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Taxistas desmobilizam a troco de novos protestos na segunda-feira
A reunião entre o Governo e os taxistas terminou sem consenso. Os taxistas prometiam não desmobilizar, mas, por volta das 2:00 aceitaram fazê-lo, após a promessa de nova manifestação na próxima segunda-feira. Acompanhe aqui ao minuto.
Taxistas desmobilizam em Lisboa a troco de novos protestos na segunda-feira
O presidente da ANTRAL, Florêncio Almeida, recomendou a desmobilização esta madrugada e convocou novo protesto para segunda-feira, junto ao Palácio de Belém e às câmaras do Porto e de Faro.
Cerca das 02:20, Florêncio Almeida, da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), alertou o taxistas que ainda permaneciam no protesto na rotunda do Relógio, junto ao aeroporto de Lisboa, de que a PSP o avisou de que iria começar a bloquear e a rebocar as viaturas que ali se mantivessem.
Após este aviso, e depois de explicar que o bloqueamento e que o reboque teria custos legais, bem como uma comparência em tribunal ainda hoje, Florêncio Almeida aconselhou os taxistas a mudarem o protesto para a próxima segunda-feira, a partir das 08:00.
O presidente da Federação dos Táxis, Carlos Ramos, afirmou que há mais dias para além de hoje, sublinhando que era preciso as pessoas perceberem que "vai ser possível envolver" um partido político (que já se disponibilizou), bem como o Presidente da República e as autarquias, defendendo uma "discussão aprofundada" sobre o assunto, porque estão a "lutar contra um gigante".
Em declarações à Lusa no final do protesto, Florêncio Almeida fez um balanço "bastante positivo" desta concentração, sublinhando que o protesto na próxima segunda-feira visa envolver o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que também tem "uma palavra a dizer".
Polícia permanece no local enquanto protesto espera chegada de dirigente da ANTRAL
O protesto dos taxistas prossegue ao início da madrugada de hoje na rotunda do Relógio, em Lisboa, estando o ambiente aparentemente calmo, apesar do forte contingente policial que permanece no local.
Cerca das 00:45, os taxistas aguardavam a chegada do presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida, que participou na segunda-feira à noite no programa Prós e Contras, na RTP, onde o asssunto foi debatido, entre outros com um representante do Governo.
Bloqueio continua pela noite dentro
Apesar do ministro considerar que o protesto não está a respeitar o plano anunciado, os taxistas não arredam pé da Rotunda do Relógio. A ordem é para "ninguém sair daqui. Não estamos por vontade própria", disse um dos taxistas, acusando o secretário de Estado Jose Mendes de ter "uma fobia pelos táxis".
"A nossa greve tem uma data de início mas não tem data de fim. Os carros não vão sair daqui", afirmou outro taxista à estação de televisão, que estima que na primeira hora de terça-feira estejam 500 a 600 táxis parados no local onde estarão presentes já perto de uma centena de polícias.
Taxistas assistem ao Prós e Contras na Rotunda do Relógio
O protesto dos taxistas prossegue esta noite na rotunda do Relógio, em Lisboa, junto ao aeroporto, enquanto assistem, num projetor improvisado, ao programa Prós e Contras, da RTP, depois de assistirem ao jogo de futebol da seleção nacional.
As declarações proferidas pelos dois representantes dos taxistas presentes no programa, já suscitaram aplausos por parte dos manifestantes, nomeadamente quando afirmaram que vão permanecer no local até que o Governo proíba "os "ilegais". Na rotunda do Relógio, dezenas de táxis permanecem parados, condicionando o acesso ao aeroporto de Lisboa vigiados por um forte contingente policial.
Protesto "parece ser ilegítimo", diz ministro
O ministro do Ambiente, que tutela os transportes urbanos, afirmou hoje à noite que o protesto dos taxistas "parece ser ilegítimo", por não respeitar o plano anunciado, e que se tornou num "problema de ordem pública".
Em entrevista à SIC, pouco depois das 20:00 - hora em que as viaturas dos manifestantes continuavam a ocupar as imediações do aeroporto de Lisboa -, João Matos Fernandes disse que apenas viu as imagens dos confrontos ocorridos hoje junto ao aeroporto de Lisboa depois da reunião com os representantes dos taxistas e lamentou que o setor não reconheça que há um processo de diálogo "sempre aberto".
Para o governante, o protesto "já não é só injusto, como parece ser ilegítimo, a partir do momento em que não foi cumprido [o percurso], ultrapassou largamente as horas em que era suposto que acontecesse".
Questionado sobre quem dará ordem de desmobilização da iniciativa, João Matos Fernandes respondeu: "Quem dará essa ordem, e eventualmente já a terá dado, é a minha colega da Administração Interna. Este é neste momento um problema de ordem pública que está, e muito bem, nas mãos dela".
Facturas de táxi também podem abater no IRS
Além das despesas com bilhetes ou passes de autocarro, comboio ou metro, cuja dedução no IRS está a ser estudada pelo Executivo, também os recibos dos táxis podem ser elegíveis, avança o Público, que já esta manhã referia que o Governo estava a equacionar a elegibilidade de despesas com os passes de autocarro, de comboio ou de metro para a concessão de incentivos fiscais aos contribuintes.
PSP fala de "ilícito" e diz que todos os cenários estão sobre a mesa
O comissário Sérgio Soares da PSP disse ao Expresso e à SIC que as autoridades policiais consideram haver um "ilícito" na situação de bloqueio de trânsito pelos taxistas na zona do aeroporto de Lisboa e estão em diálogo com dois representantes das associações do sector para negociar a retirada das viaturas.
"Deixou de ser uma manifestação uma vez que os organizadores pararam o desfile e o cortejo e para nós neste momento é considerado um bloqueio", afirmou o responsável, que acrescentou que além da via negocial para a retirada voluntária das viaturas estão "todos os cenários estão em cima da mesa".
"Está a haver aqui um ilícito neste momento que é o bloqueio de uma via de transito rodoviário," concretizou o comissário.
Líder do CDS defende "solução rápida e equilibrada"
A presidente centrista, Assunção Cristas, defende a existência de uma "solução rápida e equilibrada" na regulação da atividade das plataformas de transportes como a Uber e a Cabify que permitam que os clientes escolham as propostas que "mais lhe convêm" mas com relações comerciais leais, transparentes e no âmbito da concorrência.
Falando no final da inauguração da nova sede da UGT, em Lisboa, Cristas lamentou ainda as situações de violência que ocorreram na manifestação dos taxistas e frisou que o CDS tem defendido regulamentação que permita a coexistência de todas as soluções de transporte.
Marcelo: Balanço global "positivo", apesar de "episódio menos feliz"
O Presidente da República considerou que o balanço global da manifestação dos taxistas é até agora positivo, sublinhando que, tirando um episódio, foi pacífica e possibilitou o contacto com os vários órgãos do poder político.
Notando que a circulação na cidade de Lisboa se está a fazer normalmente, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu que existiu um "episódio menos feliz", mas insistiu que se tratou de "um episódio num quadro geral", avança a Lusa.
PSP diz que manifestação de taxistas é agora um "bloqueio"
De acordo com o que disse ao jornal Público um porta-voz da Direcção Nacional da PSP, Hugo Palma, a polícia está a equacionar usar os reboques que tem no local para retirar dezenas de viaturas de táxi junto à Rotunda do Relógio e ao aeroporto de Lisboa.
"Para a PSP esta manifestação já não é uma manifestação, passou a ser um bloqueio. E não sendo o que foi comunicado inicialmente poderá haver aqui questões legais a analisar", afirmou ao Público.
Libertados dois dos três detidos
Dois dos três homens que tinham sido detidos esta segunda-feira pela PSP durante o protesto de taxistas, na zona do aeroporto de Lisboa, já foram libertados. Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, serão julgados em processo sumário. Esta terça-feira o terceiro detido vai ser presente ao Ministério Público.
"Dois dos indivíduos detidos foram presentes ao Ministério Público (MP) e libertados após terem sido notificados para comparecerem em tribunal a fim de serem julgados em processo sumário, respectivamente nos dias 20 e 27 de Outubro, ambos indiciados pela prática do crime de dano qualificado e um deles indiciado ainda pela prática dos crimes de detenção de arma proibida e ofensa à integridade física qualificada", lê-se num comunicado divulgado à tarde no 'site' da PGDL.
