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Mais de metade dos hoteleiros prevê atingir a retoma em 2023 ou 2024

Estudo da Associação da Hotelaria de Portugal revela que mais de metade dos hotéis prevê chegar aos níveis de 2019 só em 2023 ou 2014 em termos de taxas de ocupação e receitas. Ainda assim, "a recuperação do Turismo em Portugal está a acontecer mais rapidamente que em alguns países europeus" aponta Bernardo Trindade.

Pedro Catarino
06 de Junho de 2022 às 18:45
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Mais de metade (53%) dos hotéis prevê chegar aos níveis de 2019, em taxa de ocupação e receitas, só em 2023 ou 2024. Destes, 45% estabelecimentos hoteleiros esperam atingir a retoma em 2023.


Os restantes 47% dos hotéis esperam chegar aos níveis de 2019 entre junho e agosto deste ano.


Este é um dos principais resultados do estudo apresentado esta segunda-feira pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) com base num inquérito realizado a 462 estabelecimentos hoteleiros de todo o país.


A perspetiva acompanha as estimativas da Organização Mundial de Turismo que aponta que 48% do setor a nível mundial só vai retomar a atividade em plano em 2023 e outros 44% em 2014 ou mais tarde. Já na Europa a OMT aponta para que 56% do setor chegue à retoma em 2023 e 36% em 2024 ou mais tarde.


Segundo o estudo da AHP o aumento da taxa de inflação e a escassez da mão de obra no turismo são as principais razões apontadas pelos inquiridos como ameaça à recuperação do setor já em 2022. A guerra na Ucrânia é apontada por 51% dos inquiridos, sendo a segunda maior razão de ameaça à retoma do Turismo.


Seguem-se  os custos da energia, apontada por 41% dos inquiridos, e os custos dos combustíveis e escassez das matérias primas por 31%.


Entre junho e setembro deste ano em média as reservas situam-se, hoje, entre os 40% e os 59%, havendo a previsão que "ainda vão crescer" tendo em conta que "a recuperação do turismo em Portugal está a acontecer mais rapidamente do que em alguns países europeus", diz o presidente da AHP, Bernardo Trindade.


Para já, em junho, a Madeira é a região do país com uma maior taxa de ocupação ascendendo aos 80% a 100%, seguindo-se os Açores com 60% a 80%.


No reverso, é a região Centro a que regista uma menor taxa de ocupação sendo "a região com perspetivas menos otimistas" ficando-se entre os 20% a 39% de reservas, diz a presidente executiva da AHP Cristina Siza Vieira.  


Lisboa, Algarve, Norte e Alentejo têm reservas na ordem dos 40% a 59%. Cenário que se mantém em julho e agosto à exceção do Algarve que recupera para os 60% a 80% nas taxas de ocupação durante esses meses.


Quanto aos principais mercados em Portugal para o verão, a "grande surpresa" está na queda de turistas do Reino Unido que sai do top três, aponta presidente executiva da AHP.


De acordo com os inquiridos pela AHP 80% dos estabelecimentos hoteleiros dizem que são os portugueses o seu principal mercado para o verão deste ano. Segue-se Espanha com 49% dos inquiridos e França com 40%. O Reino Unido cai para a quarta posição com 34%.


Já os Estados Unidos têm vindo a crescer e "é apontado como um dos principais mercados para 21% dos inquiridos", salienta Cristina Siza Vieira.
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