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EUA ultrapassam França e Brasil no número de hóspedes em Portugal

Inquérito ao setor da hotelaria concluiu que mais de metade acredita que a operação já retomou aos níveis de 2019. E que há espaço para aumentar preços este ano.

O estudo da EY, encomendado pela Confederação do Turismo, alerta para a perda de turistas estrangeiros se for adotada a solução de Alcochete.
Sérgio Lemos
16 de Março de 2023 às 17:23
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O mercado norte-americano está em expansão em Portugal no setor do turismo, tendo superado mercados como França ou Brasil. E as expectativas da hotelaria é que reforce ainda mais o seu peso, segundo o inquérito "Balanço 2022 & Perspetivas 2023", apresentado esta quinta-feira pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).


O mercado interno continua a representar a maior fatia do número de hóspedes e dormidas, com 87% dos inquiridos a colocar Portugal no seu TOP3 de principais mercados. Segue-se Espanha (46%), Reino Unido (37%) , os Estados Unidos (33%), França (28%), Alemanha (22%) e Brasil (20%)


Durante a apresentação dos dados,  a vice-presidente executiva da AHP destacou a subida dos Estados Unidos no ranking, deixando para trás mercados como França, Itália ou Brasil. 


"A aposta no mercado americano tem dado realmente um resultado muito interessante, porque o mercado americano responde" não só em termos do número de hóspedes e dormidas, mas  também em receitas, sublinhou Cristina Siza Vieira.


O reforço do peso dos EUA no ano passado foi destacado principalmente pelas unidades hoteleiras dos Açores, Lisboa, Alentejo e Norte. Quando questionados pelas perspectivas para 2023, os Estados Unidos sobem mais um patamar.


Segundo o mesmo documento, 80% dos inquiridos acreditam que Portugal vai continuar a liderar, 49% coloca Espanha no TOP3 dos mercados de origem e 40% os Estados Unidos. Seguem-se o Reino Unido (36%), França (24%), Alemanha (22%) e Brasil (19%).


No que toca à retoma da atividade, após a paragem forçada pela pandemia, mais de metade dos inquiridos considera que a operação já retomou aos níveis de 2019, antes da pandemia, e 25% diz que só atingirá esse patamar no segundo semestre deste ano.


"2022 foi, sem dúvida, um bom ano por comparação com 2021, o que era natural, porque 2021 ainda foi um ano muito marcado pela pandemia. Mas mesmo comparando com 2019, não foi só um ano robusto do ponto de vista da retoma, mas foi uma retoma muito vigorosa", afirmou .


Preços com espaço para mais subidas


O inquérito confirmou ainda a tendência de aumento de preços na hotelaria, refletindo o aumento da inflação, mas também "o crescimento da procura". E trata-se de uma "tendência europeia", sublinhou a responsável. 


A tendência de aumento será para continuar este ano, mas não com um "salto" tão grande, explicou. "Mas há espaço" para aumento de preços, acrescentou. 


À semelhança dos resultados já avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o inquérito à hotelaria demonstrou que "2022 foi um ano interessante", com crescimento em termos de preço praticado em praticamente todo o território e "com algumas explosões, como é o caso da Madeira". E as perspectivas dos inquiridos é que continuem a aumentar.


No ano passado, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 103,9 euros e aumentou 17,7%. Neste período, este indicador registou crescimentos de 16,4% na hotelaria, 31,6% no alojamento local e 7,6% no turismo no espaço rural e de habitação, segundo o INE.


Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se nos 56,2 euros, o que representou uma subida de 72,5%, tendo registado crescimentos de 74,8% na hotelaria, 81,6% no alojamento local e 18,8% no turismo no espaço rural e de habitação.


O inquérito contou com a participação de 375 estabelecimentos hoteleiros, que correspondem a 40% dos associados da AHP.

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