O concurso público vai ser lançado nos próximos dias em Diário da República e estará aberto por 45 dias, devendo estar concluído perto de 8 de Junho. A concessão será válida por 15 anos e a ela pode candidatar-se qualquer entidade, empresa ou particular que conseguir cumprir as exigências inscritas no caderno de encargos.

"Esta é a primeira fase, depois teremos outras fases. Se calhar até Junho ainda poderemos ter novidades. Até porque há um conjunto de pousadas que estão a ser negociadas directamente com municípios. (...) Este é o primeiro pacote grande. Depois poderá até haver momentos em que apareçam anúncios de publicações de uma ou outra [pousada] que se vão seguir. O nosso objectivo é chegar a metade da rede da pousada este ano ainda, cerca de 25, e depois continuar", disse Emídio Guerreiro.

Segundo o secretário de Estado, a concessão garante a salvaguarda dos postos de trabalho e pretende "que as pousadas continuem a existir e que sejam sustentáveis".

O valor mínimo esperado com a concessão deste pacote é de 2,827 milhões e o valor máximo é estimado em 4,375 milhões, valores calculados com base no desempenho das pousadas.

Para este total contribui sobretudo a pousada de Lisboa Centro, que exige um pagamento mínimo inicial de 2,2 milhões de euros mais uma caução de 75 mil euros, mas há outras para vários preços.

As pousadas de Alfeizerão (Leiria), Alijó (Vila Real), Alvados (Leiria), Bragança, Lousã (Coimbra), Melgaço (Viana do Castelo), São Pedro do Sul (Viseu) e Viseu exigem como valor mínimo inicial 2.500 euros, mais as respectivas cauções.

Além destas, estão disponíveis as pousadas de Areia Branca (Lisboa), Aljezur (Faro), Lagos (Faro), Penhas da Saúde (Castelo Branco) e Vilarinho das Furnas (Braga).

Houve muitas entidades a mostrar interesse, entre as quais associações juvenis que, nalguns casos, querem mesmo "candidatar-se à gestão", acrescentou o governante.

Os municípios foram consultados sobre o seu interesse em gerirem estas pousadas, assegurou Emídio Guerreiro.

O secretário de Estado realçou que, em fase adiantada de negociação para gestão por municípios estão ainda as pousadas de Braga, Setúbal, Catalazete (Oeiras, Lisboa) e Vila Real.

Para ficar com a concessão de uma pousada da juventude, o candidato tem de assegurar que são cumpridos alguns requisitos que estiveram na base da criação destas pousadas, como os limites de preços, a política de mobilidade juvenil e descontos para associações de jovens, assim como a manutenção na rede nacional de pousadas de juventude e na rede internacional de pousadas de juventude.

A Movijovem irá manter-se como a entidade que gere a marca "Pousadas da Juventude" e que garante o cumprimento de todas as regras.

De acordo com Ricardo Araújo, presidente da Movijovem, o concessionário passará a ser responsável pela manutenção das instalações das pousadas e terá de pagar à Movijovem uma renda de 15% sobre a facturação das dormidas, um factor analisado trimestralmente.

Os concessionários vão propor anualmente à Movijovem uma tabela de preços que terá de ser igual ou inferior à que esta entidade propõe.

As regras do concurso estão disponíveis através do endereço electrónico http://www.saphety.com.