Um dos detidos terá arremessado objectos contra um carro da polícia e outro terá lançado um artefacto pirotécnico contra os agentes. O terceiro homem, taxista, foi detido por vandalismo a um carro da Uber.
Homem cai de viaduto no local dos protestos
O protesto dos taxistas ficou marcado por mais um incidente. Desta vez, um homem caiu do viaduto por cima da Rotunda do Relógio, minutos depois de se ter pendurado no varão de protecção da estrada. O homem, que não é taxista, já foi socorrido pelo INEM, desconhecendo-se o seu estado de saúde.
O episódio levou os taxistas a avançar novamente nas críticas contra a polícia, por alegada falta de acção perante o homem que se encontrava pendurado.
Polícia ameaça retirar táxis da Rotunda do Relógio
Há outro foco que pode ser problemático neste dia de protestos. Na referida rotunda encontram-se reboques, prontos para retirar as viaturas de táxis paradas.
A polícia já deu indicações para que alguns carros sejam retirados voluntariamente para permitir o normal funcionamento do trânsito do local.
4.000 táxis em Lisboa
As contas foram feitas pela Federação Portuguesa do Táxi: estão presentes na manifestação do sector em Lisboa quatro mil carros, abaixo dos seis mil previstos inicialmente pela organização do protesto. Além da capital, também no Porto e em Faro são poucos os taxistas que estão a trabalhar.
Na Rotunda do Relógio, transformada no centro dos protestos após confrontos entre taxistas e polícias, há uma carrinha de caixa aberta transformada em palco improvisado e onde, durante a noite, será servida sopa aos taxistas que se mantêm no local.
Em dia de protesto de taxistas contra as plataformas de transporte, a Uber transformou-se na aplicação com mais "downloads" na App Store.
#taxipocalipse é tendência nas redes sociais
Se na Rotunda do Relógio, mesmo com a continuação do protesto, o clima é de desapontamento pela falta de acordo com o Governo, no Twitter a acção dos taxistas está a ser aproveitado para a produção de conteúdos humorísticos. Há uma "hashtag" que entra nas tendências do dia: #taxipocalipse
PCP: "Estamos a enfrentar um problema que devia ser evitado"
O deputado do PCP, Bruno Dias, está junto dos taxistas na Rotunda do Relógio em Lisboa. "Esta situação está a demorar demasiado tempo. E a responsabilidade não é seguramente do sector do táxi", afirmou sobre o processo de regulação das plataformas de transporte Uber e Cabify. E acrescentou: "Estamos a enfrentar um problema que devia ser evitado".
Taxistas montam tendas na Rotunda do Relógio
Não há acordo com o Governo. Os taxistas vão continuar em protesto na Rotunda do Relógio, junto à entrada do aeroporto, por não terem ouvido as suas exigências.
"Vamos ficar hoje e amanhã se for preciso. Vamos montar umas tendas", afirmou o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos.
Os taxistas admitem só parar o protesto quando forem ouvidas as suas "preocupações fundamentais: o contingente e a paragem dos ilegais". "Enquanto não houver essa resposta, não saímos daqui", reforçou.
Isto depois de o Governo ter acordado a criação de um mecanismo de transição para que os carros de táxi se possam descaracterizar sem perder a licença.
"Não vamos sair daqui. Onde estão os carros é onde vamos ficar", confirmou Florêncio Almeida. Questionado sobre um eventual reboque dos carros, o líder da ANTRAL reagiu: "se calhar têm de nos levar também à frente".
"Ficamos, ficamos e ficamos"
É a garantia dada pela Federação Portuguesa do Táxi na sua página de Facebook, depois da reunião inconclusiva dos motoristas de táxi com o Governo: o protesto junto ao aeroporto de Lisboa é para continuar. "Ficamos, ficamos, ficamos", lê-se na publicação da federação naquela rede social.
Governo aceita descaracterização de táxis sem perder licença
O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, anunciou que o Governo irá criar um "instrumento de transição" para que os táxis possam ser descaracterizados "sem perder a licença".
A medida chegou depois de uma reunião que disse ser "muito produtiva" com os representantes do sector do táxi, a ANTRAL e a Federação Portuguesa do Táxi, em dia de protesto.A proposta prevê que, no caso de os taxistas quererem a descaracterização, o prazo de 60 dias para a perda da licença seja alargado até "um ou dois anos".
A avançar, ao abrigo do novo enquadramento para as plataformas de transporte, a descaracterização permitirá aos táxis já existentes deixarem de ter identificação e trabalhar debaixo das plataformas. Como tinha avançado o Negócios, os taxistas já tinham sugerido que mil táxis em Lisboa fossem descaracterizados, passando a cumprir as exigências das plataformas.
"Há uma divergência que é a vontade dos senhores taxistas de criar um contingente para uma actividade económica que não pode ser contingentada", afirmou o ministro. Esta era uma das principais reivindicações do sector: a criação de um contingente para a Uber e Cabify.
Matos Fernandes lembrou que o Governo não está contra os taxistas. "Nada, mas mesmo nada, nos move contra a actividade do táxi que existe. São uma actividade fundamental para a mobilidade nas cidades", lembrou.
Taxistas não desmobilizam depois de falta de acordo com o Governo
As associações dos motoristas de táxis e o Governo não chegaram a acordo depois da reunião de emergência no Ministério do Ambiente. Os taxistas, que tiveram a garantia de que podem descaracterizar as suas viaturas sem perda da licença de táxi, dizem que não vão parar com o protesto.
Reunião dos taxistas com o Governo já terminou
Os representantes das associações de taxistas saíram esta tarde, cerca das 15:30, do Ministério do Ambiente, depois da reunião com o ministro João Pedro Matos Fernandes desde o final da manhã.
Florêncio Almeida, da ANTRAL, e Carlos Ramos, da Federação Portuguesa do Táxi, dirigiram-se para a Rotunda do Relógio, nas proximidades do aeroporto de Lisboa, onde se concentram muitas centenas de taxistas em protesto. À saída do Ministério, os dirigentes associativos não fizeram qualquer declaração.
Metro reforça oferta
O Metro de Lisboa registou um "aumento da procura" devido à manifestação dos taxistas. Por isso mesmo, a empresa optou por reforçar a oferta. Já os autocarros da Carris verificaram perturbações nas carreiras que passavam pela zona onde arrancou o protesto. Nas restantes zonas da cidade, o transporte foi "efectuado com normalidade".
Acalmia na rotunda do relógio
A calma parece ter regressado à Rotunda do Relógio, onde se mantêm taxistas e o dispositivo policial. A circulação na Avenida Almirante Gago Coutinho está fechada. Os responsáveis das associações do sector do táxi estão numa "reunião urgente" no Ministério do Ambiente.
PSP confirma três detidos na manifestação dos taxistas
A PSP deteve três pessoas que participavam esta segunda-feira na manifestação dos taxistas na zona do aeroporto de Lisboa, disse à agência Lusa fonte oficial da PSP.
Segundo a PSP, duas pessoas foram detidas na sequência dos incidentes junto à Rotunda do Relógio e a outra junto ao aeroporto de Lisboa, onde os taxistas estão agora concentrados.
Em relação aos detidos na Rotunda do Relógio, a fonte oficial adiantou que uma pessoa foi detida por ter arremessado alguns objectos contra um carro da polícia e a outra por ter lançado um artefacto pirotécnico contra os agentes.
Cabify
Em entrevista à TVI24, o director-geral da Cabify em Portugal, Nuno Santos, admitiu que gostaria de ter tido uma participação maior no momento de regular a actividade das plataformas de transporte. "Gostaríamos de ter tido mais oportunidades", afirmou, reconhecendo contudo que "este caminho legislativo é necessário".
A PSP confirmou que foram detidos dois taxistas na sequência dos protestos.O protesto dos taxistas em Lisboa está a ser o assunto mais comentado do dia no Twitter. Contudo, é a Uber que ganha destaque nas menções naquela rede social.
Taxistas “adiam” protesto pela defesa da água pública
A manifestação dos taxistas levou ao cancelamento de outro protesto, "em defesa da água pública e contra a privatização", que estava previsto para esta segunda-feira, 10 de Outubro, em Lisboa.
