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Portos portugueses afundam no ranking da competitividade

As infra-estruturas portuárias nacionais apenas conseguiram melhorar num dos seis indicadores analisados pelo Banco Mundial. A Alemanha manteve a posição de liderança em 2015.

Bruno Simão
17 de Outubro de 2016 às 10:20
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Em apenas um ano, os portos portugueses caíram dez lugares, para a 36.ª posição, no Logistics and Performance Index (LPI) referente a 2015, um ranking de competitividade elaborado pelo Banco Mundial.

 

O tempo em espera dos navios foi o único dos seis indicadores analisados em que Portugal não recuou neste estudo comparativo sobre o desempenho logístico em 160 países, citado pelo Público esta segunda-feira, 17 de Outubro.

 

Qualidade das infra-estruturas, competência logística, envios internacionais e acompanhamento das cargas e envios foram os índices em que os portos nacionais mais perderam terreno para a concorrência.

 

Pelo terceiro ano consecutivo, o ranking é liderado pela Alemanha, enquanto o Luxemburgo ultrapassou a Holanda no segundo posto. Já a Suécia mantém a terceira posição neste estudo em que os portos portugueses obtêm o pior desempenho desde que estes dados passaram a ser registados, em 2010.

 
Esta queda no ranking de competitividade acontece num ano em que o volume de mercadorias movimentadas nos portos nacionais até atingiu um recorde de quase 84 milhões de toneladas. Face a 2014 houve um aumento de 7,9% e o principal destaque foi para Sines, com um crescimento homólogo de 17,6%.

Segundo divulgou a 7 de Outubro a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, o acréscimo de 6,16 milhões de toneladas de carga traduziu-se num aumento de 12,5% das importações e de 6,5% das exportações, enquanto o tráfego de cabotagem (navegação entre portos marítimos do mesmo país) registou uma quebra de 7,9%.


Logo no dia seguinte, no início de uma visita de quatro dias à China, o primeiro-ministro português referiu que ambiciona direccionar os investimentos chineses para novas áreas da indústria e também para os portos. Referindo-se ao "grande projecto chinês de rota marítima", António Costa destacou que "uma infraestrutura como o porto de Sines pode ter um papel essencial a desempenhar" nesse projecto do gigante asiático.

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