Notícia
Portugal entra no top 10 mundial do turismo de negócios
Em 2016, o país ascendeu dois lugares no ranking de congressos e convenções, com Lisboa a manter a posição e o Porto a registar a maior subida mundial. Conheça os melhores destinos para eventos e as sete cidades portuguesas mais bem classificadas.
Portugal entrou no top 10 do ranking mundial dos destinos mais procurados para a realização de congressos, conferências e eventos internacionais. Na listagem anual elaborada pela Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA na sigla inglesa), liderada pelos Estados Unidos, a ascensão portuguesa surge em destaque por ter contribuído para a única novidade nos dez primeiros lugares em 2016.
Esta subida da 12.ª para a 10.ª posição, que ocupa "ex aequo" com o Canadá, coloca Portugal à frente de destinos como a Áustria, Coreia do Sul, Suécia, Brasil ou Austrália no que toca a turismo de negócios. Dois em cada três (73%) encontros internacionais realizados no país tiveram lugar em Lisboa ou no Porto, com ambos a superarem concorrentes como Munique, São Paulo, Nova Iorque ou Milão. Paris roubou o primeiro posto a Berlim.
The number of int'l association meetings doubles every 10 years! Paris reclaims the top spot: https://t.co/RZVWwuiePc #ICCAWorld pic.twitter.com/OtIVn0TMtR
— ICCA (@ICCAWorld) May 8, 2017
A capital manteve o 9.º lugar e continua a ser a cidade portuguesa mais bem posicionada, dominando quase metade (48%) do total destes eventos em solo nacional. No entanto, foi a Invicta que registou a maior subida nas 50 localizações preferidas a nível mundial, ao escalar 11 lugares até à 31.ª posição. Cascais, Coimbra, Guimarães, Braga e Aveiro são outras cidades presentes no ranking de 2016, que apenas referencia as cidades que acolheram mais de cinco eventos no ano passado.
Apesar de cobrir apenas uma fatia do mercado, este relatório estatístico da ICCA serve como referência para toda a indústria dos eventos, devido à falta de dados globais nos outros segmentos. Ou seja, os 287 contabilizados em Portugal, tal como sucede nos outros países, só se referem a encontros organizados por associações, realizados numa base regular, com um mínimo de 50 delegados e que já tenham passado rotativamente por, pelo menos, três países. Foi o caso da assembleia-geral anual da Rede Internacional de Capitais de Grandes Vinhedos ("Great Wine Capitals Global Network"), que em Novembro passou pelo Porto.
Investir para combater sazonalidade
Com uma presença cada vez mais forte como destinos MICE ("meetings, incentives, conferences e exhibitions"), que permitem combater algum efeito de sazonalidade – a maioria destes eventos acontecem entre Outubro e Março –, as duas maiores cidades portuguesas estão a procurar reforçar as condições de atractividade também em termos de infra-estruturas.
Como o Negócios noticiou em Abril, Lisboa quer avançar com um novo centro de congressos, depois de ter caído o projecto que estava previsto para a expansão do Pavilhão Carlos Lopes. A Norte, como sublinhou a directora da promoção externa da ATP – Associação de Turismo do Porto, Sandra Lorenz, o Palácio de Cristal vai ser transformado em recinto para eventos, além de estar a aumentar a capacidade hoteleira, o que corresponde a mais alojamento e salas de reuniões.