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Apesar das diculdades que se avizinham, agências de viagens estão optimistas para 2025

O presidente da associação que representa as agências de viagens alerta para alguns desafios que o setor vai enfrentar, nomeadamente com a introdução da inteligência artificial. E destacou o reforço "das movimentações das companhias aéreas em direção às agências de viagens" na promoção de destinos, como os EUA.

D.R.
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Apesar de algumas dificuldades que se avizinham, como a inteligência artificial e novos modelos de negócios, as agências de viagens estão otimistas com o futuro. A mensagem foi deixada por Pedro Costa Ferreira no encerramento do congresso da associação que representa o setor (APAVT), que decorreu em Huelva, Espanha, por Pedro Costa Ferrei

"Por um lado, teremos inimagináveis alterações provenientes da introdução metódica dos processos de inteligência artificial", apontou o presidente da associação, alertando que se trata de "uma jornada que terá de incluir todos, desde as maiores empresas, às estruturas familiares". Por outro lado,  continuou Pedro Costa Ferreira, "a evidência de que, ganha a batalha tecnológica, todos terão mais tempo para a interação com o cliente, interação que, de resto, desde 1840, é a grande arma das agências de viagens portuguesas, o que parecem ser ótimas notícias".

O presidente da APAVT reforçou ainda que no âmbito da inteligência artificial "a eficiência será importante, mas não diferenciadora. Teremos de nos preocupar em novos produtos e serviços, por um lado,  e novos modelos de negócio, por outro".

Nesse sentido, assegura que estão focados nas próximas etapas, em que a APAVT colaborará de forma vigorosa, através de ações de formação.  Estamos também cientes das preocupações, das dúvidas, e certamente das dificuldades que se avizinham, mas mantemo-nos otimistas, convictos do sucesso que, como sempre, o sector vai alcançar, também neste processo, o sucesso a que a todos tem habituado", sustentou.

Quanto à introdução de novos parâmetros de relacionamento com as companhias aéreas, assegura que não será diferente. "Dificuldades avizinham-se, algumas diretamente relacionadas com maiores custos de emissão e menores níveis de remuneração, mas também aqui, apenas esperamos que as companhias aéreas, uma e uma vez mais, entendam que estão certamente vocacionadas para transportar, por via aérea, melhor do que ninguém, os passageiros, mas que continuarão a depender, e sobretudo a beneficiar, da atividade das agências de viagens, para atrair, com maior efetividade e menores custos, os passageiros para dentro dos aviões", defendeu o responsável.

Pedro Costa Ferreira deu ainda o exemplo de mercados mais desenvolvidos, como o norte-americano, em que "as principais novidades neste contexto, são movimentações das companhias aéreas em direção às agências de viagens, provando o que para nós foi sempre óbvio: a posição de charneira absolutamente indispensável, que é desenvolvida pelo sector das agências de viagens". "Apetece-me dizer que, progressivamente, o mundo está a ficar tão moderno, que está outra vez completamente dependente das agências de viagens", concluiu.

Sobre a TAP, defendeu que "quase todos discutem, sem conhecimento de causa e sem qualquer lógica de raciocínio, os próximos passos de uma privatização anunciada. Como se a tarefa de recuperação da companhia aérea fosse fácil ou estivesse simplesmente acabada", apontou. 

"Nós, reconhecendo que as incertezas do mercado certamente marcarão dificuldades acrescidas nos próximos tempos, estamos mais focados em manter a proximidade entre o sector e a TAP, dando continuidade à boa relação existente, oportunidade à adaptação das agências de viagens aos novos processos de distribuição, e finalmente estabilidade aos processos de recuperação da companhia aérea", referiu.



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