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Agências de viagens já usaram metade dos apoios públicos para reembolsos
O Banco Português de Fomento já aprovou operações de cerca de 50 milhões de euros, distribuídos por 40 empresas. A linha de crédito de apoio à tesouraria foi lançada em fevereiro com uma dotação de 100 milhões de euros.
Cerca de 50 milhões de euros da linha de crédito de apoio à tesouraria lançada a 23 de fevereiro por causa da pandemia já foram utilizados por 40 agências de viagens e operadores de turismo.
Segundo os dados fornecidos pelo Banco Português de Fomento, citados pelo Público esta segunda-feira, 17 de maio, as aprovações em menos de três meses consumiram metade dos apoios de 100 milhões de euros para o reembolso de viagens canceladas devido à covid-19.
As garantias estatais cobrem 90% do empréstimo através dos bancos e o prazo máximo das operações é de seis anos, com um período de carência de 24 meses. Os valores não podem exceder "o dobro da massa salarial" da empresa ou 25% do volume de negócios registado em 2019. A taxa de juro pode ser fixa ou variável e os "spreads" vão de 1,25% a 1,85%, conforme o prazo do empréstimo.
Mais de 75% do valor de financiamento foi solicitado na região Norte, seguindo-se nesta lista a área da Grande Lisboa. O jornal compara estas quatro dezenas de empresas apoiadas com as 656 agências de viagens que recorreram à primeira fase da linha de apoio às micro e pequenas empresas do turismo.
Já em março deste ano, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira anunciou que, além de uma linha de crédito para micro e pequenas empresas no montante de 120 milhões de euros, uma outra linha de 300 milhões para as médias e grandes empresas do turismo, sendo 20% do valor concedido a fundo perdido.