A acção promovida por um movimento que inclui dez entidades – entre as quais a Associação Água Pública, a CGTP, a Confederação Nacional da Agricultura e a FENPROF – iria concentrar-se na escadaria em frente ao Parlamento.
Os organizadores expressam "desagrado pela forma como se procurou usar esta acção para tentar condicionar ou limitar o legítimo exercício de direitos por parte de outras organizações", frisando que ela seria realizada apenas da parte da manhã e não envolveria corte de trânsito.
Associações de taxistas vão ao Ministério do Ambiente
Os líderes da Federação Portuguesa do Táxi e da ANTRAL, que representam os taxistas portugueses, vão ser recebidos esta tarde numa "reunião de emergência" no Ministério do Ambiente.
Antes disso, Florêncio Almeida, presidente da ANTRAL, dizia que não queria conversar com representantes do Ministério do Ambiente por terem-no chamado de "ladrão". "Do Ministério do Ambiente não vale a pena. Eles fazem parte do problema e não da solução", posicionou.
O ministro João Matos Fernandes já tinha dito que recusa suspender a actividade da Uber e Cabify em Portugal e que não recuará no processo de enquadramento destas plataformas.
“Não houve porrada nenhuma”
O presidente da ANTRAL, Florêncio Almeida, nega que tenham existido situações de violência neste protesto dos taxistas. "Não houve porrada nenhuma. Foi a polícia que não nos deixou manifestar livremente", afirmou.
O representante dos taxistas lembra que os taxistas não vão sair da Rotunda do Relógio enquanto o "Governo não mandar alguém ou nos receba". Florêncio Almeida resume: "somos pessoas de bem. A polícia é que provocou".
Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa do Táxi, está a mobilizar alguns colegas para a zona das partidas do aeroporto para "obrigar a polícia a agir".
“Não vamos sair daqui”
Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa de Táxi, confirma que a rotunda de entrada no aeroporto passa a ser o novo centro de protesto, uma vez que "a polícia provocou a situação". "Não saímos daqui enquanto não vier aqui alguém do Governo ou da Presidência da República", reforçou.
Taxistas mudam centro do protesto para rotunda do aeroporto
Os ânimos continuam exaltados junto à Rotunda do Relógio, à entrada do aeroporto, com taxistas nas ruas. Os taxistas já não irão à Assembleia da República, mudando o centro do protesto. A acção da polícia é criticada.
"Vamos ficar aqui por tempo indeterminado", confirmou Florêncio de Almeida, presidente da ANTRAL. E acrescentou: "exigimos que venha alguém aqui [do Governo] falar connosco". "Não saímos, não saímos", ouve-se a multidão a gritar.
Florêncio de Almeida diz que não quer representantes do Ministério do Ambiente por terem-no chamado de "ladrão". "Do Ministério do Ambiente não vale a pena. Eles fazem parte do problema e não da solução", posicionou.
Confrontos no aeroporto
Está lançada a confusão junto ao aeroporto, tendo-se já registado situações de violência. A polícia teve de intervir, disparando inclusive uma bala de borracha e gás. A situação ocorreu após os taxistas terem tentado cortar a estrada, em direcção à Rotunda do Relógio, não seguindo a indicação da PSP. Polícias e taxistas estão frente a frente. Ouvem-se gritos de protesto.
Acompanhe o protesto através do Twitter da PSP
É possível acompanhar o desenvolvimento do protesto dos taxistas através do Twitter da PSP. Há indicações sobre os locais da cidade onde se encontram os táxis bem como conselhos – inclusive em inglês – para quem se procura deslocar em Lisboa nesta segunda-feira, 10 de Outubro.
Metro and train are the best options today in Lisbon due to the taxi strike. For any emergency call 112.
— Polícia Portuguesa (@DNPSP) October 10, 2016
Aplicação Uber
Quem procura aceder à aplicação Uber, recebe o aviso que há protesto de taxistas em Lisboa
Governo admite alterar regras da Uber e Cabify
Em entrevista à TSF, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, admitiu mudar as regras previstas para as aplicações de transporte Uber e Cabify e rejeitou suspender os serviços das mesmas.
"O diploma foi uma proposta que foi para consulta às entidades, já recebemos os pareceres, vamos olhar para essas opiniões e, com base nisso, colocaremos o diploma em circuito legislativo", afirmou.
Na mesma entrevista, João Matos Fernandes confirmou que as tarifas dos transportes colectivos não vão aumentar em 2017, isto depois de o jornal Público ter noticiado que o Governo está a preparar incentivos fiscais para quem utilizar os transportes públicos.
António Costa
O primeiro-ministro defendeu que o Governo está a regular a actividade de transportes de passageiros para evitar a concorrência desleal aos taxistas. António Costa afastou, contudo, a hipótese de limitar o número de licenças a outros operadores. "O que espero é que os protestos decorram todos com total normalidade e serenidade", afirmou na China.
Santa Apolónia
Em Santa Apolónia, uma zona por onde não passa a manifestação mas onde se encontram comboios, metro e autocarros na capital, o dia parece normal. Os autocarros indicam os destinos habituais, idem para o quadro das paragens dos comboios. O metro parece ser o mais diferente. Ainda não foi dado um aviso de que a circulação está com perturbações, que tem sido habitual nos últimos meses, e na linha azul o intervalo para a saída de dois metros foi mais reduzido do que o normal.
"Se isto continuar assim pelo caminho, vai dar trolha"
O presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, teve de intervir para evitar mais desacatos junto a uma bomba de gasolina no aeroporto, onde os taxistas dizem que há condutores da Uber a "provocá-los". A acção da polícia é criticada e Carlos Ramos não descarta que possam existir situações agressivas pelo caminho até à Assembleia da República. "O senhor intendente tinha-nos garantido que evitavam a provocação. Se isto continuar assim pelo caminho, vai dar trolha", afirmou.
STAL adia protesto devido a manifestação de taxistas em Lisboa
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) adiou um protesto contra a privatização das águas que tinha programado para a Assembleia da Republica, em Lisboa, devido à manifestação de taxistas que decorre na capital.
José Correia, presidente do STAL, disse à agência Lusa que "o adiamento não decorreu por vontade do sindicato, mas por indicações de segurança da PSP", e será reagendado para data a determinar.
Tensão junto ao aeroporto
No aeroporto de Lisboa há um foco de contestação mais forte. Junto a uma bomba de gasolina, há um veículo que os taxistas dizem ser da Uber e acreditam que a aplicação tem utilizado aquele local para apanhar passageiros e contornar o protesto. Há gritos e já foram atirados ovos para um carro que se encontra rodeado por polícia e sem motorista, que os taxistas dizem ter medo de ser identificado por estar em "situação ilegal". Os taxistas pedem que a polícia identifique o eventual condutor da Uber. "Anda cá fora", ouve-se. O acesso ao aeroporto está entupido.
Parlamento Europeu vota regime de táxis mais simples
O Parlamento Europeu vai votar esta terça-feira, 11 de Outubro, um relatório de simplificação dos regimes de táxis, procurando uma "harmonização das regras de acesso às profissões". O processo é liderado pela eurodeputada portuguesa do PSD, Cláudia Monteiro de Aguiar.
"É urgente que se pense em diminuir a carga burocrática e exigências que recaem sobre os taxistas e/ou encontrar uma solução para o negócio em que se transformaram os alvarás", lamentou em comunicado no dia em que os taxistas portugueses se manifestam em Lisboa contra as plataformas Uber e Cabify.
Aeroporto de Lisboa
No aeroporto de Lisboa não é possível apanhar táxis. A única alternativa são os transportes públicos. O protesto dos taxistas já partiu do Parque das Nações e dirige-se para o aeroporto, onde há reforço policial para evitar maiores transportes para quem procura viajar. Já a ANA Aeroportos, que gere a infra-estrura, tinha sugerido a utilização do Metro de Lisboa como primeira opção neste dia.
Em entrevista à SIC, o director-geral da Uber em Portugal, Rui Bento, diz entender que os motivos para o protesto dos taxistas. "Entendo, claro. E respeito", afirmou. O responsável lembra que "é importante que se discuta com clareza, com espírito construtivo".
Sardinha em lata no Metro
Os lisboetas estão a seguir as recomendações da PSP, privilegiando o Metro para se deslocarem na cidade. Pelas 9:00, no Campo Grande, as carruagens seguem sobrelotadas e não é fácil apanhar o Metro à primeira. Apesar de ser já previsível este fluxo anormal de passageiros, a frequência de passagem dos comboios é a mesma, ou seja, baixa. Pela mesma altura o trânsito nesta zona da cidade é (para já) igual ao de outros dias de semana.
