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Consórcio de Amorim é mesmo o único candidato à compra da Comporta

O processo de venda dos dois principais activos imobiliários da Comporta contou apenas com uma oferta. É da Amorim Luxury, Port Noir da Vangard Properties. A decisão final sobre os terrenos que pertenciam ao Grupo Espírito Santo está agendada para a próxima semana.

João Paulo Dias
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Foi entregue apenas uma proposta para a compra dos dois maiores activos imobiliários do fundo da Herdade da Comporta. É a do consórcio de que Paula Amorim é o principal rosto. Não há ainda confirmação oficial por parte da Gesfimo, a gestora do fundo imobiliário. 

 

As propostas pelos dois terrenos que fazem parte do fundo imobiliário da Comporta, gerido pela Gesfimo, tinham de chegar à Deloitte, que geriu o processo de venda, esta quinta-feira, 20 de Setembro.

 

Formalmente, a decisão final cabe agora à Gesfimo, a sociedade gestora do fundo que é detida pela Espírito Santo Property que, por sua vez, pertence à insolvente Rioforte.

 

Contudo, como as primeiras propostas ficaram aquém da avaliação dos activos, ficou decidido dar a palavra aos participantes. E a Rioforte é a principal detentora de unidades de participação, com quase 60%, seguida do Novo Banco, com perto de 15%, e de outros investidores, que incluem membros e personalidades que estiveram ligadas à família Espírito Santo.

 

As propostas tinham de chegar até esta quinta-feira, 20 de Setembro, sendo que na próxima semana, dia 28, há a assembleia-geral de participantes do fundo imobiliário com o objectivo de votar a recomendação de adjudicação da proposta vencedora por parte da Gesfimo.

 

A desistência de anteriores interessados

Esta assembleia vai continuar os trabalhos da primeira parte da reunião, que ocorreu em Julho, quando a Gesfimo já tinha decidido o consórcio vencedor – Portugália, Oakvest e Sabina Estates –, mas cuja proposta foi recusada pelos participantes do fundo imobiliário. Nessa altura, havia mais duas outras ofertas em cima da mesa a quererem aqueles dois activos – a de Louis-Albert de Broglie e Global Asset Capital Europe e a da Amorim Luxury, Port Noir e Vangard Properties.

 

Ficou decidido abrir um processo formal de venda dos activos, em que os três se podiam candidatar e onde se poderiam juntar outros interessados, mas com uma condição: os três consórcios tinham de abdicar do direito de contestar judicialmente aquele primeiro processo. O novo procedimento empurrava a entrega de propostas formais para esta quinta-feira, 20 de Setembro, de modo a poder ser tomada uma decisão dia 28.

 

Só que, entretanto, dois consórcios abandonaram a corrida: o que juntava a Portugália à Oakvest e Sabina Estates e o que agregava Louis-Albert de Broglie e a Global Asset Capital Europe. Ficou o que junta a Amorim Luxury, Port Noir e Vangard Properties. Queixaram-se de falta de transparência e não abdicaram da possibilidade de contestação judicial.

 

O que está à venda

À venda estão os dois principais activos imobiliários na Herdade da Comporta. A avaliação dos dois activos imobiliários ascende a 202 milhões de euros, 68 milhões para o localizado em Grândola, que carece de desenvolvimento das infra-estruturas e que tem licenças caducadas, e a maioria do valor para o terreno de Alcácer do Sal, este já com infra-estruturas montadas e com licenças prolongadas. As propostas no anterior processo ficaram aquém dos 160 milhões de euros. 

 

E há uma dívida de mais de 120 milhões de euros a saldar perante a Caixa Geral de Depósitos por parte do fundo imobiliário. Assim, o sucesso da oferta terá sempre de envolver as negociações com o banco público.

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