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Atividade turística acelera em novembro à boleia das dormidas de estrangeiros

Os números de hóspedes e de dormidas mais do que triplicaram face a 2020, mas continuam aquém dos níveis da era pré-pandemia, revelam estatísticas publicadas pelo INE.

A maioria dos hoteleiros só espera voltar aos níveis de 2019 a partir de 2023.
GettyImages
03 de Janeiro de 2022 às 11:29
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O turismo continua a recuperar, com os números de hóspedes e de dormidas a mais do que triplicarem em novembro face ao período homólogo do ano passado, mas a ficarem ainda aquém da era pré-pandemia, revelam dados publicados, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, o setor do alojamento turístico registou 1,5 milhões de hóspedes (+ 265,5%) e 3,6 milhões de dormidas (+287,7%) em novembro, o que, face a igual mês de 2019, representam quebras de 17% e de 12,4%, respetivamente.

As dormidas na hotelaria (que representam 82% do total) quadruplicaram (+309,6% em termos anuais homólogos), mas mesmo assim ficaram abaixo dos níveis de 2019 (-13,8%), à semelhança do que se verificou também nos estabelecimentos de alojamento local, com um peso de 14,8%, embora o número de dormidas se tenha multiplicado por três (+215,2%).

Em sentido inverso, as dormidas em espaço de turismo no espaço rural e de habitação, com uma fatia de 3,2% do total, não só quase triplicaram em novembro face a 2020 (+197%) como ficaram 33,6% acima do registado em novembro de 2019.

Os mesmos dados revelam, porém, que 33,8% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes.

Estrangeiros alavancam números

Se bem que o número de dormidas por parte de residentes em Portugal mais do duplicou em novembro em termos anuais homólogos para 1,3 milhões (ainda assim menos 3,4% do que em 2019), os mercados externos continuam a vingar como o principal motor da recuperação turística, com um peso de 64,5%. Ao todo, em novembro, as dormidas de estrangeiros mais do que quintuplicaram (+486%) para 2,3 milhões, o que, face a igual mês de 2019, ainda reflete uma descida de 16,6%, indica o INE.

As subidas foram em toda a linha no cômputo dos 17 principais mercados emissores, com destaque para o alemão (com uma quota de 15,3% do total de dormidas de não residentes), britânico (14,1%), francês (10,2%) e espanhol (10%).

Em termos de distribuição geográfica, também houve aumentos das dormidas em todas as regiões do país em novembro, mês em que a estada média também subiu para 2,45 noites. A Área Metropolitana de Lisboa concentrou 31,4% das dormidas, seguida do Algarve (18,5%), Norte (17,6%) e da Região Autónoma da Madeira (14,4%).

Já no cômputo dos primeiros 11 meses de 2021, os dados do INE mostram um aumento de 40,4% nas dormidas, com subidas anuais homólogas de dois dígitos tanto no caso dos residentes como dos estrangeiros.

Ainda assim, os níveis representam quase metade (-47,7%) do registado em 2019, sendo a distância mais acentuada no caso dos estrangeiros já que as dormidas estão mais de 63% abaixo da era pré-pandemia, de acordo com o INE.

Tanto que, entre janeiro e novembro, as dormidas de residentes pesaram 50,7% no total, significativamente acima da quota verificada em 2019 (29,8% do total).




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