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Casinos negoceiam “resgate” com Governo para "repor a solvabilidade"
Em cima da mesa estão “soluções que permitam resgatar as empresas concessionárias de jogo e repor a solvabilidade do setor", de acordo com o grupo Estoril-Sol. Em 2020, as receitas com os casinos caíram 50%.
O grupo Estoril-Sol adianta que estão a decorrer "negociações" entre o Governo e a Associação Portuguesa de Casinos (APC) com o objetivo de encontrar "soluções que permitam resgatar as empresas concessionárias de jogo e repor a solvabilidade do setor" após "prejuízos de exploração sem precedentes" devido à pandemia.
A novidade é adiantada pela empresa que controla os casinos de Lisboa e do Estoril no seu relatório e contas (R&C) de 2020, citado pelo Público esta segunda-feira, 3 de maio, em que refere que até já há um acordo alcançado "na generalidade", pelo que espera que "um resultado final possa ser ultimado" brevemente.
No ano passado, em que os estabelecimentos físicos deste setor foram obrigados a fechar portas entre março e junho – e depois reabriram com horários limitados –, as receitas dos concessionários com os casinos caíram 50% em termos homólogos, para 159,7 milhões de euros. Já o jogo online disparou 57%, totalizando 336,3 milhões de euros em 2020.
E a situação não melhorou no primeiro trimestre de 2021, que ficou marcado pelo encerramento obrigatório dos dez casinos de Portugal continental, a partir de 15 de janeiro. Somando a faturação dos 14 dias em que estiveram a funcionar à global da Madeira, que se manteve em funcionamento a sala de máquinas durante parte do dia, o setor fechou os primeiros três meses deste ano com receitas brutas de 5,56 milhões de euros, contra 61,3 milhões de há um ano e 75 milhões no primeiro trimestre de 2019.