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Pires de Lima acusa António Costa de aplicar uma "licença para matar” com taxas turísticas em Lisboa

O modelo de aplicação da taxa sobre as entradas e dormidas em Lisboa ainda é desconhecido. A autarquia reforça que o encaixe será para a promoção turística da capital. Pires de Lima diz que esse dinheiro devia ficar nas empresas.

Bruno Simão/Negócios
23 de Fevereiro de 2015 às 17:49
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"Uma espécie de licença para matar". É deste modo que o ministro da Economia, António Pires de Lima, define a aplicação de taxas turísticas em Lisboa.

 

"Foi preciso [ao Governo] resistir a algumas tentações, porque na política muitas vezes olha-se para a criação de riqueza como uma oportunidade automática para taxar, uma espécie de licença para matar", afirmou esta terça-feira, 23 de Fevereiro.

 

No alvo da sua crítica está António Costa, cuja autarquia passará a cobrar as entradas e dormidas em Lisboa. "Acho que é óptimo que, com antecedência, os portugueses percebam aquilo que é o pensamento económico e empresarial do Dr. António Costa", afirmou perante a opção do também candidato socialista a primeiro-ministro.

 

Para Pires de Lima, é prejudicial a "atitude mais socialista" que vê na "criação de riqueza oportunidades para criar mais taxas e taxinhas". O dinheiro, esse, "deve ficar nas empresas", para que seja aplicado em novos investimentos ou sirva de base para aumentos salariais aos seus trabalhadores.

 

"Eu prefiro que os trabalhadores das empresas privadas fossem aumentados do que criar uma taxa ou taxinha para a administração pública", reforçou. A Câmara Municipal de Lisboa, por sua vez, já esclareceu que o encaixe será aplicado na promoção turística da cidade.

 

O ministro da Economia defendeu ainda que a administração pública deve assumir um "estatuto de parceiro do sector privado", a quem atribui o mérito do crescimento de 12,4% no valor do turismo para a economia nacional. No ano passado, os turistas estrangeiros deixaram 10,4 mil milhões de euros no país.

 

Ainda assim, não descarta a importância do Governo para a obtenção destes resultados, através da opção de despolitizar a promoção e liberalizar o acesso à actividade turística. A título de exemplo, o governante dá a alteração na estratégia de apoio a grandes eventos mediáticos, "que nos custava 30 milhões de euros".

 

"As verdadeiras estrelas não são os egos das pessoas que constituem o Governo, mas as regiões [turísticas]", sintetizou.

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