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Privados duvidam da qualidade dos transportes sem compensações

Secretário de Estado quer eliminar indemnizações compensatórias em 2015. Presidente da direcção ANTROP, que foi reeleito esta quinta-feira diz que para ter um bom serviço é preciso compensá-lo.

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Maio de 2014 às 13:07
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As empresas privadas de transportes duvidam que seja possível ter um bom serviço sem indemnizações compensatórias (IC). Luís Cabaço Martins, que esta quinta-feira, 15 de Maio, foi reeleito para mais um mandato à frente da ANTROP, que representa estas empresas, disse que "temos que ter a garantia que o sistema de transportes é sustentável. As receitas do tarifário não são suficientes. O fim das IC é um desejo, um objectivo. Penso que haver ou não [IC] depende do serviço".

 

O fim destes pagamentos às empresas foi assumido na cerimónia de posse dos novos órgãos sociais da ANTROP. "Os operadores não terão indemnizações compensatórias, isso é certo", adiantou Sérgio Monteiro no Porto.

 

Cabaço Martins reitera que "se [o serviço] não for bom as pessoas não aderem. Para isso é preciso indemnizações compensatórias. Mas com os privados os custos são inferiores".

 

Durante o discurso de tomada de posse, Cabaço Martins disse que "a classe dirigente do nosso País, assim como toda a população que a influencia, deixou há muito de ser utilizadora [de transportes] e, por isso, tem pouca sensibilidade para os seus problemas e a sua importância".

 

O presidente da ANTROP pediu que fosse redefinida a estratégia de tarifário social, mas Sérgio Monteiro disse que não havia condições para isso.

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