A região de turismo de Lisboa quer encontrar novas centralidades para lá da cidade que lhe dá nome, colocando assim em marcha o seu plano estratégico até 2019.

A Arrábida será um dos vectores por onde se procurará fazer esta diversificação, assentando no desenvolvimento de produtos de natureza e no enoturismo. A entidade regional vai formalizar um grupo de trabalho com as câmaras de Setúbal, Palmela e Sesimbra nesse sentido.

Às intenções junta-se ainda a área do Arco do Tejo, dedicada ao turismo náutica e equestre. Ainda assim, neste território, o processo está "numa fase mais atrasada", admite Mário Machado, presidente-adjunto da Associação de Turismo de Lisboa (ATL).

Nos dois territórios, os "recursos [turísticos] não estão suficientemente organizados", confessou o responsável aos jornalistas durante a cerimónia de apresentação dos resultados turísticos de 2014.

Actualmente, a cidade de Lisboa representa 72% das dormidas da região. Se analisada com Cascais, o peso sobe para 85%. Contudo, a capital continua a ser o foco dos projectos apresentados esta sexta-feira, 13 de Fevereiro, pela ATL.

Porque "a promoção não pode parar", a aposta no "marketing" continuará a ser feita. Para lá do reforço nos mercados considerados prioritários, será feito investimento na Alemanha, Espanha e Brasil, de modo a conseguir arrecadar mais turistas. O "online" será o canal privilegiado em todo este processo.

Uma cidade com cara lavada também pode ajudar. Para lá dos 70 prédios alvo de reabilitação urbana na Baixa de Lisboa, seguirá em frente a renovação da frente ribeirinha entre o Campo das Cebolas e o Cais do Sodré. Será a partir daí que se reforçarão também as acessibilidades à colina do Castelo.

A região verá ainda abrir ao público o Palácio Marquês de Pombal em Oeiras e o centro interactivo Mitos e Lendas de Sintra.