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Redes ferroviária e rodoviária da IP são "adequadas para o médio prazo"

A Infraestruturas de Portugal tem mais de 81% dos ativos rodoviários em estado bom ou satisfatório, mas em 2,8% há necessidade de investimento desde já. Na ferrovia, 67% da rede é considerada adequada para o médio ou longo prazo, mas 6,6% exige investimento e 26% requer atenção.    

Paulo Calado/Cofina
02 de Agosto de 2019 às 18:25
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A Infraestruturas de Portugal (IP) divulgou esta sexta-feira os indicadores de desempenho apurados pela sua atividade regular de inspeção e diagnóstico à condição das infraestruturas rodoviárias e ferroviárias em 2018, que concluem que as duas redes apresentam, em média, um estado "satisfatório", o que significa serem "adequadas para o médio prazo".

A empresa liderada por António Laranjo decidiu seguir as práticas de outros países e passar a divulgar todos os anos os indicadores de desempenho do estado das infraestruturas.


Tendo por base os dados de 2018, a empresa estabeleceu quatro níveis de qualidade - bom, satisfatório, requer atenção e insatisfatório -, os quais correspondem a uma escala que varia entre os zero e o 8 e permitem aferir se se tratam de ativos adequados para o longo, médio ou curto prazo ou ainda se requerem um investimento com maior celeridade.


Na apresentação desta iniciativa, o presidente da IP, António Laranjo, fez questão da salientar que esta é uma avaliação "fundamental para a definição das necessidades, estratégia e prioridades" de investimento da empresa, afirmando que "a segurança está garantida em quaisquer circunstâncias".


Para a rede ferroviária da IP foi apurado um indicador de desempenho – em termos de média ponderada – de 4,78, o que se enquadra na classificação de satisfatório, ou seja, é considerado adequado para o médio prazo, num horizonte de 5 a 10 anos.

Esses 4,78 representam por outro lado uma melhoria face ao valor verificado em 2017, que foi de 4,76.


No total, 30,1% dos ativos da ferrovia foram avaliados no estado "bom", 37,2% "satisfatório", 26,1% "requer atenção" e 6,6% "insatisfatório". Ou seja, 67,3% da rede ferroviária nacional foi avaliada num estado bom ou satisfatório.


Já na rodovia, o indicador de desempenho médio ponderado é de 4,87, apresentando igualmente uma melhoria face aos 4,84 de 2017.


Neste caso, 21,2% dos ativos foram classificados de "bom" e 60,4% "satisfatório", num total de 81,6%. Já 15,6% "requer atenção" e 2,8% é "insatisfatório".


No caso das rede rodoviária, os ativos avaliados são pavimentos e obras de arte (túneis e pontes), enquanto na ferrovia a análise incide sobre a via férrea (via e aparelhos de via), obras de arte e obras geotécnicas, suporte à tração (catenária, subestações e postos de catenária) e sinalização e segurança (sistemas de sinalização e sistemas de controlo de velocidade).


Segundo a IP, no caso das obras de arte e nos pavimentos a percentagem de ativos em estado "bom e satisfatório" é de 91% e 77% respetivamente.


Na ferrovia, em função dos ativos em análise a nota varia. Na catenária e subestações mais de 90% dos ativos estão na condição de satisfatório ou bom. Por seu lado, na via foram apurados um total de 15,1%  dos ativos a requerer investimento neste momento e 47,1% a exigir atenção.  


Num encontro com jornalistas para apresentação dos indicadores de desempenho de 2018, António Laranjo justificou os resultados com "o período difícil que Portugal atravessou e a dificuldade de fazer investimento", salientando contudo que por comparação com outros países "não são indicadores que envergonhem".

O presidente da IP frisou ainda que a prior classificação obtida na ferrovia  - a via - "é onde temos mais centrado o investimento do plano Ferrovia 2020 para o colocar em níveis mais satisfatórios" e assegurou que os indicadores de desempenho de 2019 vão "melhorar".

"Temos de investir mais do que a degradação natural que os ativos vão tendo", afirmou ainda António Laranjo.

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