturismo para o turista e do produtor. Como? "A Yon Wine app oferece ao visitante (maioritariamente estrangeiros) uma solução de compra dos vinhos experienciados na visita, ultrapassando as típicas burocracias de expedição para o seu país de origem além de apresentar um valor final transparente para os utilizadores sem surpresas no final da compra. Ao mesmo tempo simplifica todo o trabalho de ‘front e back-office’ para o produtor permitindo-lhe mais tempo para se focar no cliente, ajudando-o a reduzir o número de vendas perdidas e aumentar a receita, prolongando o valor de tempo de vida do cliente", explica a Portugal Ventures.
Candidaturas através da Rede de Parceiros de Ignição da Portugal Ventures
Entretanto, a segunda edição da nova Call FIT acaba de ser lançada, propondo-se agora investir 150 mil euros por projeto. As candidaturas estão abertas até ao dia 14 de abri.
São elegíveis "projetos não tecnológicos, que apresentem conceitos diferenciadores para a oferta turística do país, que contribuam para o enriquecimento da experiência do turista e o reforço da competitividade de Portugal como destino turístico"; e "projetos tecnológicos, que apresentem soluções que permitam melhorar a eficiência das empresas do setor do Turismo e da sua oferta de produtos e serviços".
As candidaturas são efetuadas, exclusivamente, através da Rede de Parceiros de Ignição da Portugal Ventures, que conta com mais de 120 entidades que cobrem todo o território nacional, e é composta por incubadoras, aceleradoras, universidades, pólos/clusters tecnológicos, associações e municípios.
"Os projetos que não se encontram incubados/acompanhados pela Rede de Parceiros de Ignição devem entrar em contacto com uma das entidades para avaliação do projeto e possibilidade de apresentar candidatura através do parceiro", alerta a capital de risco estatal.
Para Pedro Mello Breyner, vogal executivo da Portugal Ventures, "a Call FIT é essencial para continuar a fomentar o crescimento de negócio no setor do Turismo, sendo que estes projetos que se encontram nesta fase inicial possam ter a capacidade financeira para desenvolver o produto, e delinear uma estratégia de crescimento sustentada com o acompanhamento da equipa da Portugal Ventures".
"As candidaturas sendo através da nossa Rede de Parceiros de Ignição, será uma mais valia na seleção dos projetos que se encontram preparados para investimento em capital de risco", realça o mesmo responsável.
"É essencial promover a inovação no setor do Turismo e fazer dessa inovação um dos pilares essenciais de crescimento, para que o setor possa continuar a ser um catalisador na criação de valor para a economia nacional", porquanto "a inovação pode ser um contributo decisivo para dar maior valor acrescentado ao turismo, sendo que também é essencial para que consigamos estar na vanguarda do desenvolvimento do setor e moldar o futuro do turismo", frisa, por sua vez, Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal.
A Portugal Ventures tem sob gestão 269,1 milhões de euros e 159 empresas no portefólio, tendo já investido 204,6 milhões de euros em 224 novas empresas.