Pelas 9:30, no Marquês de Pombal, o cenário é quase inverso. É até possível viajar sentado.
Metro de Lisboa
Além da indicação de mais de cinco minutos de demora até à chegada do próximo comboio e do conselho para reutilizar o cartão Viva Viagem, o painel de informação na estação de metro dos Restauradores não faz qualquer referência à concentração de taxistas, ao contrário dos painéis da Carris. A afluência de passageiros na estação é a habitual para uma manhã de segunda-feira.
Metro de Lisboa
Dentro do metro, o cenário é o das últimas semanas em hora de ponta e sempre que há maior demora entre a chegada de comboios: lata de sardinha. Só muito a custo se consegue assegurar lugar e seguir viagem.
Rossio
A praça de táxis ao lado do Teatro Nacional D. Maria II está assim: vazia. No Rossio não se vêem táxis a circular.
Rua do Ouro
Na Rua do Ouro, que na última manifestação ficou intransitável com os táxis parados, o único movimento que há na faixa Bus é dos autocarros. "Isto é capaz de haver para aí porrada hoje", comentam duas senhoras que atravessam a rua depois de verem uma carrinha da PSP subir a rua do Carmo com as luzes de emergência ligadas.
Motoristas que chegam do norte estão a ser desviados para o IC2
O início da marcha lenta de taxistas contra a legalização da Uber pode atrasar-se porque a polícia está a desviar os profissionais que chegam do norte do país, disse à Lusa fonte da organização do protesto.
De acordo com o responsável pelo grupo de trabalho da Federação Portuguesa de Táxis, Eduardo Cacais, as autoridades policiais estão a desviar os taxistas que chegam do norte do país para o IC2, o que está a provocar atrasos na entrada dos motoristas em Lisboa.
Avisos da Carris
Na Graça, um painel de informação da Carris avisa para possíveis atrasos no transporte devido à manifestação dos taxistas. A esta hora, as paragens de autocarro e eléctrico estão vazias.
Uber testa transporte grátis
No dia da manifestação dos taxistas, o Negócios noticia que a Uber está a testar o transporte grátis para os utilizadores em várias cidades mundiais. O projecto-piloto está a ser testado nos Estados Unidos e a Uber admite que pode ser também testado em Lisboa.
cabify director
Em declarações à Lusa, o director-geral da Cabify Portugal considerou, a propósito da proposta do Governo para regular a actividade das plataformas de transportes de passageiros, que a "liberalização" pode ter "efeitos perversos".
"Uma liberalização, a tal liberalização, na ausência dos instrumentos adequados pode levar a efeitos perversos, que a Cabify acha que devem ser contemplados [na proposta do Governo]", afirmou Nuno Santos em declarações à agência Lusa.
Cabify alerta clientes para eventuais transtornos
Também a Cabify Portugal enviou mensagens aos seus clientes a alertar para eventuais transtornos no serviço. "Tendo em consideração que esta paralisação irá diminuir as opções de mobilidade nestes centros urbanos, prevemos que o aumento da procura e do trânsito poderão afetar o serviço prestado pela Cabify durante este dia, tanto a nível de disponibilidade de veículos, como de tempos de espera e de chegada ao destino. Por isso, pedimos desde já desculpa por qualquer incómodo causado", lê-se na mensagem de correio electrónico enviada domingo ao início da noite aos clientes.
Uber envia mensagem a clientes
A plataforma de transporte de passageiros Uber enviou mensagens aos seus clientes com conselhos para ajudar à mobilidade em Lisboa nesta segunda-feira.
"Neste dia, as opções de mobilidade na cidade serão mais limitadas. Queremos manter Lisboa em movimento, mas as dificuldades de circulação na cidade e o acréscimo de pedidos de viagem com a Uber poderão limitar a disponibilidade de veículos em certos períodos, e poderão prolongar os tempos de circulação dos veículos nas cidades - tanto o tempo de chegada do motorista até si, como a duração da própria viagem", escreve a Uber numa mensagem de email enviada domingo de manhã a clientes.
PSP regista mais de 40 queixas de agressões a motoristas da Uber desde 2015
Pelo menos 43 queixas de agressões a condutores que trabalham na plataforma electrónica de transporte de passageiros Uber foram registadas pela PSP desde 2015, segundo dados desta força de segurança enviados à agência Lusa.
Em 2015, a Polícia de Segurança Pública - que não especifica contra quem foram apresentadas as queixas - contabilizou, em Lisboa, 22 casos de agressões ou ameaças a motoristas da Uber e no primeiro trimestre deste ano registou nove denúncias. No Porto, a PSP contabilizou 12 queixas no primeiro trimestre deste ano.
O que separa taxistas, Uber e Governo?
O anúncio das novas regras para plataformas de transporte em automóvel como a Uber ou a Cabify foi feito a 26 de Setembro. Pouco mudou no discurso sobre o assunto desde então. Só os taxistas subiram o tom e as exigências. O período para consulta pública da nova lei já terminou. Veja aqui o que separa taxistas, Uber e Governo?
Os conselhos da PSP
A PSP aconselhou a utilização dos transportes públicos e assegurou que irá ter agentes nas ruas a fazer os necessários desvios de trânsito.
Contactada pela Lusa, fonte da rodoviária Carris disse que "são expectáveis grandes impactos no serviço" e admitiu que poderão ocorrer "significativas perturbações de tráfego por toda a cidade, que condicionarão a circulação da grande maioria das carreiras".
"São previsíveis também alterações nos fluxos de procura no Metro, pelo que será feita uma gestão atenta e dinâmica dos recursos, procurando fazer face aos momentos e locais onde se possa vir a verificar maior procura pelos clientes", acrescentou a mesma fonte da Transportes de Lisboa.
Também a ANA - Aeroportos de Portugal alertou os passageiros para a necessidade de uma deslocação atempada face para o Aeroporto Humberto Delgado e recomendou a utilização do Metro.
outra manif
A organização anunciou que a marcha lenta seria feita nas viaturas de serviço, mas a PSP indicou que os carros terão de ser estacionados na Avenida 24 de Julho e não podem subir a Avenida D. Carlos I, uma vez que em frente ao parlamento haverá, a partir das 10:00, outra manifestação, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
Presentes em sinal de solidariedade para com os taxistas vão estar representantes do setor do táxi de Madrid (Fedetáxi Espanha) e da Catalunha (STAC), do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Urbanos de Portugal, da Federação dos Sindicatos de Transportes e da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas, indicou a Federação Portuguesa do Táxi.
Concentração às 7:00
O dia de protesto dos taxistas arranca cedo, com a concentração marcada precisamente para as sete da manhã no Parque das Nações. São esperados mais de seis mil carros, vindos também do Norte e Algarve, num número que representa metade da frota nacional. A marcha é "lenta" e promete causar transtorno numa Lisboa com o trânsito já sobrecarregado pelas obras.
A marcha lenta "10/10 Todos a Lisboa - Contra os Ilegais" segue às 08:30 até à Assembleia da República, onde os taxistas prometem ficar até ter uma resposta do Governo.
Aeroporto, Avenida Almirante Gago Coutinho, Campo Grande, Saldanha, Marquês de Pombal, Restauradores, Rossio, Cais do Sodré, São Bento são os principais pontos de passagem. Não há vértice fundamental para o trânsito lisboeta que não seja afectado.
Entre os pontos da cidade por onde vão passar os taxistas, o Negócios seleccionou 17, que pode ver no mapa em baixo.
Trajecto:
1 - Expo
Praça José Queirós
Av. Dr. Francisco Luis Gomes
2 - Av. de Berlim
3 - Aeroporto
4 - Rotunda do Relógio
5 - Av. Almirante Gago Coutinho
6 - Av. Estados Unidos da América
7 - Campo Grande
8 - Av. da República
9 - Saldanha
10 - Marquês de Pombal
Restauradores
11 - Rossio
12 - Rua do Ouro
13 - Rua do Arsenal
14 - Cais do Sodré
15 - Av. 24 de Julho
16 - Rua D. Carlos I
Rua de S. Bento
17 - Assembleia da República