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Crescimento do turismo abranda. Procura por portugueses com queda de 7%

As dormidas dos mercados externos cresceram 8,7% em junho, com os norte-americanos e canadianos a liderarem os maiores aumentos. No geral, o número de noites que os turistas passaram em Portugal diminuiu e a taxa líquida de ocupação por quarto ficou abaixo dos valores de 2019.

31 de Julho de 2023 às 11:48
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Em junho, o setor do turismo registou 2,9 milhões de hóspedes e 7,4 milhões de dormidas, o que corresponde a aumentos de 7,1% e 3,7%, respectivamente, face ao mesmo período de 2022. Porém, representa um abrandamento do crescimento face aos valores que vinha a registar, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta segunda-feira. 

A procura por portugueses diminuiu 6,7%, totalizando 2,2 milhões de dormidas, enquanto os mercados externos aumentaram 8,7%, correspondendo a 5,3 milhões de dormidas. Face a junho de 2019, registaram-se aumentos de 0,5% nas dormidas de residentes e 5,2% nas de não residentes.

O número de noites que os turistas passam em Portugal continua a diminuir. Em junho, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico situou-se em 2,61 noites, o que traduz uma queda de 3,1% face ao mesmo período do ano passado e uma descida de 2% em maio. A redução da estada média ocorreu em todas as regiões, exceto no Algarve, onde aumentou 1,6%.

"A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (53,0%) diminuiu 0,6 pontos percentuais em junho  e ficou 2,2 pontos percentuais abaixo do valor observado em junho de 2019, e, comparando com os níveis de 2019, foi a primeira descida desde setembro de 2022", destaca o INE. Comparando com o mês anterior, maio, houve uma ligeira subida de 1,9 pontos percentuais.

Já a taxa líquida de ocupação-quarto alcançou 63,5%,  o mesmo valor de junho de 2022 e, também pela primeira vez, desde setembro de 2022, abaixo dos valores observados em 2019 (0,2 pontos percentuais).

Dormidas no Algarve abaixo dos valores pré-pandemia

Em junho, registaram-se aumentos nas dormidas em todas as regiões, exceto na Madeira (-0,8%), que não registava descidas desde março de 2021. O Algarve concentrou 30,4% das dormidas, seguido da Grande Lisboa (24,5%) e do Norte (16,4%).Comparando com junho de 2019, o Algarve registou um decréscimo de 6,8%.

"Face a junho de 2019, as dormidas de residentes registaram um decréscimo no Algarve (-17,9%) e na Área Metropolitana Lisboa (-2,5%), sendo que nesta última não se registavam decréscimos, face aos níveis de 2019, desde março de 2022", segundo os dados do INR. Pelo contrário, as dormidas de portugueses na  Região Autónoma da Madeira aumentaram 33%.

No que toca às dormidas de não residentes, continuaram a decrescer no Algarve (-2,9%) e no Centro (-1,8%), face a junho de 2019.  Já os Açores registaram o maior acréscimo (+25,6%).



Entre os dezassete principais mercados emissores - que representaram 87% do total de dormidas de não residentes -  a Finlândia, os Países Baixos e a Bélgica registaram decréscimos nas dormidas (-19,3%, -3,8% e -1,2%, respetivamente), face a junho de 2022. O Canadá e os Estados Unidos continuaram a ser os mercados que mais cresceram em junho (+36,2% e +22,2%, respetivamente).

As dormidas de residentes no Reino Unido (20,8% do total das dormidas de não residentes em junho) aumentaram ligeiramente face a junho de 2019 (+0,6%), em abrandamento pelo terceiro mês consecutivo.

Tendo em conta a média dos primeiros seis meses do ano, as dormidas aumentaram 18,8%, tendo havido um crescimento de 7,7% nos residentes e de 24,2% nos estrangeiros. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas cresceram 10,7%.

(Notícia atualizada às 12h00)
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