Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Uber só vai aceitar carros elétricos a partir de 16 de julho

Nos distritos de Braga, Porto, Lisboa e Faro, os novos veículos adicionados à plataforma para os principais serviços não podem ser movidos a gasóleo ou gasolina. Substituições e serviços de luxo e de grupos ficam de fora.

Lusa
02 de Julho de 2020 às 11:26
  • ...

A partir de 16 de julho, os veículos que queiram aderir à plataforma Uber têm de ser elétricos. Esta nova exigência para o principal serviço (UberX) e também no "comfort" (carros mais espaçosos) é válida para a circulação nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e nos distritos de Braga e de Faro.

 

Nas maiores cidades do país, só os Uber Black (luxo) ou UberXL (carrinhas para grupos até seis pessoas) vão poder incluir novos carros a gasóleo ou gasolina. Outra exceção abrange os atuais parceiros, que podem continuar a adicionar veículos não elétricos se for para substituir outro já registado na plataforma.

 

A empresa de mobilidade partilhada, que desde 2016 tem um serviço (Green) que permite o pedido de um carro elétrico, iniciou em setembro do ano passado uma parceria com a start-up portuguesa PowerDot para que os seus motoristas tenham acesso exclusivo aos "hubs" de carregamento elétrico a "preços competitivos".

 

Durante o mês de julho, a PowerDot vai expandir esta rede com dois novos lançamentos em parceria com a Uber – em Lisboa (Entrecampos) e no Porto (Bessa) –, atingindo assim um total de seis "hubs" de energia em todo o país, com 14 pontos de carregamento que vão permitir mais de mil carregamentos diários.

Manuel Pina, diretor-geral da Uber em Portugal reconhece que "a eletrificação do setor dos transportes tem ainda obstáculos estruturais pela frente, como o desenvolvimento da infraestrutura de carregamento ou a oferta acessível de veículos eléctricos, pelo que esta transição terá sempre de ser gradual".

  

Sabemos o que temos pela frente, mas esperamos que iniciativas como esta possam ajudar a mobilizar parceiros privados e autoridades públicas. Manuel Pina, diretor-geral da Uber em Portugal

O carregamento de veículos elétricos em postos de carregamento normal (PCN) de acesso público começou a ser pago esta quarta-feira, 1 de julho. Os postos de carregamento rápido, bem como os carregadores localizados em espaços privados, já tinham iniciado a cobrança deste serviço, respetivamente, em novembro de 2018 e abril de 2019.

"A forma como a Uber encara este desafio é ambiciosa mas realista: sabemos o que temos pela frente, mas esperamos que iniciativas como esta possam ajudar a mobilizar parceiros privados e autoridades públicas. (…) Queremos estar neste novo normal com condições melhores do que quando entrámos e a mobilidade elétrica é um dos pilares dessa estratégia", sublinha Manuel Pina, citado numa nota de imprensa.

O impacto da pandemia de covid-19 levou a multinacional da área da mobilidade a avançar com despedimentos em vários países. Em Portugal, a empresa avançou com um plano para despedir cerca de 30% dos 500 trabalhadores do Centro de Excelência instalado em Lisboa desde 2017, que presta apoio às operações da Uber na Europa. 

Motoristas com compras e comida paga ao dia

No final de março, a Uber anunciou que ia reforçar a capacidade logística dos retalhistas e empresas de bens de consumo com um novo serviço "drop-off", pondo os motoristas da plataforma a entregar também as compras. Por outro lado, para facilitar a gestão de tesouraria dos mais de 3.000 restaurantes presentes na Uber Eats, 70% dos quais são independentes, passou a disponibilizar a opção de transferência diária dos valores faturados através da aplicação (dias úteis), em vez da cadência normal de uma vez por semana.

Ver comentários
Saber mais transportes mobilidade uber carros elétricos Braga Porto Lisboa Faro manuel pina PowerDot energia
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio