Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Plano de Cristas para expandir Metro de Lisboa custa 1.876 milhões de euros

A candidata do CDS-PP a Lisboa defendeu hoje que o seu plano de expansão do Metro não é megalómano, custando um total de 1.876 milhões de euros, 144 milhões anualmente, 80% dos quais de fundos comunitários.

A carregar o vídeo ...
19 de Maio de 2017 às 13:36
  • 12
  • ...

"A comparticipação nacional poderá vir por diversas formas, mas estamos a falar de 28 milhões de euros por ano. Não é uma megalomania, como alguns queriam fazer crer. Tal como não é uma megalomania querer fazer uma média de 1,5 estações por ano em 13 anos, quando no passado o que tivemos foi 1,2 estações por ano", defendeu Assunção Cristas.

 

O plano, apresentado hoje, começou a ser elaborado pela candidatura e pelo Gabinete de Estudos do CDS-PP há oito meses, coordenado por Miguel Moreira da Silva, e nele participaram especialistas externos ao partido, explicou a candidata a Lisboa, acompanhada pelo mandatário António Carmona Rodrigues, ex-autarca da capital e antigo ministro das Obras Públicas.

 

O projecto prevê um investimento total de 1.876 milhões de euros, 80% dos quais de fundos comunitários, e os restantes 20% de comparticipação nacional, a um ritmo de 28 milhões de euros anuais no montante nacional e de 115 milhões de euros na componente europeia, revelou em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa.

 

O plano prevê ainda a criação de dois mil postos de trabalho por ano e, no final, a redução de 40% da emissão de carbono na cidade de Lisboa, de acordo com informações prestadas por Miguel Moreira da Silva.

 

"É preciso agora que haja vontade política por parte do Governo, que é quem tem a responsabilidade de fazer o desenvolvimento deste plano, mas também por parte da Câmara Municipal de Lisboa, que é das principais, com as câmaras envolventes, activos e beneficiárias deste plano", desafiou Assunção Cristas.

 

A candidata afirmou que o plano prevê que a expansão comece de Algés para a linha vermelha, passado por Campolide e Amoreiras, que é o que todos os candidatos à Câmara e o actual autarca, Fernando Medina (PS), defendem.

 

"O que é importante é que o Governo diga o que entende sobre isto, se acha que é uma boa ideia a expansão para Ocidente, porque, essencialmente, essa é a parte mais inovadora deste plano, o resto já está estudado pelo Metro em vários momentos e até já foi anunciado no passado", sustentou.

 

Entre 2017 e 2025, prevê-se a construção das estações de Algés, Belém, Ajuda, Santo Amaro, Alcântara-Terra, Campo de Ourique, Amoreiras, Campolide (continuação da linha vermelha, que entronca com a linha azul em São Sebastião), Benfica, Uruguai, Padre Cruz, Senhora da Luz e Fernando Namora (através de uma ligação de Telheiras à linha azul).

 

O plano prevê, depois, até 2030 acrescentar à linha vermelha as estações de Alvito e Prazeres, e à linha amarela, e já no vizinho concelhos de Loures, as estações de Santo António dos Cavaleiros, Frielas e Loures, e uma extensão da linha vermelha a partir de Moscavide para criar as estações de Portela e de Sacavém, também no concelho de Loures.

 

Alinhado com os objectivos da Comissão Europeia para a energia e o clima, salientou Assunção Cristas como um ponto de forte do projecto, o plano prevê diminuir em 40% as emissões de Co2 na capital.

 

"O alinhamento com 2030 pareceu-nos muito ajustado, até porque, na questão do financiamento, 2030 permite-nos abarca não apenas o actual quadro comunitário em vigor, mas também mais dois próximos quadros comunitários", afirmou.

 

"Esta é uma estratégia que tem visão, que tem rasgo, que tem horizonte, e aparece no momento próprio em que daqui a um tempo o Governo português, responsável internamente por esta matéria e responsável externamente pela negociação com a Comissão Europeia tem a capacidade de influenciar aquilo que podem vir a ser os fundos comunitários para o país", argumentou.

 

Questionada pelos jornalistas, a candidata afirmou que o plano não prevê o aumento dos bilhetes, parte da sua manutenção mas pode aspirar à sua diminuição, e também não passa por qualquer alteração da estrutura accionista do Metro, que permanece público.

 

 

Ver comentários
Saber mais metro de Lisboa Assunção Cristas Fernando Medina Miguel Moreira da Silva António Carmona Rodrigues Gabinete de Estudos do CDS-PP Câmara Municipal de Lisboa
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio